Manifestação de professores interrompe reunião de Plenário

A Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais desta quinta-feira (22/9/11) foi marcada po...

22/09/2011 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Manifestação de professores interrompe reunião de Plenário

A Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais desta quinta-feira (22/9/11) foi marcada por manifestações exaltadas dos professores em greve, que ocupavam as galerias. O clima de insatisfação com a proposta remuneratória apresentada pelo Governo do Estado se refletiu também nos discursos dos deputados da oposição, o que levou ao esvaziamento do Plenário por parlamentares da base governista e ao encerramento da reunião por falta de quórum, por volta de 16 horas.

Diante do barulho nas galerias, o presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), aguardou que os manifestantes fizessem silêncio para que os deputados pudessem fazer seus pronunciamentos na fase de oradores. O deputado Durval Ângelo (PT) criticou o que chamou de "silêncio obsequioso para calar divergências" e exigiu que lhe fosse dado o direito à palavra. O presidente justificou que a decisão estava amparada no Regimento Interno e determinou a suspensão da reunião.

Depois de retomados os trabalhos, foi iniciada a discussão do Veto Parcial à Proposição de Lei 20.503. O veto incide sobre dispositivo que trata da lotação de servidores da Fundação Helena Antipoff no Instituto de Ensino Superior Anísio Teixeira. O deputado Duarte Bechir (PMN) foi designado relator e leu seu parecer pela manutenção do veto, sob vaias dos professores nas galerias.

O presidente Dinis Pinheiro, constatando a inexistência de quórum para votação, passou à discussão de outro veto que estava na pauta. O deputado Rogério Correia disse que não conseguiu escutar a leitura do parecer e reclamou que o presidente não permitiu que ele encaminhasse a votação do Veto Parcial à Proposição de Lei 20.487, que trata da estrutura de cargos do Tribunal de Contas. O presidente esclareceu que o veto não foi colocado em votação, o que motivou mais protestos de Rogério Correia e Durval Ângelo. Dinis Pinheiro insistiu que estava cumprindo o Regimento Interno e determinou a recomposição do quórum da reunião. Como havia apenas 11 deputados em Plenário, a reunião foi encerrada.

Com a decisão do presidente, Durval Ângelo se revoltou e saiu furioso do Plenário. Deputados da oposição e da base do governo tentaram chegar a um acordo. Dinis Pinheiro reafirmou, em entrevista aos jornalistas, que vai aceitar as manifestações, mas sempre cumprirá o Regimento Interno e se pautará pelo respeito e pela cordialidade.

Rogério Correia reclamou da postura do presidente. Segundo ele, o governo coloca 23 deputados para garantir o quórum da reunião, mas retira os parlamentares para evitar a discussão das matérias de seu interesse. Ele teme que o clima fique ainda mais tenso em função da manobra. Nova reunião de Plenário para analisar os dois vetos está marcada para as 20 horas desta quinta-feira (22).

 

 

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