Executivo veta projeto que altera estrutura de cargos do TCE

Duas mensagens do Executivo, com vetos parciais do governador Antonio Anastasia a projetos de lei, foram recebidas pe...

16/08/2011 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Executivo veta projeto que altera estrutura de cargos do TCE

Duas mensagens do Executivo, com vetos parciais do governador Antonio Anastasia a projetos de lei, foram recebidas pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais na Reunião Ordinária desta terça-feira (16/8/11). Os dois projetos foram parcialmente vetados por contrariarem o interesse público. O primeiro, contido na Mensagem de nº 91, refere-se à Proposição de Lei 20.487, que altera a estrutura de cargos de direção e assessoramento do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O segundo veto do governador consta da Mensagem no 92 e relaciona-se à Proposição de Lei 20.503, que cria cargos das carreiras de agente de segurança penitenciário, gestor ambiental, professor de educação superior, analista universitário e técnico universitário e reajusta os valores da vantagem pessoal a que se refere o artigo 1o da Lei 10.470, de 1991. Esta lei dispõe sobre a absorção de servidor da MinasCaixa no quadro de pessoal da administração direta do Poder Executivo.

De acordo com o governador, no caso da alteração na estrutura de cargos do TCE, o próprio Tribunal considerou que a reserva do recrutamento para supervisor de segurança institucional e de supervisor de tecnologia da informação é contrária ao interesse público. "Ela impõe restrição de escolha a um universo reduzido de servidores, impedindo a contribuição de outras personalidades da iniciativa privada com experiência e conhecimento que poderiam ser proveitosos ao Estado".

A mensagem observa que o veto abrange apenas dois cargos. "Isso não acarreta qualquer impacto na diretriz adotada no projeto de valorização do servidor efetivo e que mesmo sendo de recrutamento amplo, nada impede que futuramente, com a criação de cargos correlatos ou treinamento adequado, estes cargos possam ser ocupados por servidores efetivos".

Já no que se refere à criação de cargos no Poder Executivo, a mensagem esclarece que aqueles a serem criados para a Fundação Helena Antipoff seriam lotados exclusivamente no Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira, unidade integrante da estrutura orgânica da fundação.

Entretanto, durante a tramitação legislativa, foi editada a Lei Delegada 180, de 2011, com o objetivo de estruturar a administação pública direta e indireta, de forma a permitir a execução do plano de governo "Minas de todos os Mineiros: as redes sociais de desenvolvimento integrado", em cujas bases assenta-se a proposta política governamental.

Com a edição da lei delegada, explica a mensagem, foi promovida uma ampla reforma administrativa com a modificação da estrutura orgânica das entidades da administração direta e indireta, definindo suas atribuições, objetivos e denominações.

Ao dispor sobre a finalidade e a estrutura da Fundação Helena Antipoff, em seus artigos 100 e 101, a Lei Delegada não prevê a integração do Instituto Anísio Teixeira à sua estrutura orgânica, o que torna sem efeito a previsão do Decreto nº 744.658, de 2007. Sendo assim, foi proposto o veto parcial, para excluir da sanção o artigo 7o, por entender que as prescrições do dispositivo não atendem ao interesse público por não mais se harmonizarem com a nova estrutura orgânica administrativa do Estado.

Oposição apela em favor dos professores em greve

No início da reunião, o líder do bloco Minas Sem Censura, deputado Rogério Correia (PT), fez um apelo ao líder do Governo, deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), ao presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), e ao deputado José Henrique (PMDB), que presidia a reunião, no sentido de se intermediar a busca de uma solução negociada para a greve dos servidores da educação, garantindo à categoria o pagamento do piso nacional de R$ 1.200,00, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.

O líder da oposição frisou que mais de 152 mil professores fizeram a opção pelo pagamento do piso, rejeitando a política de subsídios proposta pelo Governo do Estado. Ressaltou também que a tentativa de contratar professores substitutos não deu certo, porque somente 11%, segundo o próprio governo, teriam atendido ao chamado. Diante disso, argumentou o parlamentar, o governo agora não teria outra alternativa senão atender às reivindicações dos trabalhadores.

Em resposta, o deputado José Henrique explicou que o presidente Dinis Pinheiro já estava trabalhando no sentido de agendar um encontro com o governador para discutir o assunto.

A Reunião Ordinária foi encerrada logo após a fase dos oradores, quando a deputada Luzia Ferreira (PSB) pediu verificação de quorum.

 

 

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