Sob protesto da oposição, três projetos passam a tramitar em urgência

Três projetos de lei do governador começam a tramitar, a partir desta terça-feira (12/7/11), em regime de urgência na...

12/07/2011 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Sob protesto da oposição, três projetos passam a tramitar em urgência

Três projetos de lei do governador começam a tramitar, a partir desta terça-feira (12/7/11), em regime de urgência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A pedido de Antonio Anastasia, a presidência acatou, durante Reunião Ordinária no Plenário, o pedido de urgência para os PLs 2.109/11, que reajusta salários de policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários; e 1.759/11, que altera a área da Estação Ecológica de Arêdes, entre Itabirito e Ouro Preto.

O outro projeto, 2.088/11, que autoriza o Poder Executivo a doar imóvel à Petrobras para instalação de planta de produção de amônia em Uberaba (Triângulo Mineiro), teve pedido de urgência requerido por membros do Colégio de Líderes, o que provocou protesto da oposição, que não participou do acordo. Deputados do Bloco Minas Sem Censura (PT/PMDB/PCdoB/PRB) denunciaram que nem ficaram sabendo da solicitação de urgência e se indignaram com a atitude do Colégio de Líderes.

Em função disso, os deputados da oposição pediram a suspensão da Reunião Ordinária para impedir a votação de dois requerimentos do deputado Rômulo Viegas (PSDB) que propõem o regime de urgência para outros dois projetos: o 5.092/11, que cria cargos de agentes penitenciários e gestor ambiental; 823/11, que doa imóvel para o município de Itueta (Rio Doce), ambos do governador.

O Regimento Interno da Assembleia determina que apenas quatro projetos tramitem em regime de urgência, dois a pedido do governador e os outros dois por requerimento de deputado. Permite, ainda, que outros dois sejam colocados na tramitação especial, desde que solicitados por dois terços dos membros do Colégio de Líderes.

A revolta da oposição foi pela exclusão do bloco do acordo. "Não me parece justo nem honesto que seja (a decisão) imposta pela maioria sem sequer nos comunicar", reclamou o líder do Minas Sem Censura, deputado Rogério Correia (PT), que qualificou a atitude como "política da esperteza". Carlin Moura (PCdoB) criticou não o mérito - que reconheceu ter abrigo no Regimento Interno -, mas a forma de condução do acordo. "Por força da maioria, podem aprovar sim, o que não podem é cercear o direito da minoria". Os deputados petistas Paulo Guedes e Ulysses Gomes engrossaram o coro da indignação.

Em defesa do governo, o deputado Sebastião Costa (PPS), reclamou do termo "esperteza", utilizado por Rogério Correia. Ele afirmou que o Regimento Interno é muito tolerante com a minoria e que é importante respeitar a vontade da maioria. "Esse artigo (272) foi criado para buscar o equilíbrio", defendeu.

Redução de prazos - Os projetos em regime de urgência tramitam com prazos pela metade. A Assembleia passa a ter 45 dias para se manifestar sobre os projetos. Expirado o prazo, a proposição entra na Ordem do Dia do Plenário e impede a votação de outras proposições (sobrestamento).

Tribunal de Contas cria cargo e MP estabelece reajuste e data-base de servidores

O Plenário também recebeu dois ofícios com projetos de lei. O Tribunal de Contas enviou proposição para criar o cargo de subprocurador-geral do Ministério Público junto ao tribunal. O titular deverá substituir o procurador-geral em casos de vacância e nas suas ausências e impedimentos por motivo de licença, férias ou outros afastamentos legais.

O Ministério Público encaminhou projeto para reajustar em 6,51%, retroativo a maio, o salário dos servidores. Também fixa 1º de maio como data-base para a revisão anual dos vencimentos e proventos dos funcionários do MP. Em outra mensagem, do governador, foi feita a indicação de Ivan Alves Soares para o cargo de diretor-geral do Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG).

Durante a reunião também foram aprovados os Requerimentos nºs 1.205 a 1.227/11 e deferidos requerimentos dos deputados tucanos Dalmo Ribeiro Silva, solicitando a retirada de tramitação do PL 620/11; Célio Moreira, solicitando a retirada de tramitação do PL 1.502/11; e Leonardo Moreira, solicitando que o PL 1.037/11 seja encaminhado à comissão seguinte a que foi distribuído, uma vez que a Comissão de Saúde perdeu o prazo para emitir seu parecer.

Minuto de silêncio - A pedido do deputado Anselmo José Domingos (PTC) o Plenário fez um minuto de silêncio pela memória do servidor José Dirson Araújo, falecido esta semana.

 

 

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