Presidente da ALMG recebe servidores da educação e da
saúde
Representantes dos servidores estaduais das áreas
da educação, saúde e previdência solicitaram, nesta quarta-feira
(29/6/11), a intervenção do presidente da Assembleia Legislativa de
Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), na negociação de
reivindicações sindicais com o Poder Executivo.
De acordo com os representantes das duas
categorias, o Governo do Estado vem resistindo a abrir negociações
efetivas. Dinis Pinheiro disse que os presidentes das Comissões de
Educação, Ciência e Tecnologia, deputado Bosco (PTdoB); e da Saúde,
deputado Carlos Mosconi (PSDB); já estão conversando com
representantes do Executivo tanto sobre o andamento das negociações
quanto sobre propostas efetivas.
O presidente da ALMG garantiu que somará esforços
pessoais para que se estabeleça o mais pleno diálogo entre
servidores e o Governo. "Tenho o dever de dar minha contribuição
para que o diálogo seja permanente. A greve não é boa para ninguém",
afirmou Dinis Pinheiro. Ele ressalvou, no entanto, que só poderia
atuar dentro de seus limites, uma vez que não cabe ao Poder
Legislativo autorizar o atendimento de qualquer
reinvindicação.
Educação - Com relação aos
servidores da educação, que estão em greve desde o dia 8 de junho, o
deputado Bosco informou aos servidores que uma proposta concreta já
está em estudo pelo Executivo e que será submetida à aprovação do
governador Antonio Anastasia nesta sexta-feira, quando ele retorna
de viagem.
O estudo, segundo ele, foi feito pelas Secretarias
de Estado de Educação e de Planejamento e Gestão. Os detalhes da
proposta não foram revelados pelo Executivo. A partir do exame feito
pelo governador, na sexta, seria marcada uma reunião com os
servidores.
Saúde - O presidente da
Assembleia informou também que o deputado Carlos Mosconi já está
negociando com o Executivo o agendamento de um encontro com os
representantes sindicais da saúde e do Instituto de Previdência dos
Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). O presidente também
alertou para a necessidade de uma melhor distribuição de recursos
entre os entes federados, de forma a garantir aos Estados e
municípios condições de atender as reivindicações de seus
servidores.
Reivindicações - De acordo
com a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação
(Sindi-UTE), Beatriz Cerqueira, a principal reivindicação da
categoria é o reajuste do vencimento básico dos servidores do setor.
Eles questionam a adoção do subsídio único como forma de remuneração
dos servidores. "Não vamos começar o segundo semestre sem a
negociação de um piso salarial. Há uma lei federal que diz que piso
é vencimento básico inicial de carreira", afirmou Beatriz. Ela se
queixou que a Secretaria de Educação só admitiu negociação se a
greve fosse encerrada.
A presidente do Sindicato dos Servidores do Ipsemg
(Sisipsemg), Antonieta de Cássia, disse que os servidores do órgão
ainda nem foram reposicionados no plano de carreira aprovado na
Assembleia. Eles estão em greve desde o dia 27. "Tínhamos 8 mil
funcionários, hoje são 4 mil", afirmou.
O dirigente do Sindisaúde, Renato Barros, informou
que trabalhadores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e
da Fundação Ezequiel Dias (Funed) já estão em greve e que a Fundação
Hemominas e a Unimontes estão para paralisar suas atividades.
Trabalhadores da educação e saúde também
apresentaram queixas específicas com relação à falta de condições de
trabalho. Diretora do Sindisaúde, Neusa Freitas disse que servidores
e pacientes do Hospital Júlia Kubitschek sofrem desde 2007 com
comida contaminada, que seria fornecida pela empresa contratada pelo
Estado. A servente Maria Helena Duarte se queixou das inundações que
atingem a Escola Estadual Dr. Arthur Bernardes, em Sete Lagoas; e o
professor Welshman afirmou que a Escola Estadual do povoado de Lagoa
de Baixo, em Rubelita, não conta nem mesmo com água potável.
Além de Dinis Pinheiro e Bosco, participaram da
reunião com os servidores os deputados Rogério Correia (PT),
Pompílio Canavez (PT), Elismar Prado (PT), Carlin Moura (PCdoB),
Antônio Júlio (PMDB), Paulo Lamac (PT) e Duarte Bechir (PMN).
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