Base e oposição divergem sobre manifestação de professores

Divergências quanto à forma de os professores se manifestarem, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, acirraram o...

22/09/2011 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Base e oposição divergem sobre manifestação de professores

Divergências quanto à forma de os professores se manifestarem, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, acirraram os debates entre os deputados das bases Governo e de oposição no Parlamento mineiro, nesta quinta-feira (22/9/11). Durante a Reunião Extraordinária de Plenário da manhã, houve atrito entre deputados em função da entrada da professora da Escola Estadual Américo René Giannetti, de Uberlândia (Triângulo), Aline Guerra, na antessala do Plenário - área restrita a parlamentares, assessores credenciados e imprensa.

A professora levava um cartaz com os dizeres "R$ 712" e foi orientada por um policial legislativo sobre a proibição de manifestações naquela área. Ela alegou que teria sido agredida ao ser impedida de exibir o cartaz para os jornalistas que trabalhavam na cobertura da reunião. Aline Guerra, chorando, disse que houve coação e que os deputados da base governista não estariam dispostos a receber os grevistas, mesmo com greve de fome de dois deles.

Para o líder do PT, deputado Rogério Correia (PT), que possibilitou a entrada da professora na antessala do Plenário, não há interesse do Governo em debater com os servidores da Educação. "Um assessor disse que por R$ 712 os professores deveriam se tornar serventes de pedreiro, numa clara manifestação de desrespeito com os profissionais da Educação e da construção civil", disse. Ainda em sua fala, ele acusou a segurança da Assembleia de truculência e agressão. "Eu convidei a professora para conversar com a imprensa, mas, hoje, em Minas Gerais, há censura e blindagem do governador", alertou.

Base se diz aberta ao diálogo

O deputado Célio Moreira (PSDB) lembrou que houve uma reunião na quarta-feira (21) do presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), com outros deputados, do Governo e da oposição, e representantes do movimento grevista. Nesse encontro, segundo o deputado, foi iniciado um processo de intermediação entre a categoria e o Executivo. "Queremos o diálogo e, mais ainda, que os professores sejam bem remunerados, mas é preciso ter prudência para que o Estado não seja inviabilizado", ponderou.

Sobre o acirramento das discussões, Célio Moreira discorda da postura dos professores e deputados de oposição, que "estariam incentivando a violência" e o que ele chamou de bagunça no Parlamento mineiro. "Houve invasão a uma área de acesso restrito do Plenário e, ao contrário do que a oposição afirma, não aconteceu nenhuma agressão", reforçou.

Manifestantes invadem reuniões de comissões

Um grupo de manifestantes invadiu a reunião conjunta das Comissões de Segurança Pública e de Administração Pública, onde motovigias e trabalhadores em ronda noturna eram ouvidos. Eles interromperam a reunião e tomaram a palavra, dirigindo ofensas e ameaças ao deputado João Leite (PSDB), presidente da Comissão de Segurança Pública. Diante de protestos dos convidados, os manifestantes disseram que estão em greve há 106 dias e que não iriam permitir o andamento dos trabalhos na Assembleia enquanto não fossem atendidos. O mesmo grupo invadiu, também, a reunião da Comissão de Direitos Humanos, que discutia a suposta violação do devido processo legal na transferência de policiais do Gate.

 

 

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