Três projetos analisados pela Saúde estão prontos para Plenário

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou, na manhã desta quarta-feira (31/8/11), parecer...

31/08/2011 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Três projetos analisados pela Saúde estão prontos para Plenário

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou, na manhã desta quarta-feira (31/8/11), pareceres de 2º turno sobre três proposições, que tratam da criação do Selo Verde, da apresentação da Carteira de Vacinação em escolas e da instalação de brinquedotecas em estabelecimentos com atendimento pediátrico. Desta forma, os projetos estão prontos para análise do Plenário.

O primeiro deles é o PL 690/11, do deputado Arlen Santiago (PTB), que determina que o Estado manterá um sistema integrado de informações sobre os serviços de tratamento sanitário ofertados nos municípios, para fins de diagnóstico e planejamento das ações voltadas para o saneamento. A proposição prevê, ainda, que os municípios que ampliarem o índice de coleta de esgoto da população urbana ou melhorarem a eficiência do tratamento acima dos referenciais mínimos estabelecidos receberão o Selo Verde de qualidade e eficiência, que reconhecerá as localidades empenhadas em preservar o meio ambiente.

O relator, deputado Neider Moreira (PPS), opinou pela aprovação do projeto na forma do vencido, ou seja, da maneira como foi aprovado em 1º turno. Em seu relatório, Neider Moreira reforça que a proposição está em consonância com a Lei 11.720, de 1994, que dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento Básico, segundo a qual uma política nessa área deve ser elaborada e executada com a participação dos órgãos públicos e da sociedade, e deve considerar a atuação integrada dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais do setor. Além disso, o relator considera a matéria importante, "pois contribui para a proteção da saúde da população por meio do incentivo à ampliação do índice de coleta de esgoto nos municípios".

Caderneta de vacinação - Também está pronto para análise do Plenário, em 2º turno, o PL 1.986/11, do deputado Elismar Prado (PT), que faculta às escolas públicas e privadas do Sistema Estadual de Educação solicitar dos pais a apresentação da Caderneta de Saúde no ato da matrícula das crianças. O parecer favorável ao projeto, na forma do vencido, foi apresentado por seu relator, deputado Adelmo Carneiro Leão (PT). Para ele, a medida contribui para a saúde pública, já que estimula a correta utilização do documento pelos pais, visa proteger a saúde das crianças e pretende aumentar o número de vacinações entre as crianças em idade escolar.

Brinquedoteca - O terceiro projeto analisado em 2º turno foi o PL 817/11, do deputado Gilberto Abramo (PRB), que define que os estabelecimentos de saúde de média e alta complexidade que ofereçam atendimento pediátrico em regime ambulatorial ficam obrigados a instalar brinquedotecas em suas dependências. O relator, deputado Adelmo Carneiro Leão, manteve o posicionamento adotado em 1º turno, com as medidas apresentadas, e opinou pela aprovação na forma do vencido.

Pela forma aprovada em 1º turno, o projeto define brinquedoteca como o espaço provido de brinquedos e materiais para atividades lúdicas e educativas, a fim de estimular o desenvolvimento infantil e proporcionar melhor reabilitação e socialização das crianças nos serviços de saúde. Também prevê que haverá profissional habilitado para orientar as crianças e que o local será limpo conforme regulamentação de órgãos de vigilância sanitária. Ainda pelo projeto, o estabelecimentos terão 120 dias, contados da data de publicação da lei, para adequar suas instalações, e haverá penalidades, em caso de descumprimento.

Proposição obriga atendimento de planos em hospitais

O PL 391/11, do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), que obriga os planos de saúde no Estado a manterem em funcionamento um centro de atendimento em todos os hospitais privados em que prestam serviços, recebeu parecer de 1º turno favorável. O relator da matéria, deputado Adelmo Carneiro Leão, opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 2, que apresentou, e pela rejeição do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Pelo substitutivo nº 2, os planos de saúde são obrigados a manter serviço on-line ou telefônico, durante 24 horas, para atender marcações de procedimentos de internação, diagnóstico e tratamento médico. Para isso, os hospitais e clínicas credenciados devem manter terminal de computador ou linha telefônica gratuita para a solicitação das autorizações para os procedimentos. Além disso, devem ser afixados cartazes para informar os usuários. De acordo com o parecer, os planos que descumprirem a norma serão penalizados conforme o capítulo VII do Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal 8.078, de 1990).

Já o substitutivo nº 1, da CCJ, adequa a proposição original à técnica legislativa e estende a determinação para as operadoras de seguros privados de assistência à saúde.

Comissão opina pela rejeição de dois projetos

O PL 380/11, do deputado Célio Moreira (PSDB), que amplia os locais obrigados a manterem um aparelho desfibrilador cardíaco, previstos pela Lei 15.778, de 2005, teve parecer de 1º turno pela rejeição. O relator da proposta foi o deputado Neider Moreira.

O projeto original, já analisado pela CCJ, pretende que o equipamento seja disponibilizado em locais com aglomeração ou circulação diária igual ou superior a 1.500 pessoas, locais de trabalho com número igual ou superior a 100 funcionários ou que estejam localizados no perímetro urbano, e academias de ginástica, centros comerciais, hotéis, clubes, entre outros.

Neider Moreira considerou que nem todos esses locais precisam manter um desfibrilador, "pois o número de pessoas que ali circula é pequeno e a indicação das organizações médicas é de haver desfibrilador cardíaco apenas em locais com grande concentração de pessoas, na proporção de um aparelho para cada grupo de 2 mil pessoas". Além disso, o relator considerou que seria necessário treinar pessoas para manuseio do desfibrilador, o que poderia dificultar a aplicação da medida.

A Comissão de Saúde também opinou pela rejeição da emenda nº 1, apresentada pela CCJ, que suprime a necessidade do desfibrilador em locais com aglomeração ou circulação diária igual ou superior a 1.500 pessoas.

Bebedouros - Também recebeu parecer pela rejeição o PL 1.234/11, do deputado Leonardo Moreira (PSDB), que torna obrigatória a instalação de bebedouros de água potável nas danceterias e casas noturnas de Minas Gerais. A proposição, que tramita em 1º turno, também foi relatada pelo deputado Neider Moreira. O parecer pela rejeição recebeu voto contrário do deputado Adelmo Carneiro Leão.

Segundo o autor do projeto, o objetivo é evitar o abuso no preço da água vendida pelos estabelecimentos, estimular o consumo entre os frequentadores e reduzir o de álcool. Entretanto, o relator da proposta, Neider Moreira, considerou que a diminuição do uso de álcool se relaciona com políticas públicas para o combate às drogas e ao fortalecimento da saúde e da educação, já tratadas em leis vigentes.

O relator justificou, ainda, que a existência de bebedouros nas danceterias e casas noturnas não significaria que os consumidores optariam pela água. Além disso, o projeto interferiria na livre iniciativa dos estabelecimentos comerciais, garantida pela Constituição Federal.

Presenças - Deputados Carlos Mosconi (PSDB), presidente; Hely Tarqüínio (PV), vice; Adelmo Carneiro Leão (PT), Doutor Wilson Batista (PSL) e Neider Moreira (PPS).

 

 

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