De acordo com o DER, projeto de pavimentação do trecho está pronto e licitação para obra está sendo preparada
DER confirma licitação para pavimentar LMG-760

Obras em estrada de Timóteo já podem ser licitadas

Segundo o DER, pavimentação da LMG-760, que liga Timóteo à BR-262, está em condição de ter as obras licitadas.

27/06/2012 - 13:14

Reivindicação antiga da população da região, a pavimentação da LMG-760, que liga Timóteo (Rio Doce) à BR-262, está em condição de ter as obras licitadas. Foi o que informou nesta quarta-feira (27/6/12) o coordenador regional do DER-MG, Nívio Pinto de Lima. Ele participou de audiência pública da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada na Câmara Municipal de Timóteo.

Segundo o representante do DER, o projeto de pavimentação da rodovia – no trecho que vai do entroncamento da BR-262 a Cava Grande, distrito de Marliéria – está concluído há mais de um ano e hoje encontra-se em fase de preparação da licitação para execução. Contudo, ele evitou falar em prazo para início da obra. Lembrou que o processo licitatório, uma vez aberto, demanda de 30 a 60 dias para término, incluindo os prazos legais para apresentação de propostas e recursos, e que o início das obras deve ser autorizado pelo governador.

Já o vice-prefeito de Timóteo, Marcelo Fonseca, disse esperar que em 90 dias seja possível anunciar o início das obras naquele trecho. Ele destacou que o DER está tomando todos os cuidados para que não ocorram entraves durante a licitação. E lembrou que a obra debatida envolve um compromisso antigo assumido por autoridades do Estado com a população da região.

Urgência –  Para o deputado Juninho Araújo (PTB), autor do requerimento, a pavimentação, além de urgente diante do estado precário da LMG-760, é importante porque vai ligar duas das mais importantes regiões do Estado, o Rio Doce à Zona da Mata.

“O progresso passa por aqui. Desde 2007 procuramos o DER e não havia nem projeto para a obra”, frisou o deputado. Além de facilitar o acesso da população do Vale do Aço à BR-262, criando uma nova rota para o litoral do Espírito Santo e viabilizando o escoamento da produção agrícola e industrial, ele lembrou que o turismo no Parque Estadual do Rio Doce será beneficiado.

Ele também destacou que a rodovia também vai facilitar o acesso aos polos universitários de Juiz de Fora e Viçosa, na Zona da Mata. “Hoje, na época de sol, temos nessa via só poeira e buracos, e no tempo de chuva, só barro”, criticou o deputado.

Trecho até BR-381 ainda vai demorar

O projeto de pavimentação da BR-262 a Cava Grande, que está em condições de licitação de obras, compreende recuperação e aumento de capacidade em 64 km de estrada já existente. A obra está estimada em R$ 134 milhões , aí incluídos custos também com consultoria nas áreas de acompanhamento e fiscalização e também consultoria ambiental, uma vez que a estrada margeia o Parque Estadual do Rio Doce.

Além deste trecho, há um segundo lote, de 21 km, que vai de Cava Grande ao entroncamento com a BR-381, cujo projeto deve estar concluído até outubro. Para este lote ainda não há previsão de licitação pois o projeto definitivo ainda não foi concluído. Embora menor em extensão, este trecho, segundo o representante do DER, envolve maior complexidade de projeto e obra, pois trata-se da implantação de rodovia nova, em área virgem, e com maior impacto ambiental.

Apesar de se encontrarem em fases distintas, os projetos dos dois lotes foram iniciados juntos. Atrasos na ligação com a BR-381, conforme o coordenador do órgão, ocorreram devido à necessidade de adequações. Somente quando o projeto já tinha minuta concluída pela empresa licitada, disse Nívio Pinto de Lima, verificou-se que o traçado projetado originalmente iria interferir em obra da Prefeitura de Timóteo junto com o Ministério das Cidades, envolvendo a construção de uma quadra no bairro do Macuco.

Esta constatação, acrescentou, exigiu a relicitação do projeto e novos estudos. Conforme Nívio de Lima, a solução encontrada envolve obras caras de contenção, com impacto no traçado e no custo, demandando, ainda, novas reuniões também com os órgãos ambientais. Isto porque a via margeia o parque do Rio Doce e deve estar a pelo menos 50 metros de sua margem.

Parque não é empecilho para obras, diz gerente da área

O gerente do Parque Estadual do Rio Doce, Vinícius de Assis Moreira, disse que o lote 1 das obras reivindicadas na região já tem anuência do Instituto Estadual de Florestas (IEF), após uma análise ambiental pormenorizada. "A autorização já está em poder do DER e apresenta condicionantes e medidas mitigatórias plenamente realizáveis", frisou ele.

A aprovação do lote 2, acrescentou, depende ainda de estudo mais profundo e de Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Mas ele esclareceu que a localização do parque na região não é empecilho para a execução dessas obras, uma vez cumpridas as regras ambientais. “Pelo contrário, elas vão auxiliar o cumprimento de um dos objetivos das áreas de conservação, que é o de favorecer a visitação pública para sensibilizar a população para a questão ambiental”.

Visitação – O presidente da Câmara de Timóteo, vereador Douglas Willkys Alves Oliveira, também destacou que, além do esperado progresso econômico com essas obras, a região tem belezas naturais que não recebem mais visitas em função do acesso precário. Neste ponto, o sargento PM José do Carmo manifestou preocupação com o índice de acidentes na estrada, grande parte provocada por animais soltos na via, o que motivou a realização de campanhas educativas junto aos proprietários, segundo ele com resultados já positivos.

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