Indicação para diretor-geral do IEF recebe parecer
favorável
A indicação de Marcos Affonso Ortiz Gomes para o
cargo de diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF),
feita pelo governador Antônio Anastasia, recebeu parecer favorável
da Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais,
criada para analisar o nome. A votação do parecer foi realizada na
manhã desta quarta-feira (15/6/11) após arguição do indicado pelos
deputados.
Marcos Affonso Ortiz, que é atual diretor-geral do
IEF, explicou aos parlamentares o funcionamento da instituição, que,
atualmente, tem três diretorias: uma administrativa e duas
executivas. Segundo ele, a intenção é tornar o IEF um instituto de
orgulho para Minas Gerais. "Criar um relacionamento de bem com o
meio ambiente em parceria com o cidadão. É preciso tratar o direito
ambiental com carinho, a co-responsabilidade está com a sociedade",
afirmou.
Prisão - O deputado Sávio
Souza Cruz (PMDB) lembrou o episódio em que Humberto Candeias,
ex-vice diretor do Instituto, foi preso por suspeita de corrupção e
suborno para encobertar o desmatamento ilegal de mata nativa para
produção de carvão e perguntou ao indicado como ele trataria o
desmando num órgão público.
Ortiz afirmou que o processo ainda está em
andamento. "Temos um controle de metas a seguir. Vamos ver se os
funcionários estão cumprindo suas metas e funções corretamente.
Temos também acompanhamento jurídico para que fato como esse não
ocorra novamente", explicou.
Desmatamento - Outro ponto
abordado pelo parlamentar foi sobre os índices de desmatamento no
Estado. Ele questionou os planos do IEF para que Minas Gerais deixe
de ser o Estado que mais destroi a Mata Atlântica.
Marcos Affonso afirmou que o IEF tem atuado de
maneira eficiente para a redução dos índices. "Temos registro de que
Minas desmata, mas temos também dados que apontam a recuperação. O
Estado reduziu o desmatamento em 34,5%, de 2007 a 2010, e isso não
foi divulgado", declarou.
O deputado Fabiano Tolentino (PRTB) lembrou que
Minas é um dos poucos estados da União que possui planos voltados
para recursos hídricos. E perguntou ao indicado se há outro exemplo
a ser dado.
Marcos lembrou que existe o pagamento dos serviços
ambientais, que é um princípio que ainda precisa ser regulamentado,
pois apesar de haver uma comissão que avalia os critérios do
cadastro, muitos produtores não alcançaram a base para realização,
mas o cadastro está sendo reavaliado.
Marcos Ortiz lembrou a importância da Bolsa Verde,
que tem por objetivo apoiar a conservação da cobertura vegetal
nativa em Minas Gerais. "Há também a proposta de fazer o Plano
Estadual da Biodiversidade e de Recursos Hídricos junto ao Instituto
de Gestão das Águas", completou.
Já o deputado Duarte Bechir (PMN) questionou os
planos relacionados ao consumo do carvão vegetal oriundo de mata
nativa. Ortiz afirmou que, para evitar a destruição ambiental, o
consumo não deve permanecer à revelia, e os mecanismos de controles
estão sofrendo mudanças drásticas.
No fim da sabatina, o deputado Célio Moreira
(PSDB), relator da indicação, declarou aptidão do candidato à posse
do cargo, dando o parecer favorável.
Indicado - Marcos Affonso
Ortiz Gomes é graduado em História pela PUC-SP, mestre e doutor em
Sociologia do Desenvolvimento pela Uni Münster, Alemanha. Ele atuou
como pesquisador e professor universitário nas Universidade de
Brasília, Lavras e São Francisco (EUA).
Presenças - Deputados
Célio Moreira (PSDB), presidente; Fabiano Tolentino (PRTB), Duarte
Bechir (PMN), Sávio Souza Cruz (PMDB)
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