Ulysses Gomes (à esquerda), relator, disse que projeto não esgota necessidade de regulamentação da atividade

Regulamentação de compra coletiva pode ir ao Plenário

Projeto recebeu parecer favorável na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária

14/03/2012 - 16:47

Em reunião realizada nesta quarta-feira (14/3/12), a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou parecer de 1º turno favorável ao Projeto de Lei (PL) 2.176/11, que regulamenta a venda eletrônica de produtos e serviços por meio de compra coletiva pela internet. O parecer é pela aprovação do projeto, do deputado Leonardo Moreira (PSDB), na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, e pela rejeição da emenda nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça.

O substitutivo apenas aprimora a redação legislativa, sem modificar o teor da matéria. De acordo com o projeto, as empresas que exploram o comércio eletrônico de vendas coletivas pela internet deverão manter serviço telefônico de atendimento ao consumidor, gratuito e de acordo com as normas de funcionamento dos call centers. A hospedagem desse tipo de site deverá ser de responsabilidade de empresa com sede ou filial em território nacional. Deverão ser exibidas informações sobre a quantidade mínima de compradores para a liberação da oferta; o prazo para a utilização da oferta por parte do comprador, que deverá ser de, no mínimo, seis meses; o endereço e o telefone da empresa responsável.

Nas ofertas, também deverão constar, em se tratando de alimentos, informações acerca de eventuais reações alérgicas e outras complicações que o produto pode causar; a informação sobre a quantidade de clientes que serão atendidos por dia e a forma de agendamento para a utilização da oferta pelos compradores. Além disso, deverá constar a quantidade máxima de cupons que poderão ser adquiridos por cliente, bem como os dias da semana e horários em que o cupom da oferta poderá ser utilizado. Caso o número mínimo de participantes para a liberação da oferta não seja atingido, a devolução dos valores pagos deverá ser realizada em até 72 horas.
 
O relator do projeto na FFO, deputado Ulysses Gomes (PT), afirmou que o texto analisado não esgota a necessidade de regulamentação do assunto, que também está em estudo no Senado.

Ciclovias – Outro projeto que recebeu parecer pela aprovação, em 1º turno, foi o PL 1.946/11, do deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB), que obriga a implantação de ciclovias às margens das rodovias, nos trechos que cortem área urbanas.  A FFO recomendou a aprovação, na forma do substitutivo nº 2, da Comissão de Transporte, Comunicações e Obras Públicas, que fixa um prazo de dois anos para sua entrada em vigor.

O deputado Doutor Viana (DEM), relator do PL 1.955/11, do deputado Zé Maia (PSDB), solicitou diligência (consulta) à Advocacia Geral do Estado, à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e à seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil sobre a matéria, a fim de elaborar seu relatório. O projeto altera a Lei 13.166, de 1999, de forma a permitir que o advogado dativo defenda também o autor de ações judiciais, e não apenas os réus.

Foi aprovado também parecer de 1º turno pela rejeição do PL 2.544/11, que torna obrigatório para o comerciante destacar a data de validade nos produtos que comercializa. O projeto é de autoria do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT). A FFO concordou com a Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, considerando que o projeto é inócuo, tendo em vista que o Código de Defesa do Consumidor já atende o que se propõe no novo texto.

Requerimento – Foi aprovado um requerimento, de autoria do deputado Zé Maia (PSDB), para realização de audiência pública conjunta com as Comissões de Cultura, de Segurança Pública, de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e de Esporte, Lazer e Juventude. O objetivo é discutir o PL 158/11, do deputado Elismar Prado (PT), que dispõe sobre a obrigatoriedade de cobertura de seguro de acidentes pessoais coletivos em eventos artísticos, esportivos, culturais e recreativos, com cobrança de ingressos.

Consulte a lista de todas as proposições analisadas.