Autoridades, colecionadores e apreciadores de artes plásticas prestigiaram, na noite desta segunda-feira (7/11/11), a abertura da exposição “A Mesa”, de Yara Tupynambá, no Espaço Político Cultural Gustavo Capanema, a galeria de arte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Também foi lançado o livro “A mesa de Carlos Drummond de Andrade”, trabalho conjunto da artista com o escritor e crítico de arte, Ozório Couto.

Participaram do evento, o presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinheiro, o superintendente do Museu de Artes Visuais da Secretaria de Estado de Cultura, Leonardo Bahia. Estivera presentes, ainda, os deputados Doutor Viana (DEM) e Luiz Henrique (PSDB) e a deputada Luzia Ferreira (PPS). Outras autoridades que prestigiaram a abertura foram o ex-senador Arlindo Porto, o secretário de Estado Extraordinário para o Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas (Sedvan), deputado Gil Pereira, e o ex-deputado e ex-prefeito de Itabira (terra natal de Drummond), Ronaldo Magalhães.

Dinis Pinheiro exaltou a sensibilidade do escritor e a importância da pintora, que, segundo ele, “haverá de inspirar eternamente nossas gerações”. O parlamentar lembrou que este ano foi definida a comemoração anual do aniversário de Drummond em todo o país, coincidindo com o tributo que a Casa faz “ao maior dos poetas brasileiros”.

Para o deputado, a obra do poeta expressa a própria mineiridade, ao recompor um ritual valorizado pela maioria das famílias do Estado. No poema, Drummond se refere à hora da refeição, em que membros de uma família se reúnem e vivem momentos fraternos. “O parlamento de Minas está recebendo um presente maravilhoso com a expressão maior de nossa arte, nossa cultura e uma homenagem ao grande poeta dos brasileiros. Essa expressão se traduz pela genialidade, pelos atributos e qualidades, sempre inigualáveis de Ozório e de nossa amiga, Yara”.

Diálogo de artistas - Yara Tupynambá disse que a exposição significa o reconhecimento de todo um trabalho feito com Drummond ao longo dos anos. As 19 telas da artista, que retratam as cenas escritas no poema, foram elogiadas pelo próprio poeta, enquanto eram produzidas. “Coloco um pequeno tijolinho nessa monumental história da pintura brasileira”, disse a artista ao afirmar que a arte só existe na medida em que o artista é compreendido e amado pelo público.

O escritor Ozório Couto explicou que o poema de Drummond tem uma única estrofe de 340 versos e é autobiográfico, pois traduz cenas vividas pelo poeta em família. O livro “A mesa de Carlos Drummond de Andrade”, segundo ele, mostra “o diálogo” entre a artista plástica e o poeta. A obra traz reproduções das telas de Tupynambá, as cartas do poeta recebidas por ela e uma análise do texto. “A mesa é todos vocês: essa amizade, esse carinho, essa acolhida maravilhosa”. Ambos elogiaram nominalmente o presidente da Assembleia pelo apoio à mostra.
A exposição pode ser vista até 30 de novembro, das 8 às 18 horas, com entrada franca.