Filha de Che Guevara defende regime cubano na ALMG

Por que o socialismo sobrevive em Cuba, mesmo com o embargo comercial que impõe severas restrições ao país? Na opiniã...

29/06/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Filha de Che Guevara defende regime cubano na ALMG

Por que o socialismo sobrevive em Cuba, mesmo com o embargo comercial que impõe severas restrições ao país? Na opinião da dirigente do Partido Comunista Cubano (PCC), Aleida Guevara, a continuidade do regime é a única opção para manter a soberania do país. Aleida, que é filha de Ernesto Che Guevara, participou, na noite desta quarta-feira (29/6/11), de audiência pública da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Segundo Aleida Guevara, o bloqueio comercial imposto a Cuba traz sérias dificuldades ao país. Os cubanos não têm sequer acesso a medicamentos cujas patentes pertençam a empresas com atuação nos Estados Unidos. O laboratório que vender um remédio na ilha pode pagar multa de milhões de dólares e perder o acesso ao mercado americano, de acordo com ela.

"É indiscutível que o embargo nos causa danos. Mas conseguimos sobreviver a esse bloqueio por mais de 50 anos graças à vontade absoluta do povo cubano de não abaixar a cabeça e perder sua soberania", afirmou.

Outra razão para a sobrevivência do regime cubano é a garantia de direitos sociais fundamentais, como saúde e educação de qualidade, conforme Aleida Guevara. "Resistimos porque a sociedade socialista nos permitiu viver com dignidade, deu saúde e educação gratuitas a todos os cidadãos cubanos", argumentou.

Com a derrocada dos regimes comunistas em todo o mundo, Cuba passou a enfrentar sérias dificuldades. O desafio atual é a realização de reformas como a demissão de funcionários do governo e a permissão para a abertura de pequenos negócios. Mas essas mudanças não significam que o país vai abandonar o socialismo. "Que os meios de produção e as terras continuem sendo propriedade do povo", defendeu a dirigente do PCC.

MST comemora 27 anos

A reunião foi convocada para homenagear os 27 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para Aleida Guevara, o MST é um dos movimentos mais importantes da América Latina. A dirigente do movimento, Marili Zacarias Pinheiro, disse que a luta é contra o capital, o agronegócio e o latifúndio.

O deputado Rogério Correia (PT), que solicitou a reunião, manifestou apoio ao movimento e defendeu a realização da reforma agrária. "A reforma agrária é essencial para o País, e o MST é peça essencial dessa luta, que começou em 1979", afirmou. O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) defendeu a reforma agrária como um "ato de soberania nacional".

Presenças - Deputados André Quintão (PT), presidente; Adelmo Carneiro Leão (PT), Rogério Correia (PT) e Pompílio Canavez (PT). Também participaram da reunião os integrantes do MST João Paulo Rodrigues e Francisca Mansueta da Silva; os dirigentes da CUT, Marcos Leandro; da Central dos Trabalhadores do Brasil, Gilson Reis; do Movimento dos Atingidos por Barragens, Sônia Mara; da Marcha Mundial de Mulheres, Bernadete Esperança; do Movimento dos Trabalhadores Desempregados, Edna Santos; do Sindieletro, Jobert de Paula; do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira; do Sindmassas, Renato Campos; e da Ames-BH, Gladson Reis.

 

 

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