Candidatos ao TCEMG recebem pareceres favoráveis

O deputado Mauri Torres (PSDB) e o consultor legislativo Alexandre Bossi Queiroz, candidatos a uma vaga de conselheir...

22/06/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Candidatos ao TCEMG recebem pareceres favoráveis

O deputado Mauri Torres (PSDB) e o consultor legislativo Alexandre Bossi Queiroz, candidatos a uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), foram considerados aptos a assumir o cargo. O parecer favorável a ambos foi aprovado nesta quarta-feira (22/6/11) pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais criada para esse fim, após sabatina dos candidatos.

A escolha do novo conselheiro será feita pelos deputados no Plenário, em votação secreta, em data a ser definida pela Mesa da Assembleia. Os candidatos foram indicados pela Mesa, por meio dos requerimentos 937 e 938/11. O outro indicado, deputado Doutor Viana (DEM), retirou sua candidatura. O relator dos requerimentos foi o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que concluiu que os dois candidatos sabatinados estão capacitados para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria do conselheiro Elmo Braz Soares.

Mauri Torres defende caráter educativo do Tribunal de Contas

Em seu pronunciamento durante a arguição pública, Mauri Torres fez uma apresentação da sua vida profissional e atuação parlamentar. Lembrou que começou sua carreira como contínuo na Prefeitura de João Monlevade (região Central do Estado), tendo mais tarde criado uma empresa de assessoria administrativa e contábil para atender as prefeituras da região do Médio Piracicaba. Citou também que está em seu sexto mandato como deputado, tendo ocupado, entre outros cargos, o de vice-presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, 1º secretário e presidente da Assembleia por dois mandatos seguidos.

Em relação ao TCEMG, Mauri Torres defendeu que o órgão deve ter um caráter não apenas fiscalizador, mas principalmente realizar um trabalho educativo, auxiliando os municípios a evitarem erros em suas contabilidades que muitas vezes são cometidos por desconhecimento. Ele afirmou que diversos prefeitos assumem seus mandatos com boas intenções, mas por não terem preparo técnico e nem assessoria adequada acabam tendo suas contas rejeitadas.

Torres disse que, se eleito para o cargo, vai propor uma aproximação maior do tribunal com as prefeituras e câmaras municipais "A presença do TCEMG nos municípios deve ser recebida com alegria, e não com medo", sugeriu o deputado, completando que a aproximação entre o órgão e os gestores públicos torna essa relação mais confiável.

Questionado pelo deputado Duarte Bechir (PMN) sobre a possibilidade de o TCEMG colocar estagiários à disposição dos pequenos municípios para assessorarem os prefeitos na contabilidade pública, Mauri respondeu que isso não é possível, uma vez que a atribuição de contratar pessoal é das próprias prefeituras.

Alexandre Bossi questiona critérios de escolha do conselheiro

Concorrendo à vaga pela quinta vez, o consultor Alexandre Bossi citou uma frase atribuída a Dom Helder Câmara: "Graça maior é estar no caminho certo, e graça das graças é não desistir nunca". Ele salientou que a motivação para sua candidatura é a contestação quanto ao critério político da eleição para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Minas Gerais. Na sua opinião, essa escolha deveria ser técnica. Bossi afirmou que a forma como é feita hoje a composição do grupo de conselheiros do TCEMG dá margem ao corporativismo e à defesa de interesses pessoais, contaminando o processo de fiscalização das finanças públicas.

Ao dizer que a imagem atual do tribunal é de um órgão desacreditado e ineficiente, Alexandre Bossi passou a citar uma série de denúncias publicadas na imprensa contra conselheiros de tribunais de contas de vários Estados brasileiros. Nesse momento, ele foi interrompido pelo presidente da comissão, deputado Bonifácio Mourão (PSDB), que alegou que o julgamento desses órgãos não estava em discussão. Bonifácio pediu que Alexandre Bossi se concentrasse no tema da reunião.

O candidato, no entanto, argumentou que o debate sobre denúncias de corrupção nos tribunais de contas tem tudo a ver com o processo de eleição para o órgão, uma vez que a escolha dos conselheiros está diretamente ligada à ética e à transparência. Ao final de sua fala, ele desafiou cada deputado a consultar seus eleitores sobre sua preferência por um perfil técnico ou político no cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Minas Gerais. "Trabalharei para resgatar a imagem e o papel importantíssimo desse tribunal", concluiu Alexandre Bossi.

Deputados discutem imagem e papel do tribunal

Diversos deputados fizeram outras considerações, além de questionamentos aos candidatos. O relator, Dalmo Ribeiro Silva, elogiou os currículos de ambos e disse que o TCEMG estará bem representado com qualquer um dos dois que vencer a eleição. Sargento Rodrigues (PDT) lembrou que, no meio acadêmico, o trabalho do tribunal é visto como um "jogo de cartas marcadas" e que sua maior frustração é "não ver o Parlamento como um Poder independente como deveria ser".

Bonifácio Mourão mencionou que atualmente há uma "enxurrada" de processos contra agentes públicos e que, exatamente por esse excesso, muitos prescrevem, livrando gestores que de fato deveriam ser punidos. Ao dizer que o problema não é a morosidade da Justiça, e sim a quantidade de processos, ele considerou que o Ministério Público deveria ser mais criterioso para apresentar suas denúncias.

O deputado Bosco (PTdoB) pediu mais celeridade nos julgamentos das contas apresentadas pelos agentes públicos. Segundo ele, muitas vezes essa análise acontece vários anos após o agente ter deixado o cargo. Ulysses Gomes (PT) discorreu sobre a coletânea de denúncias publicadas na imprensa, trazida pelo candidato Alexandre Bossi, contra conselheiros de tribunais de contas de todo o Brasil. Segundo ele, a fala do consultor "nos leva a refletir sobre os critérios de eleição e o papel do Tribunal de Contas do Estado".

Presenças - Deputados Bonifácio Mourão (PSDB), presidente; Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), vice e relator; Duarte Bechir (PMN), Tadeu Martins Leite (PMDB), Ulysses Gomes (PT), Sebastião Costa (PPS), Sargento Rodrigues (PDT), Carlin Moura (PCdoB), Bosco (PTdoB), Hely Tarqüínio (PV) e deputada Ana Maria Resende (PSDB).

 

 

 

 

 

 

 

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