PMDB anuncia saída do Bloco Minas sem Censura
A saída do PMDB do bloco parlamentar de oposição ao
Governo do Estado, "Minas sem Censura", foi anunciada nesta
quinta-feira (25/8/11) pelo Líder da Minoria, deputado Antônio Júlio
(PMDB), em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa de Minas
Gerais. A comunicação ainda precisa ser levada ao Plenário para que
se torne oficial. Com isso, o "Minas sem Censura" deixará de
existir. Juntos, PT e o PCdoB não têm o número mínimo de 16
parlamentares para manter um bloco formalmente.
Antônio Júlio apontou como principal razão para a
dissolução do bloco o fato de que o PT nacional não estaria
prestigiando o PMDB, integrante da base do Governo Federal. Em nota
à imprensa, o partido, em Minas, afirmou que o diretório estadual do
PMDB foi o único a apoiar oficialmente as candidaturas petistas de
Lula para presidente e Nilmário Miranda para governador, em 2006.
Ainda assim, segundo a nota, não estaria sendo considerado aliado
preferencial nas discussões sobre a sucessão para a Prefeitura de
Belo Horizonte.
Eleições - "O jogo das
eleições em Belo Horizonte já está decidido", afirmou Antônio Júlio.
Segundo ele, o PSDB não lançará candidato próprio e irá apoiar
Márcio Lacerda, juntamente com o PT. O deputado disse ainda que o
PMDB terá candidato próprio em Belo Horizonte.
A saída do bloco, de acordo com o parlamentar,
seria inevitável com a aproximação das eleições municipais. "Com a
disputa municipal, o PMDB ficaria muito desconfortável nas cidades
onde o partido tem o PT como adversário", avaliou.
Na Assembleia, o partido manterá uma postura de
oposição ao governo, segundo afirmou Antônio Júlio. "O PMDB precisa
ter seu rumo próprio", disse, acrescentando que o partido não pode
ficar dependente do PT e nem do PSDB. "Não seremos submissos a
nenhum interesse do Governo", reforçou.
Questionado sobre possíveis interferências de
lideranças nacionais do PT e do PMDB na tentativa de reverter a
decisão de deixar o bloco, Antônio Júlio negou, dizendo que essas
lideranças não foram consultadas no momento de formação do bloco e
nem agora.
O parlamentar declarou ainda que, apesar de
divergências sobre a decisão de deixar o bloco, o partido sai unido
do episódio.
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