Projetos recebem emendas de Plenário e retornam a comissões

Dois projetos de lei do governador, 2.109/11 e 5.092/10, que tramitam em 1º turno em regime de urgência, receberam em...

13/07/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Projetos recebem emendas de Plenário e retornam a comissões

Dois projetos de lei do governador, 2.109/11 e 5.092/10, que tramitam em 1º turno em regime de urgência, receberam emendas em Plenário e retornaram para receber pareceres das comissões de Administração Pública e de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O PL 2.088/11, também do governador, que doa imóvel para a Pretrobras para instalação de uma planta de produção de amônia em Uberaba (Triângulo Mineiro), teve a discussão encerrada por permanecer na pauta por quatro reuniões.

Após as decisões, a Presidência encerrou a Reunião Ordinária da tarde desta quarta-feira (13/7/11) por falta de quórum. A primeira parte da reunião foi marcada por pronunciamentos de deputados da oposição, que estão obstruindo as votações para forçar uma negociação entre o governador e os professores estaduais em greve. A reunião foi acompanhada por grevistas que lotaram as galerias e se manifestavam a cada pronunciamento dos deputados.

O PL 2.109, que reajusta os vencimentos dos servidores das polícias Civil e Militar, recebeu a emenda nº 4 do deputado Rogério Correia (PT). A emenda altera o artigo 7º do projeto, que assegura a aplicação dos aumentos aos servidores inativos. Substitui o termo "nos termos da Constituição da República", para "nos temos da legislação vigente". A assessoria do bloco parlamentar Minas Sem Censura admitiu que a emenda é "uma estratégia para forçar o retorno do projeto à comissão de mérito, protelando a sua tramitação e dando mais tempo para negociação.

Projeto recebe emendas que mudam estrutura da administração pública

Já o PL 5.092, que cria cargos e altera a estrutura da carreira de agente de segurança penitenciário e reajusta valores de vantagem pessoal, recebeu 15 emendas: as de nº 7 a 14, do governador; as de nºs 15, 20 e 21, do deputado Rogério Correia; a 16, de Ivair Nogueira (PMDB); a 17, de Doutor Viana (DEM); a 18, de Carlos Mosconi (PSDB) e a 19, de Délio Malheiros (PV). A justificativa do governador é de que as oito emendas encaminhadas têm por objetivo promover ajustes à legislação de pessoal em vigor, tendo em vista as alterações na organização da administração pública do Poder Executivo.

A emenda nº 7 propõe o acréscimo de um nível à tabela de subsídio da carreira de professor de educação básica da Polícia Militar, com requisito de escolaridade correspondente à licenciatura curta.

A 8 acrescenta um parágrafo ao artigo 134 da Lei Delegada 180, de 2011, com o intuito de permitir a cessão formal para a Secretaria de Estado de Defesa Social dos servidores oriundos das subsecretarias de Políticas Antidrogas e de Esportes e Juventude.

A emenda nº 9 atualiza o texto do projeto em virtude de alterações aprovadas no decorrer de sua tramitação, com a instituição da Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego. A alteração insere nos planos de carreiras a atual Secretaria.

De teor semelhante, a emenda nº 10 insere nos planos de carreiras a recém-criada Secretaria de Casa e de Relações Institucionais e atualiza o nome da Auditoria-Geral do Estado para Controladoria-Geral do Estado.

A emenda nº 11 altera o artigo 11 da Lei 19.490, de 2011, especificando as situações sujeitas ao limite mínimo para consignação em folha de pagamento de servidores públicos e pensionistas, e compatibilizando a redação do referido artigo com a Constituição do Etado.

A emenda 12 altera dispositivos da Lei 15.301, de 2004, permite extensão da jornada de trabalho do professor de educação básica da PM, para assegurar tratamento isonômico com profissional da rede estadual.

A emenda 13 altera o artigo 2-A e revoga o anexo da Lei 14.693, de 2003, que institui o Adicional de Desempenho (ADE). Propõe definir em lei apenas os limites mínimos e máximos do ADE e possibilita a utilização da Avaliação de Desempenho Institucional (ADI) como critério para o cálculo da vantagem. A emenda também aprimora as regras sobre as datas de apuração do ADE e vigência de seus efeitos financeiros.

Finalmente, a emenda 14 altera o caput do artigo 3º da Lei Delegada 94, de 2003, para corrigir o texto cita 13 membros para compor o Conselho Estadual da Juventude, mas prevê 14 indicações - sete do poder Executivo e os demais de sete instituições.

Direitos anteriores - Do deputado Rogério Correia (PT), a emenda nº 15 trata da diferença salarial de proventos percebidos por servidores que exerciam cargos em comissão, aposentados até o início da vigência da Lei 14.683, de 2003. Amplia o direito a receber a diferença salarial para quem protocolou o pedido da aposentadoria até o início da lei, define que o valor passa a ser considerado para cálculos de quinquênios e adicionais de triênio. Prevê ainda que as alterações sejam retroativas à aplicação da Lei Delegada 175, de janeiro de 2007.

A emenda 16 acrescenta artigo, estabelecendo algumas condições para a contratação de entidades para a realização de concursos públicos. O objetivo é reduzir os problemas com a anulação do processo seletivo. Entre as alterações, exige experiência mínima das empresas contratadas e impede a contratação de instituições que tenham organizado concursos que tenham sido anulados.

O deputado Doutor Viana apresentou a emenda 17 que prevê a incorporação ao vencimento básico de vantagem pessoal recebida por servidor da extinta MinasCaixa, absorvido nos quadros da administração direta.

De autoria de Carlos Mosconi, a emenda 18 permite à Administração Pública reduzir a carga horária semanal de enfermeiros da Fhemig, de 48 para 30 horas, com proporcional redução de salário.

A emenda 19, de Délio Malheiros, também trata da vantagem pessoal nominalmente identificada, prevendo a incorporação gradual do benefício ao provento do servidor, na proporção de 25% ao ano.

As emendas 20 e 21, ambas de Rogério Correia extinguem dois artigos do Substitutivo nº 1 da Comissão de Constituição e Justiça. O nº 10, que trata sobre percentual de pagamento da Avaliação de Desempenho (ADE), e o 11, que dispõe sobre a cessão de servidores para organização da sociedade civil de interesse público (oscip).

Oposição obstrui a pauta, mas presidente acredita na negociação

Deputados do Bloco Minas Sem Censura (PT/PMDB/PCdoB/PRB) ocuparam a tribuna do Plenário da Assembleia de Minas para apoiar os professores estaduais em greve e criticar o governador por não acatar pagar o piso nacional aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em todos os pronunciamentos, os deputados deixaram claro que não vão permitir votação dos projetos da pauta, enquanto Antonio Anastasia não abrir o canal de negociação com os grevistas.

O líder do bloco, deputado Rogério Correia leu um ofício em que solicita audiência com o governador para tentar "buscar as soluções para os impasses". A greve já se arrasta por mais de 30 dias e também estão com movimento de paralisação servidores da Polícia Civil, área de saúde e da segurança pública. "Se é certo que possuímos visão e métodos políticos diametralmente opostos, não menos certo é que nosso compromisso maior é com a população mineira", destaca o documento.

Na opinião de todos os parlamentares que se pronunciaram, o governador não pode descumprir a determinação do STF. "O subsídio é um golpe contra a carreira dos servidores", atacou o deputado Elismar Prado (PT).

Acordo - Em entrevista à imprensa, após o encerramento da Reunião Ordinária do Plenário, o presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), manifestou sua certeza de que situação e oposição entrarão num acordo para votar os projetos de mais interesse para o Estado. O parlamentar analisou as dificuldades de entendimento entre a base governista e a oposição, que têm impedido a votação nos últimos dias. Para ele, ao final prevalecerá o senso de responsabilidade de todos.

Dinis Pinheiro afirmou que o diálogo permanece entre o governo do Estado e os servidores da educação, em greve há cerca de 30 dias. Segundo ele, Assembleia faz a sua parte na intermediação desse diálogo, tentando acordos com a oposição, que permitam por fim à greve e para o retorno das votações dos projetos de interesse do povo mineiro.

Para Dinis, a dificuldade ainda não superada é que o sindicato representativo dos professores se apegou a um item da negociação e isto vem sendo entrave para o acordo com o Estado. "O Governo do Estado nunca se furtou ao diálogo, mesmo não tendo conseguido atender em tudo ao Sind-Ute"

Entre as proposições, ele citou como de grande importância, "porque representam grandes investimentos para o Estado, benefícios para municípios como Itueta e reajustes para algumas categorias de servidores", os projetos de lei: 1.759/11, que altera a área da Estação Ecológica de Arêdes; 2.088/11, que autoriza o Estado a doar glebas de terra a Petrobras, para a instalação de planta de produção de amônia em Uberaba; 2.109, que reajusta os vencimentos básicos de diversas carreiras da área de defesa social ; 5.092/10, que cria cargos e altera a estrutura da carreira de Agente de Segurança Penitenciário. E o PL823/11, que autoriza o Estado a doar terreno ao município de Itueta, para a construção de uma escola.

Ele se mostrou otimista com um acordo entre a situação e oposição para retomar as votações, que devem culminar com a apreciação do PL 1.697/11, que contém a Lei de Diretrizes Orçamentárias e cuja votação encerra o semestre para o Plenário, dia 18.

 

 

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