Roubo de gado e de café motiva requerimentos
Solicitações dos deputados são referentes a reunião realizada pela Comissão de Segurança Pública na segunda (26).
27/03/2012 - 15:03A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou nesta terça-feira (27/3/12) três requerimentos resultantes de audiência realizada na segunda-feira (26) sobre roubos de gado, tratores e implementos agrícolas no Estado. Na ocasião, produtores rurais lotaram o Plenário da Assembleia e fizeram inúmeras denúncias, cobrando ações das autoridades de segurança pública. A autoria dos requerimentos é da própria comissão.
O primeiro requerimento é para que seja encaminhado ofício à Secretaria de Fazenda e ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) solicitando apuração de denúncias de que estaria havendo venda de guias de transporte de animais e de notas fiscais para criminosos, favorecendo, assim, o transporte e a venda de animais roubados.
O segundo pedido é para envio de ofício ao Ministério Público estadual, à Secretaria de Defesa Social e às Polícias Civil e Militar, cobrando providências para apurar denúncias de que produtores rurais em algumas áreas do Estado estariam pagando “taxas” aos criminosos, para que suas propriedades não fossem assaltadas.
Por último, também foi aprovado um requerimento para envio de ofício ao Comando Geral da Polícia Militar de Minas Gerais pedindo providências para prevenção e combate ao furto e roubo de café e equipamentos utilizados para secagem do produto, uma vez que se aproxima o período de colheita, nas lavouras do Estado. “Nesse período, esses agricultores ficam mais expostos à ação de criminosos”, afirmou o presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB).
Falando sobre o assunto, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) resgatou um pouco da história da CPI do Café, que funcionou na Assembleia em 2004 e resultou na prisão de várias pessoas. Ele lembrou que, à época, a comissão verificou que não se tratava de quadrilhas que roubavam sacas de café, mas sim de cooperativas que desviavam o produto dos cooperados. “Parece que a situação agora é diferente, temos que apurar”, disse o deputado.