Um canal de diálogo com a sociedade, que possa tratar da estruturação e da organização das cidades. Foi assim que o deputado Paulo Lamac (PT) definiu o objetivo da Frente Parlamentar pela Reforma Urbana, lançada na noite desta quarta-feira (14/12/11) em solenidade no Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Para o parlamentar, que é o idealizador da frente, a questão da reforma urbana é um dos maiores desafios atuais vividos nos espaços urbanos. De acordo com Paulo Lamac, a frente terá um caráter mobilizador e vai contar com a participação de entidades ligadas à habitação popular, bem como de grupos relacionados à mobilidade urbana e de órgãos da engenharia e da arquitetura, entre outros. O deputado também apontou que um dos papéis do movimento será promover um espaço de troca de experiências com o legislativo municipal, envolvendo, por exemplo, a discussão de seus planos diretores.

Ao falar sobre a importância do tema, o deputado enfatizou que o planejamento do crescimento urbano pode atuar de forma preventiva, evitando a ocorrência de mazelas nos espaços urbanos, como problemas de acesso da população à habitação ou ao saneamento, além de ser um meio de reduzir o custo das intervenções públicas de caráter corretivo.

Para vereadora, reforma urbana é fundamental para erradicação da pobreza

De acordo com a vereadora de Belo Horizonte e membro do Conselho Nacional das Cidades, Neusinha Santos (PT), a questão da reforma urbana está fundamentada em quatro eixos centrais, que também são condições essenciais para a erradicação da pobreza. Segundo ela, habitação de interesse social, saneamento básico, a correta destinação de resíduos sólidos e mobilidade urbana são os principais temas que norteiam o planejamento e a estruturação das cidades. “ A base da reforma urbana são as cidades inclusivas que cumpram sua função social”, afirmou a vereadora.

Outro membro do Conselho Nacional das Cidades, Welton Pimentel de Freitas, também lembrou, ao falar sobre a necessidade da reforma urbana, que aqueles que realmente querem lutar por essa conquista são as pessoas que necessitam da cidade, ou seja, que ainda não ocuparam o seu espaço, como é o caso de muitos movimentos sociais.