Comissão deve apresentar emendas populares ao projeto da LDO

A Comissão de Participação Popular (CPP) deve apresentar emendas ao Projeto de Lei nº 1.697/11, que dispõe sobre as d...

29/06/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão deve apresentar emendas populares ao projeto da LDO

A Comissão de Participação Popular (CPP) deve apresentar emendas ao Projeto de Lei nº 1.697/11, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da lei orçamentária para o exercício financeiro de 2012, sugeridas por entidades da sociedade civil organizada. O prazo para apresentação de emendas parlamentares termina nesta quinta-feira (30/6/11) e a decisão da CPP foi anunciada por seu presidente, deputado André Quintão (PT) após reunião conjunta com a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), realizada nesta quarta-feira (29), para debater a proposição.

André Quintão citou duas emendas que considera prioritárias: a exclusão de contingenciamento (redução de recursos para investimentos) de programas destinados às áreas sociais, para criança e adolescente e segurança, além dos sugeridos por emendas populares; e revisão geral de remuneração dos servidores, com a implantação de indicadores e parâmetros de reajustes.

O deputado considerou que o projeto deste ano já apresentou avanços, com a incorporação de emendas propostas em 2010, sobretudo para a transparência do processo, como a disponibilização de demonstrativos de orçamentos para crianças e segurança alimentar. Ponderou, no entanto, que ainda existem polêmicas, como os critérios utilizados para definição de gastos com a saúde.

O subsecretário de Planejamento e Orçamento e Qualidade de Gasto da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), André Abreu Reis, afirmou que o Executivo já está em negociação com sindicatos de servidores para a elaboração de uma lei que estabeleça uma política remuneratória única, que atenda aos funcionários mas, ao mesmo tempo, seja sustentável para o governo. Ele também admitiu avaliar a proposta de proteger os programas sugeridos de prováveis contingenciamentos.

Previsões - A superintendente central de Planejamento e Programação Orçamentária da Seplag, Aline Tavares, fez uma breve apresentação com os principais pontos do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2012. A proposição projeta para o próximo ano uma receita bruta de 49,8 bilhões, já descontadas as transferências do Tesouro Nacional. A receita corrente líquida, que deduz os repasses constitucionais para os municípios, deve ser da ordem de R$ 37 bilhões.

O projeto prevê um crescimento do Produto Interno Bruto de 5% para 2012, e de 5,5% nos dois anos seguintes, passando de R$ 4 bilhões, em 2011, para 5,3, em 2014. Somente a arrecadação de ICMS, o principal imposto estadual, crescerá 14% no próximo ano, chegando a R$ 31,52 bilhões, conforme as previsões. Os investimentos do governo para 2012 devem atingir aproximadamente R$ 4 bilhões.

O projeto deste ano traz algumas novidades como a previsão de publicação de relatórios de execução de programas sociais e dos projetos relativos à Copa do Mundo de 2014. Não especifica, no entanto, os gastos com os programas estruturadores, remetendo o detalhamento para o Plano Pluarianual de Ação Governamental (PPAG), que deverá ser remetido para a Assembleia em setembro deste ano. O subsecretário André Reis explicou que a diferença da análise entre os projetos de LDO e PPAG sempre ocorre em início de governo em função das obrigações constitucionais. A LDO se refere ao exercício seguinte e o PPAG é a projeção dos cinco anos posteriores.

Críticas - O deputado Carlin Moura (PCdoB) reclamou que a projeção de gastos com a saúde não prevê uma possível regulamentação das despesas com a área, que ainda está em discussão no Congresso Nacional (a Emenda 29). Há controvérsia em relação aos critérios usados para a definição dos recursos destinados; o Executivo considera investimentos com saneamento básico, mas a oposição discorda.

Já o presidente da FFO, deputado Zé Maia (PSDB), autor do requerimento da reunião conjunta, reclamou do crescimento incontrolável da dívida do Estado, em função dos altos juros. Segundo ele, a dívida, que era de R$ 11 bilhões em 1998, deve chegar a R$ 120 bilhões em 2028, apesar do pagamento dos juros anualmente. André Reis explicou que este ano devem ser pagos cerca de R$ 3,5 bilhões e o restante será incorporado ao principal, aumentando sempre o valor devido.

Participaram da reunião representantes da Defensoria Pública, do Fórum Erradicação e Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente, do Comitê Temático de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável; do Conselho Estadual de Assistência Social (Consea) e da Frente de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária; André Quintão (PT), presidente da Comissão de Participação Popular, Romel Anízio (PP) e Carlin Moura (PCdoB).

 

 

 

 

 

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