Projeto da LDO recebe parecer e já pode ir a Plenário

O Projeto de Lei (PL) 1.697/11, que traz as diretrizes para elaboração da lei orçamentária (LDO) para o exercício fin...

12/07/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Projeto da LDO recebe parecer e já pode ir a Plenário

O Projeto de Lei (PL) 1.697/11, que traz as diretrizes para elaboração da lei orçamentária (LDO) para o exercício financeiro de 2012, está pronto para ser apreciado pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O parecer de turno único favorável ao projeto, com emendas, foi aprovado na noite desta terça-feira (12/7/11) pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, ampliada com membros de todas as comissões permanentes da ALMG. Ao todo, o projeto da LDO recebeu 158 emendas.

O relator da matéria, deputado Romel Anízio (PP), havia distribuído cópia do parecer na reunião desta tarde, opinando pela aprovação de 15 emendas e de oito submendas. Na reunião da noite, o deputado Ulysses Gomes (PT) pediu a votação destacada das emendas 147 e 148, que haviam recebido parecer pela rejeição e da emenda 163, do próprio relator, com parecer pela aprovação. A comissão rejeitou as três. Com isso, o parecer passou a sugerir a aprovação de 14 emendas, além das oito subemendas.

A emenda nº 147 visa à destinação de recursos para garantir a operacionalização dos circuitos turísticos de Minas Gerais, que são instrumentos para efetivação do planejamento da política de turismo do Estado. A emenda nº 148 tem o objetivo de garantir a contrapartida do governo do Estado para implementação do Sistema de Informação para a Infância e Adolescência (Sipia).

Por fim, a emenda 163, acrescenta a apresentação do Plano Básico de Mobilidade Social como requisito para transferência voluntária a Municípios, visando adequar a Lei Orçamentária Anual (LOA) ao Decreto 45.550, de 2011. O deputado Ulysses Gomes argumentou que essa exigência inviabilizaria o recebimento dos recursos de transferências pelos municípios que não têm condições técnicas de elaborarem o plano.

O deputado Sargento Rodrigues (PDT) cumprimentou o relator por ter acatado parcialmente emenda de sua autoria para garantir a publicação dos gastos do Estado com os membros dos Poderes. O presidente da comissão, deputado Zé Maia (PSDB) e o deputado Romel Anízio agradeceram o empenho dos deputados no aperfeiçoamento do projeto.

Projeto da LDO estima receitas e despesas de R$ 57 bilhões para 2012

Para 2012, estima-se em R$57 bilhões o valor total de receitas e de despesas. R$55,66 bilhões formam a receita não financeira ou receita primária do Estado. A receita não financeira corresponde à receita orçamentária deduzidas as operações de crédito, as provenientes de rendimentos de aplicações financeiras e retorno de operações de crédito (juros e amortizações), recebimento de empréstimos concedidos, receitas de privatizações e relativas a superavits financeiros.

Descontadas as transferências do Tesouro Nacional, a receita bruta estimada é de 49,8 bilhões. A receita corrente líquida, que deduz os repasses constitucionais para os municípios, é da ordem de R$ 37 bilhões.

Já a despesa, estimada em igual valor da receita, sendo a despesa não financeira estimada em R$52,45 bilhões. A despesa não financeira corresponde ao total da despesa orçamentária, deduzida das despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com a aquisição de títulos de capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com retorno garantido.

Projeto prevê crescimento do PIB de 5%

O projeto da LDO prevê um crescimento do Produto Interno Bruto de 5% para 2012, e de 5,5% nos dois anos seguintes, passando de R$ 4 bilhões, em 2011, para 5,3, em 2014. Somente a arrecadação de ICMS, o principal imposto estadual, deverá crescer 14% no próximo ano, chegando a R$ 31,52 bilhões, conforme as previsões. Os investimentos do governo para 2012 devem atingir aproximadamente R$ 4 bilhões.

O relator destaca que, para a fixação das metas fiscais, foram utilizados os mesmos parâmetros da LDO da União, tais como: crescimento real anual de 4,5% previsto para o PIB em 2011, de 5% em 2012 e de 5,5% para 2013 e 2014; "superavit" primário de 3,1% do PIB nos quatro anos em referência; inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA), de 5% em 2011 e 4,5% em 2012, 2013 e 2014; e taxa de juros básica da economia - Selic - de 11,75% em 2011, de 10,75% em 2012, de 10% em 2013 e de 8,5% em 2014.

Em relação às 158 emendas apresentadas, o relator, deputado Romel Anísio, opinou, inicialmente, pela aprovação de 15. São elas: nºs 14 a 16, 40, 42, 43 e 157, apresentadas por parlamentares; de nº 86, apresentada pelo Bloco Minas sem Censura; das subemendas nº 1 às emendas nºs 5, 12, 53, 54, 63, 77, 79 e 81; e das emendas nºs 159 a 163 apresentadas pelo próprio relator. Romel Anísio também opinou pela rejeição das emendas nºs 1, 3, 4, 6, 7, 9, 10, 11, 13, 20, 21 a 39, 41, 44 a 49, 55, 57, 58, 60 a 62, 64 a 68, 70 a 76, 80, 82 a 85, 87, 90, 91, 93 a 100, 102 a 110, 112 a 150, 152, 154 a 156 e 158.

Emendas rejeitadas - No parecer, o relator explicou que a maioria das emendas rejeitadas tem cunho alocativo, prevendo dotações orçamentárias para o custeio de ações específicas ou genéricas. Na avaliação do deputado, o instrumento adequado para criar os programas e as ações é o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). Por esse motivo, também foram rejeitadas as emendas que propõem medidas pertinentes ao PPAG.

Aprovadas - Já as emendas nºs 14, 15, 16, 18, 19, 40, 42, 43, 86 e 157, foram acolhidas porque o relator entendeu que elas aprimoram a proposição. A emenda nº 5, que destina um percentual dos recursos da Fapemig para o financiamento de projetos de pesquisa desenvolvidos por instituições estaduais, foi acatada na forma de subemenda, que fixa o percentual em 10%.

Algumas emendas promovem alterações no artigo 38 do projeto, que dispõe sobre o controle e a transparência na gestão fiscal. Dentre elas, receberam parecer favorável a emenda nº 19 e a emenda nº 53 (na forma de submenda), por terem melhor consolidado o conteúdo de outras emendas, as quais, por esse motivo, ficaram prejudicadas. A emenda nº 79 foi acatada na forma de subemenda, com o objetivo de promover o acesso dos membros da ALMG a diversos sistemas de informação gerenciais, o que contribui para o fortalecimento do exercício da função fiscalizadora do Legislativo.

Quanto às emendas 159 a 162, apresentadas pelo relator, Romel Anísio explica que elas, em sua maioria, propõem a ampliação dos mecanismos de controle e transparência das ações estatais, de modo a possibilitar uma efetiva atuação fiscalizatória pela Casa e pelo cidadão mineiro. A emenda nº 159 determina que o TCE e o Executivo enviem à ALMG, em formato editável, suas prestações de contas, viabilizando a publicação das essencialidades.

Já a emenda nº 160 estabelece a obrigatoriedade de o Executivo enviar à ALMG informações sobre a receita de ICMS discriminada de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e, ainda, por Município, por tipo de contribuinte e por regime de recolhimento, bem como de informações sobre o montante da dívida ativa no Estado, discriminada entre tributária e não tributária, sendo, no caso da tributária, discriminada por tipo de tributo, indicando-se ainda o valor relativo ao principal, aos juros e às multas.

A emenda nº 161, segundo o relator, está em acordo com o Direcionamento Estratégico da Assembleia, assegurando o acesso às informações necessárias para o desenvolvimento do Projeto "Portal de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas". A emenda nº 162 visa facilitar a integração e a compatibilização dos sistemas internos utilizados pelos poderes do Estado com o Sistema de Administração Financeira (Siafi).

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Doutor Viana (DEM), vice; Gustavo Perrella (PDT); Romel Anízio (PP); Ulysses Gomes (PT); e Sargento Rodrigues (PDT).

 

 

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