Projeto que reajusta pessoal da segurança recebe pedido de vista

O Projeto de Lei (PL) 2.109/11, que reajuste vencimentos de servidores da área de segurança do Estado, recebeu pedido...

06/07/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Projeto que reajusta pessoal da segurança recebe pedido de vista

O Projeto de Lei (PL) 2.109/11, que reajuste vencimentos de servidores da área de segurança do Estado, recebeu pedido de vista nesta quarta-feira (6/7/11), na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O pedido partiu do deputado Ulysses Gomes (PT) e foi concedido pelo presidente da comissão, deputado Zé Maia (PSDB).

Ulysses informou que a decisão foi do Bloco Minas sem Censura, que se reuniu, na manhã desta quarta com servidores da Polícia Civil, que estão em greve. Segundo ele, trata-se de uma estratégia da oposição e dos grevistas visando restabelecer negociações com o Governo do Estado. O deputado Antônio Júlio corroborou a decisão do colega afirmando que o pedido de vista não acarretaria atrasos para o projeto, que tramita em 1º turno. Ele ressaltou que, mesmo que a oposição continuasse obstruindo os trabalhos, esse projeto estava resguardado e seria votado normalmente.

O deputado Sargento Rodrigues (PDT) tentou convencer Ulysses Gomes a retirar o pedido de vista, uma vez que o fato de o parecer ser aprovado na reunião não impediria a continuidade do movimento dos policiais civis. Rodrigues defendeu agilidade na apreciação do parecer. Isso porque o projeto não tratava apenas de reajuste aos policias civis (cerca de 12 mil), mas também de policiais militares (75 mil - 50 mil ativos e 25 mil aposentados), bombeiros militares (5 mil) e agentes de segurança penitenciários e socioeducativos (13 mil).

Atingidos por barragens são tema de projeto

Seis projetos de lei (PLs) tiveram pareceres, todos de 1º turno, aprovados. O primeiro foi o PL 182/11, dos deputados Elismar Prado (PT) e Almir Paraca (PT), que cria a Política Estadual de Apoio às Comunidades Atingidas pela Construção de Barragens. O relator, deputado João Vítor Xavier (PRP), opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 2, apresentado pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social, com as emendas nºs 1 e 2, apresentadas, e pela rejeição do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Na forma original, o PL 182/11 prevê a adoção pelo Estado de medidas para reparar danos sofridos por comunidades expulsas de suas terras para a construção de hidrelétricas. Dados da Comissão Mundial de Barragens dão conta de que cerca de 1 milhão de pessoas já passaram por essa situação no Brasil e , na maioria das vezes, os danos não são reparados adequadamente.

O substitutivo nº 1, com parecer pela rejeição afirma que a Lei 12.812, de 1998, já trata do assunto, não se justificando a edição de nova norma. A CCJ propõe, então, que medidas sugeridas no projeto sejam incluídas na lei.

Já o substitutivo nº 2, com parecer pela aprovação, concorda com esse entendimento da CCJ, mas propõe novas alterações na Lei 12.812. A principal estabelece que cabe ao empreendedor a compensação por danos sociais e ambientais. O novo texto vincula a licença prévia para o empreendimento à apresentação de um plano de assistência social pela empresa responsável por construir a barragem. O dispositivo também reforça os mecanismos de participação popular no processo de licenciamento de barragens e substitui o programa Pró-Assiste, previsto na lei, pela Política Estadual de Apoio às Comunidades Atingidas pela Construção de Barragens.

As emendas nºs 1 e 2, apresentadas na comissão, tem como objetivo, segundo o relator, clarificar a matriz de responsabilidade preconizada no substitutivo nº 2, por meio de alterações no artigo 6º da Lei 12.812.

Aprovado parecer a projeto que cria Cipas nas escolas

Outro PL que teve parecer favorável aprovado foi o 786/11, que cria as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) nas escolas de ensino médio da rede pública estadual. De autoria do deputado João Leite (PSDB), o projeto foi relatado pelo deputado Romel Anízio (PP), ausente à reunião, sendo redistribuído para Sargento Rodrigues. Este último opinou pela aprovação da matéria na forma do substitutivo nº 2, também da Comissão do Trabalho, e pela rejeição do substitutivo nº 1, da CCJ.

O substitutivo nº 1 faz adequações jurídicas e institui política pública para conscientizar a comunidade escolar sobre a prevenção de acidentes e da violência, em vez de determinar a criação das Cipas, o que é competência do Executivo. O substitutivo nº 2 acata a visão da CCJ, mas acrescenta uma outra diretriz, que é a de estender a adoção das medidas para prevenir acidentes e violência a escolas públicas estaduais de ensino fundamental.

Doações de imóveis - Os outros três projetos com pareceres favoráveis aprovados tratam de autorizações ao Executivo para doar imóveis. O PL 713/11, do deputado Wander Borges (PSB), trata de doação, ao município de Raul Soares, de imóvel com área de 151,20 m², que será destinado à instalação de órgãos administrativos municipais. O relator, deputado Antônio Júlio, opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo nº 1, da CCJ, o qual prevê que a Secretaria de Estado de Fazenda terá um espaço adequado e exclusivo para o atendimento das necessidades da repartição, que funciona nesse imóvel.

O PL 824/11, do deputado Zé Maia, autoriza o Executivo a doar ao município de Fronteira imóvel com 10.000 m² para a construção de uma área pública de lazer. O projeto estabelece que esse imóvel reverterá ao patrimônio do Estado se, depois de cinco anos contados da lavratura da escritura de doação, não lhe tiver sido dada a destinação prevista. O relator, deputado Ulysses Gomes, opinou pela aprovação da proposição na forma original.

Por fim, o PL 846/11, do deputado Delvito Alves (PTB), autoriza o Executivo a doar terreno de 10.000 m² à Associação dos Produtores Rurais da Fazenda Pico (Aprofap), em Unaí. O parecer do relator, deputado Ulysses Gomes, foi pela aprovação da matéria na forma do substitutivo nº 1, da CCJ. Pelo dispositivo, a doação passa a ser feita não à Aprofap, mas ao município de Unaí.

TCE - Também o Projeto de Lei Complementar 8/11 teve concedido pedido de vista, feito pelo deputado Ulysses Gomes. O PLC altera a Lei Complementar 102, de 2008, para acrescentar artigos referentes à assinatura, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), de Termo de Ajustamento de Gestão. Esse termo tem o objetivo de adequar atos e procedimentos dos Poderes, Órgãos ou Entidades controladas aos padrões de regularidade, cujo objeto não limite a competência discricionária do gestor.

Em relação ao PLC, Ulysses Gomes destacou que já se reuniu com representantes do TCE e que a conclusão é de que o projeto não está determinando claramente como será dada publicidade ao Termo de Ajustamento de Gestão pelo órgão. Por isso, o parlamentar apresentou requerimento, aprovado na reunião, para que seja realizada audiência pública com representantes do Tribunal e prefeitos de municípios, para debater o assunto.

Outro requerimento aprovado, de autoria de Zé Maia, é pelo envio aos senadores mineiros de cópia da nota técnica elaborada pela FFO sobre a dívida contraída pelo Estado junto à União.

Rejeição - Na reunião, foi aprovado parecer pela rejeição ao PL 22/11, do deputado Elismar Prado. A proposição torna obrigatória a comunicação dos repasses de recursos financeiros estaduais para os municípios às respectivas Câmaras Municipais e a disponibilização, na internet, de informações sobre as atividades da administração pública, sob o título Minas Transparente. Como o relator original, Romel Anízio, não estava presente, o parecer foi redistribuído para João Vítor Xavier que opinou pela rejeição do projeto.

Retirado de pauta - Foi retirado de pauta o PL 1.759/11, do governador, que altera a área da Estação Ecológica de Arêdes, criada pelo Decreto 45.397, de 2010, por não cumprir pressupostos regimentais.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Doutor Viana (DEM), vice; Antônio Júlio (PMDB), João Vítor Xavier (PRP), Ulysses Gomes (PT), João Leite (PSDB), Sargento Rodrigues (PDT), Duarte Bechir (PMN) e a deputada Luzia Ferreira (PPS.

 

 

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