Deputados tentam reabrir negociações entre servidores e
Governo
Deputados da base governista e da oposição fizeram,
nesta segunda-feira (11/7/11), na Assembleia Legislativa de Minas
Gerais, uma série de reuniões para tentar reabrir as negociações
entre servidores estaduais em greve e o Governo. Participaram
representantes dos trabalhadores de três categorias: educação, saúde
e funcionários do Instituto de Previdência dos Servidores de Minas
Gerais (Ipsemg).
Pela manhã, diretores de três sindicatos (Sind-UTE,
Sind-Saúde e Sisipsemg) se reuniram com os parlamentares no
Plenarinho IV. À tarde, as diretorias do Sind-UTE e do Sisipsemg
retornaram à ALMG para novas conversas, dessa vez com a presença da
subsecretária de Gestão de Pessoas da Secretaria de Estado de
Planejamento e Gestão, Fernanda Neves. O Sind-Saúde deve retornar à
Assembleia na terça-feira (12). As reuniões da tarde foram no
gabinete do deputado Mauri Torres (PSDB).
Após as conversas, Fernanda Neves disse que o
Governo mantém a postura de não negociar com servidores em greve.
Por isso, não houve avanço na reunião com o Sind-UTE. A reabertura
dos entendimentos com os trabalhadores da educação está condicionada
à suspensão da paralisação. A diretora do Sind-UTE Beatriz Cerqueira
afirmou, no entanto, que a categoria tentou negociar com o Governo
seis meses antes de cruzar os braços, e que não aceita condicionar a
retomada das negociações ao término da greve. Os servidores da
educação marcaram nova assembleia para quarta-feira (13), às 14
horas, na ALMG.
Sobre a reunião com a diretoria do Sisipsemg, a
subsecretária afirmou que ela foi importante para esclarecer as
propostas do Governo para os funcionários do órgão. Na avaliação da
presidente do sindicato, Antonieta de Cássia Dorledo de Faria, a
conversa representou um pequeno avanço. Ela disse que a categoria
vai fazer assembleia na terça-feira (12) para decidir pela
continuidade ou não da greve. A reunião teve a presença da
presidente do Ipsemg, Jomara Alves da Silva.
A greve dos servidores da educação já dura 34 dias.
Os funcionários do Ipsemg estão paralisados há 15 dias e os da área
de saúde há 14 dias. Na reunião da manhã, o diretor do Sind-Saúde
Renato Barros relatou que os hospitais já estão com dificuldade de
montar escalas mínimas de atendimento e que os estoques de sangue no
Hemominas caíram a níveis alarmantes, por causa da paralisação da
categoria.
Além de Mauri Torres, participaram das reuniões
desta segunda-feira os deputados Luiz Humberto Carneiro (PSDB),
líder do Governo; Rogério Correia (PT), líder do bloco Minas sem
Censura, de oposição; Carlos Mosconi (PSDB), Paulo Lamac (PT),
Adelmo Carneiro Leão (PT) e Ulysses Gomes (PT).
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