A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais ouviu, nesta quarta-feira (27/6/12), novos depoimentos sobre o envolvimento de policiais civis e militares com o crime organizado relacionado a jogos de azar em Juiz de Fora (Zona da Mata). O presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), e o deputado Sargento Rodrigues (PDT) irão enviar para o Ministério Público (MP) as denúncias e informações prestadas pelos depoentes em reunião a portas fechadas.

Para Sargento Rodrigues, os testemunhos desta manhã endossam as acusações recebidas pela comissão de que policiais militares da cidade estariam recebendo propina de contraventores, em especial, de proprietários de máquinas caça-níqueis.

O deputado ressaltou ainda que três promotores de justiça locais teriam conhecimento do envolvimento de delegado e investigador da Polícia Civil no esquema de corrupção. Ele conta que os membros do MP foram avisados pelo próprio contraventor sobre o pagamento de R$ 10 mil aos policiais civis e que, no entanto, nada fizeram para dar prosseguimento à denúncia. “Isso é crime de prevaricação, que consiste justamente na omissão dos agentes públicos”, enfatizou.

O parlamentar informou que todo o material apurado pela comissão será enviado aos órgãos disciplinares do MP, inclusive para sua corregedoria. O caso vem sendo debatido na ALMG desde abril deste ano. Os membros da comissão estiveram em Juiz de Fora, no último dia 15, para ouvir contraventores e policiais.