| Economia do Paraná foi beneficiada com salário mínimo 
            regional A melhoria da situação econômica do Paraná foi um 
            dos resultados diretos da implantação do salário mínimo regional, 
            tendo sido constatado um crescimento do número de novos empregos com 
            carteira assinada e um aumento na média do salário dos 
            trabalhadores. As informações foram trazidas pelo senador Roberto 
            Requião (PMDB/PR), que falou sobre a experiência da implantação do 
            piso salarial regional no Paraná na manhã desta sexta-feira 
            (26/8/11), no Ciclo de Debates Piso Salarial em Minas 
            Gerais. O evento está sendo realizado pela Assembleia 
            Legislativa de Minas Gerais, a requerimento do deputado Celinho do 
            Sinttrocel (PCdoB), em parceria com instituições públicas e 
            entidades de representação, e continua à tarde, no Plenário. Ele explicou que o piso teve início em 2006 e 
            atinge aos trabalhadores que não têm convenção coletiva de trabalho. 
            Segundo o senador, atualmente são quatro faixas, que variam de R$ 
            708 a R$ 817 e beneficiam 1,4 milhão de trabalhadores paranaenses. 
            No Paraná, o cálculo do valor do piso foi feito de acordo com a 
            média salarial dos trabalhadores sem convenção coletiva de 
            trabalho. Roberto Requião afirmou que, antes da implantação 
            do piso, alguns setores se manifestaram contrariamente, afirmando 
            que a iniciativa iria gerar desemprego e aumento do trabalho 
            informal, sem carteira de trabalho. Entretanto, segundo ele, o 
            efeito constatado foi o contrário. De acordo com o senador, houve um 
            aumento do número de postos de trabalhos criados, além de uma 
            melhoria na média salarial do trabalhador de Curitiba, capital do 
            Paraná. Ele afirmou que essa melhoria também esteve ligada a uma 
            série de políticas sociais adotadas pelo governo do Estado, como o 
            apoio às micro e pequenas empresas.  Congelamento dos salários contribui para crise 
            econômica Na abertura do ciclo de debates, o senador Roberto 
            Requião ainda falou sobre a relação entre a questão salarial e a 
            crise. Para Requião, no caso dos Estados Unidos, a crise está 
            diretamente ligada a uma política que congelou, durante décadas, os 
            salários dos trabalhadores norte-americanos e forçou a um 
            endividamento progressivo. "Não podemos continuar com essa visão no 
            Brasil de que o salário é inflacionário. Se continuarmos com essa 
            visão, vamos entrar em uma crise profunda como os Estados Unidos", 
            considerou. Segundo ele, as políticas sociais do Governo 
            Federal estão segurando a situação e evitando um maior endividamento 
            das famílias brasileiras. Ele defendeu o aumento dos salários no 
            Brasil como uma das medidas necessárias para a retomada do 
            aquecimento do mercado interno. "Congelar salário é uma medida 
            ultrapassada", afirmou. O deputado Rogério Correia (PT) também afirmou que 
            é preciso acabar com a ideia de que o aumento de salário dos 
            trabalhadores poderá gerar prejuízos à economia. "Estados que tenham 
            uma concentração maior de empresas e de recursos devem aumentar o 
            valor do salário mínimo pago", defendeu. Evento contribui para colocar debate sobre piso 
            regional na agenda do Estado Na abertura do evento, o deputado Luiz Carlos 
            Miranda (PDT) representou o presidente da ALMG, deputado Dinis 
            Pinheiro (PSDB). Ele destacou a importância do debate para se chegar 
            a um acordo sobre um valor mínimo do salário que garanta uma vida 
            digna aos trabalhadores mineiros. Segundo o deputado, a instituição 
            de um piso salarial regional terá um efeito direto na melhoria das 
            condições de vida das pessoas que hoje recebem o salário mínimo. A presidente da Fundação João Pinheiro, Marilena 
            Chaves, que representou o governador do Estado, também defendeu a 
            importância de encontrar um ponto de convergência, buscando a melhor 
            solução para Minas Gerais. A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) 
            destacou a importância do ciclo de debates ao colocar a criação do 
            piso salarial regional na pauta dos assuntos a serem debatidos pelo 
            Estado. "Essa pauta deve se expandir para todos os Estados para que 
            possamos fazer um movimento de pressão em todo o País", disse. O autor do requerimento para realização do debate, 
            deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB), afirmou que Minas Gerais não 
            pode ficar fora desse cenário e defendeu a implantação do piso 
            salarial regional. Ele lembrou que é autor do Projeto de Lei (PL) 
            77/11, que trata da implantação e dos valores do piso salarial das 
            categorias profissionais dos trabalhadores no Estado, ao qual foi 
            anexado o PL 178/11, do deputado Rogério Correia, que trata do mesmo 
            assunto. Presenças - Compuseram a 
            mesa de abertura os deputados Luiz Carlos Miranda (PDT), 
            representando o presidente da Assembleia; Celinho do Sinttrocel 
            (PCdoB) e Rogério Correia (PT). Além dos convidados já citados 
            participou da abertura dos trabalhos o procurador-geral de Justiça 
            adjunto, Geraldo Vasques.             |