Secretário Sérgio Barroso, tendo ao fundo o deputado Elismar Prado

Permanece indefinida situação dos feirantes do Mineirinho

Cerca de 4 mil pessoas podem ficar sem trabalho. Governo não deu resposta concreta à Comissão de Cultura

14/12/2011 - 15:18

A feira de artesanato do ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte, que funciona desde 2003, pode acabar em menos de três meses, deixando 600 expositores e cerca de 4 mil pessoas sem trabalho. Em fevereiro de 2012 termina o contrato de concessão para funcionamento da feira e o Governo de Minas pretende iniciar as obras de reforma daquele espaço, visando à realização da Copa do Mundo de 2014. Preocupada com a situação dos feirantes, a Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais se reuniu, na manhã desta quarta-feira (14/12/11), com o secretário Extraordinário para a Copa do Mundo, Sérgio Barroso, na Cidade Administrativa, para tentar buscar uma solução negociada.

Mas, segundo os participantes da reunião, não houve uma resposta concreta por parte do secretário, que não permitiu o acesso dos jornalistas da ALMG ao encontro. Na saída, o presidente da Comissão de Cultura, deputado Elismar Prado (PT), disse que o Governo ficou de estudar opções e apresentar uma proposta em uma audiência pública na Assembleia, a ser realizada em fevereiro de 2012. O deputado Gustavo Valadares (PSD), que também participou da reunião, explicou que, entre as opções possíveis, estão a ampliação do prazo de permanência dos expositores no local, adiando assim o início das obras; e a transferência da feira para um outro local a ser definido.

Sérgio Barroso se recusou a falar com a imprensa após a reunião, alegando ter outros compromissos. Designado para atender os jornalistas, o gerente de Projetos da Secretaria Extraordinária, Éder Campos, descartou a possibilidade de que as obras e a feira de artesanato funcionem ao mesmo tempo. Ele admitiu, no entanto, que ainda não está definido se a reforma do Mineirinho começará mesmo em março do próximo ano.

A presidente de uma das duas associações que representam os expositores, a Asfemaa, Antônia Lúcia Pereira Lima, saiu da reunião desanimada. "Estamos extremamente preocupados, pois a única certeza que temos é que a feira funcionará até fevereiro", disse ela. Ainda segundo Antônia, apenas 10% dos feirantes possuem outra fonte de renda. "Não temos condições financeiras para negociar outro local", lamentou.