Comissão quer discutir uso de radares e superaquecimento de fornos

Consequências do uso de radares no trânsito e riscos de superaquecimento de fornos elétricos usados em casa são temas...

14/06/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão quer discutir uso de radares e superaquecimento de fornos

Consequências do uso de radares no trânsito e riscos de superaquecimento de fornos elétricos usados em casa são temas de audiências públicas que tiveram pedidos aprovados em reunião realizada nesta terça-feira (14/6/11) pela Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Também foram aprovados requerimentos de providências relacionados à ausência de serviço de roaming em vários municípios mineiros, incluindo uma ação civil pública contra as operadoras de telefonia celular que estariam se recusando a prestar o serviço.

O debate em torno da utilização do radar estático/móvel, recentemente adotado pela BHTrans em trechos de trânsito mais intenso, deve ser feito em conjunto com a Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas e foi sugerido pelo deputado Fred Costa (PHS). Segundo ele, foi divulgado que o equipamento pode funcionar em qualquer via em que houver sinalização sobre a presença de fiscalização de velocidade. Para o deputado, o uso do radar na versão móvel pode trazer sérias consequências para o trânsito e aumentar os acidentes, uma vez que o motorista, ao ser surpreendido pelo equipamento, pode ter uma reação brusca ao volante para diminuir rapidamente a velocidade.

Superaquecimento - De autoria da deputada Liza Prado (PSB), o requerimento quanto aos fornos elétricos é para a realização de um debate técnico sobre os testes de segurança térmica feitos no equipamento e normas de fabricação, bem como sobre os efeitos causados pelo aquecimento da parte externa dos fornos elétricos em até 90°C.

Essa temperatura, segundo ela, já seria suficiente para causar queimaduras e acidentes domésticos mais graves e tem sido ainda mais elevada em vários casos. Liza Prado disse que testes feitos pela revista Proteste apontaram irregularidades e superaquecimento da parte de fora e de puxadores de fornos, que chegam a atingir temperaturas de 155°C.

Deputados vão propor ação civil pública contra operadoras de telefonia celular

A comissão aprovou realização de visita à Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público para propor uma ação civil pública contra as operadoras que estariam se recusando a promover a conexão das ligações celulares entre elas mesmas, serviço conhecido como roaming, em prejuízo dos consumidores. Conforme o requerimento, dos deputados Liza Prado (PSB), Antônio Júlio (PMDB) e Duilio de Castro (PMN), também serão entregues ao órgão cópia das notas taquigráficas de audiência pública realizada sobre o assunto no último dia 7.

Também relacionados à audiência, foram aprovados dois requerimentos, dos mesmos deputados e ainda do deputado Elismar Prado (PT). Um é para que o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informe à comissão como foi possível a Companhia de Telecomunicação do Brasil Central (CTBC) disponibilizar o roaming em toda a sua área de atuação em Minas, enquanto as demais concessionárias de telefonia móvel que operam no Estado estariam se recusando a fazê-lo. O segundo é para o envio de congratulações à CTBC pela eficiência ao implementar o roaming nos municípios mineiros, especialmente naqueles que participam do Programa de Acesso à Telefonia Móvel (Minas Comunica), do Governo do Estado.

Projeto sobre divulgação de repasses a municípios tem parecer favorável

A comissão opinou pela aprovação, em 1º turno, do Projeto de Lei (PL) 22/11 (ex-PL 1.015/07), do deputado Elismar Prado (PT), que originalmente torna obrigatória a comunicação, às respectivas câmaras municipais, de repasses de recursos financeiros estaduais para os municípios e a disponibilização, na internet, de informações sobre as atividades da administração pública, sob o título "Minas Transparente".

O parecer do relator e presidente, deputado Délio Malheiros (PV), foi pela aprovação da mesma forma como opinou anteriormente a Comissão de Constituição e Justiça, que apresentou o substitutivo n° 1.

Texto original - O projeto revoga a Lei 13.367, de 1999, e estabelece que os órgãos da administração direta e indireta ficam obrigados a comunicar à câmara municipal os repasses de recurso por eles efetuados para o município. Também prevê que o município beneficiado pelo repasse deverá dar publicidade da comunicação no prazo de cinco dias úteis contados de seu recebimento, por meio da imprensa ou de boletim oficial.

O artigo 3° estabelece que o Executivo deverá disponibilizar na página do governo do Estado na internet os dados referentes aos repasses relativos às parcelas do produto de arrecadação de impostos de competência do Estado pertencentes aos municípios; as transferências feitas aos municípios; e os repasses de recursos federais cuja transferência fique a cargo do Estado.

O artigo 4° estabelece que fica assegurado a todo cidadão o direito à obtenção, por meio da internet, de informações sobre as atividades da administração pública, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Por fim, outros dispositivos do projeto detalham os atos administrativos, as informações e os serviços que devem ser disponibilizadas ao cidadão na internet.

Substitutivo - Já o substitutivo n° 1 mantém a Lei 13.367, de 1999, por tratar de assunto semelhante à proposição e obrigar a comunicação dos repasses de recursos financeiros estaduais para os municípios às respectivas câmaras municipais. O novo texto proposto incorpora avanços a essa lei por meio de novos dispositivos.

Entre os dispositivos acrescentados está o artigo 4°-A, que assegura ao cidadão o direito à obtenção, por meio da internet, de informações sobre as atividades da administração pública, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Outro dispositivo é o artigo 4°-B, que estabelece que os órgãos e as entidade da administração pública deverão disponibilizar informações na internet como: o resumo dos contratos realizados; o valor da remuneração paga aos agentes públicos ativos e inativos; investimentos do Estado nos mais diversos setores; relatórios sucintos sobre a situação econômico-financeira do Estado; e informações sobre a execução orçamentária e financeira do Estado, políticas e programas setoriais e globais.

Presenças - Deputado Délio Malheiros (PV), presidente; deputada Liza Prado (PSB), vice-presidente; e deputados Carlos Henrique (PRB) e Duilio de Castro (PMN).

 

 

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