Cenário externo e tributação preocupam indústria mineira

A preocupação com a "invasão" dos produtos chineses no mercado brasileiro, que ameaça a competitividade da indústria ...

30/08/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Cenário externo e tributação preocupam indústria mineira

A preocupação com a "invasão" dos produtos chineses no mercado brasileiro, que ameaça a competitividade da indústria mineira, e a necessidade de uma reforma tributária no Brasil foram dois dos principais temas debatidos na audiência pública realizada pela Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (30/8/11). Requerida pelos deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Rômulo Viegas (PSDB), a reunião recebeu técnicos do Poder Executivo e representantes do setor produtivo.

O subsecretário da Receita Estadual, Gilberto Silva Ramos, e o superintendente de Tributação da Secretaria de Estado da Fazenda, Antônio Eduardo Macedo Soares de Paula Leite Júnior, mostraram que o Estado está atento à capacidade competitiva da indústria mineira. Exemplo disso, segundo Gilberto Ramos, é o número de regimes especiais de tributação - 317 - que o Estado concedeu a diversos setores produtivos do Estado entre 2004 e 2011. De acordo com o subsecretário, a redução de impostos oferecida a esses segmentos permitiu a chegada de cerca de 1.900 projetos a Minas Gerais, representando investimentos da ordem de R$ 164 bilhões no período.

Antônio Eduardo informou que a indústria mineira cresceu, em 2010, 4,5%, portanto acima da média nacional, sendo que alguns segmentos superaram em muito essa taxa. Com isso, foi possível um crescimento de 11,9% na folha de pagamento do setor, disse ele. O vigor da indústria foi exemplificado pelo representante do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), Luiz Márcio Viana. De acordo com ele, estão previstos investimentos da ordem de R$ 9,5 bilhões pela Vale, o mesmo valor pela Usiminas, R$ 5,6 bilhões pela Anglo American e R$ 5 bilhões pela Samarco, entre outros.

Guerra fiscal preocupa parlamentares

Apesar disso, os deputados se mostraram preocupados com a chamada "guerra fiscal", na qual os Estados oferecem às empresas incentivos fiscais e outros para que elas se instalem em seus territórios. Para Dalmo Ribeiro Silva, apesar desse cenário, muitos empresários escolhem Minas Gerais porque têm aqui a segurança jurídica que não encontram em outros Estados. Rômulo Viegas disse que é preciso investir na qualificação profissional dos trabalhadores e criticou a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dada a alguns setores pelo Governo Federal, alegando que ela atinge negativamente as contas públicas municipais.

Gilberto Ramos acredita que a reforma tributária que o Brasil precisa não pode se limitar à redistribuição do ICMS. Para ele, é preciso incluir outros impostos na discussão. "O foco apenas no ICMS gera dificuldades de concorrência para as pequenas e micro empresas", justificou. Ele também defendeu a tributação sobre a exportação de produtos não renováveis, como o minério de ferro, o ouro e o nióbio. "Essa é uma questão que vai ter que ser enfrentada", afirmou.

Presenças - Deputados Tenente Lúcio (PDT), presidente; Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Rômulo Viegas (PSDB) e Ulysses Gomes (PT). Participou também o superintendente de Cooperativismo e Apoio ao Setor Terciário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, João Neiva.

 

 

 

 

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