Assembleia quer informações sobre repasse de tributos a Contagem

Vai ser encaminhado ao secretário de Estado de Fazenda um pedido de informações sobre a arrecadação tributária total ...

05/07/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Assembleia quer informações sobre repasse de tributos a Contagem

Vai ser encaminhado ao secretário de Estado de Fazenda um pedido de informações sobre a arrecadação tributária total do Estado, por tributo, em Contagem (Região Metropolitana de Belo Horizonte), e sobre os repasses anuais ao município, no período de 2005 a 2010. Requerimento nesse sentido, de nº 221/11, e autoria da Comissão de Direitos Humanos foi aprovado pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na Reunião Ordinária desta terça-feira (5/7/11).

Foi feito também um minuto de silêncio em homenagem ao senador e ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG), falecido no último sábado (2). Parte da reunião foi acompanhada das galerias por servidores do Ipsemg, em greve por melhorias salariais.

Na pauta da reunião constavam 23 requerimentos, mas como o Bloco Minas Sem Censura anunciou que faria obstrução aos trabalhos, apenas o primeiro requerimento foi aprovado. O líder do bloco, deputado Rogério Correia (PT), comunicou que não votariam nenhum projeto até que o Governo do Estado voltasse a negociar com os servidores em greve das áreas de saúde, educação e segurança Pública. Dessa forma, a fase da reunião destinada a apreciar as proposições foi marcada por falas dos deputados, que se alternaram uns para defender e outros para atacar o governo.

Atuação da Cemig é tema de discussão

Na fase de discussão do segundo requerimento da pauta, de nº 226/11, da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social, vários deputados pediram para discutir a proposição. O requerimento solicita que seja encaminhado à Cemig pedido de informações sobre as condições de trabalho oferecidas aos funcionários e aos terceirizados. O primeiro a discutir foi Rogério Correia, o qual afirmou que o requerimento traz à tona a discussão sobre a situação precária da Cemig. Segundo ele, a empresa tem reduzido seu quadro de pessoal e piorado as condições de trabalho, trazendo como consequência vários acidentes, como o ocorrido em Bandeira do Sul.

O deputado Carlos Mosconi (PSDB) defendeu a Cemig, afirmando que a empresa, após o fim do inquérito que a isentou da culpa pelas mortes no Sul de Minas, reuniu-se com as famílias das vítimas. Ainda de acordo com ele, outros três laudos de universidades inocentaram a concessionária nesse caso. O deputado Pompílio Canavez (PT) rebateu dizendo que "o inquérito apurou que não houve intenção da empresa de matar as pessoas, mas o mesmo documento apontou responsabilidades cíveis dela". Para ele, "a Cemig não é culpada, mas é responsável", porque está com uma rede antiga, sem manutenção e terceiriza a mão de obra, sem oferecer treinamento.

Da mesma forma, Elismar Prado (PT) criticou a Cemig, dizendo que ocorrem 3500 casos de fios partidos por mês no Estado. "Se uma serpentina de papel com face laminada provoca um acidente dessas proporções, então todos estamos vivendo um risco iminente", alertou. Ele acrescentou que entrou com representação no Ministério Público para apurar os problemas na rede da Cemig. Também na Aneel, Prado informou que conseguiu aprovar um pedido de investigação quanto aos servidos da concessionária.

Desconstrução - Na defesa da Cemig e do governo, o deputado João Leite (PSDB) disse que a oposição estava tentando desconstruir a imagem da empresa, como também da Copasa, do senador Aécio Neves e do governador. "Anastasia tem quase 90% de aprovação popular e a oposição tenta descontruir tudo. Não aceitamos golpe. Vamos governar Minas Gerais!", exaltou-se. Sobre o acidente em Bandeira do Sul, João Leite disse que "quem afirmou que a serpentina foi a responsável foi o próprio presidente da Aneel, Nelson Hubner".

Por sua vez, o deputado Durval Ângelo (PT) criticou os deputados da base do governo. Para Durval, eles é que estariam dificultando a aprovação dos projetos, ao endossarem a postura intransigente do governo de não dar explicações em questões importantes, como a da Cemig.

Endossando as palavras, o deputado Antônio Júlio (PMDB) ressaltou que essa empresa, após a tentativa de privatização no governo de Eduardo Azeredo, não era a mesma, pois se preocupada somente com seus acionistas e não com o povo mineiro. Ele também defendeu a abertura pelo governador de um canal de negociação com o funcionalismo em greve. E também criticou que o governo tenha cedido o prédio do Ipsemg ao Hotel Fasano recebendo apenas R$ 13 mil por isso.

Sobre o Ipsemg, o deputado Duarte Bechir (PMN) disse que foi feita licitação pública e que venceu a melhor proposta. Ele destacou também que a oposição esconde o fato de que a empresa ganhadora terá que fazer um alto investimento para deixar o prédio em condições de sediar um hotel 5 estrelas. E condenou a greve dos servidores da educação, a seu ver, iniciada de forma equivocada, em momento inoportuno, "tanto que no interior, a adesão é pequena", disse.

Decisões - A Presidência da Assembleia informou que a reunião especial destinada a homenagear o Cruzeiro Esporte Clube pelos 90 anos de sua fundação, prevista para a segunda0--feira (4), deixou de ser realizada em razão do luto pela morte de Itamar Franco.

Requerimentos - Foram deferidos os seguintes requerimentos: dos deputados Antônio Carlos Arantes (PSC), solicitando o desarquivamento dos Projetos de Lei (PLs) 781/07, 995/07, 996/07, 3.208/09 e 5.079/10; Fred Costa (PHS), solicitando a retirada de tramitação do PL 67/11; e Tiago Ulisses (PV), solicitando a retirada de tramitação do PL 1.473/11.

 

 

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