Assembleia homenageia 100 anos do Grêmio
Espanhol
Para comemorar os 100 anos de fundação do Grêmio
Espanhol de Socorros Mútuos e Instruções, a Assembleia Legislativa
de Minas Gerais realiza Reunião Especial, nesta quinta-feira
(16/6/11). A reunião acontece a pedido do deputado Inácio Franco
(PV), e está marcada para às 20 horas, no Plenário.
As comemorações de fundação do grêmio começaram em
fevereiro, pela colônia espanhola de Belo Horizonte, com exposições,
apresentações musicais e de filmes, danças e desfile de moda
flamenca. O Grêmio Espanhol se dedica a atividades culturais,
sociais e esportivas.
A instituição, que reúne os descendentes dos
espanhóis que vieram para o Estado, sobretudo a partir da segunda
metade do século XIX, foi criada com a finalidade de prestar
solidariedade e assistência aos imigrantes que vinham de diversas
províncias da Espanha. No início, a entidade constava apenas de
reuniões com grupos de espanhóis de Belo Horizonte, que matavam
saudades da terra, com comidas típicas e música. Aos poucos, o
Grêmio Espanhol tornou-se uma instituição sólida e referência para
os espanhóis e seus descendentes.
Para o autor da homenagem, deputado Inácio Franco,
o grêmio tem entre seus principais objetivos "a aproximação cultural
e afetiva entre espanhóis e brasileiros, além de promover reuniões
de caráter cultural, cívico, filantrópico.". Ele destaca, ainda,
outra característica importante da instituição: o incremento do
espírito de união, de cooperação e de fraternidade entre os seus
associados, "além de constituir e manter intercâmbio sócio-cultural
com as regiões que formam a Espanha". E finaliza: "sem dúvida,
trata-se de uma instituição de importância para o nosso Estado,
merecendo assim as nossas homenagens".
História - A imigração
espanhola foi feita de forma intensiva entre 1885 a 1911, e o motivo
neste período foram as condições econômicas desfavoráveis não só
naquele país, mas em toda a Europa. As principais levas foram para
as lavouras cafeeiras de São Paulo e para o comércio da Bahia. Em
Minas Gerais, não chegou a haver um movimento expressivo de
imigrantes, a não ser em categorias específicas como a dos
religiosos, no período colonial. Exemplos dessa presença estão nas
paróquias de Ouro Preto, então Vila Rica, Mariana, São João del Rei
e Nova Lima.
Já na construção da capital mineira, em fins do
século XIX e início do século XX, houve uma entrada maior de
imigrantes espanhóis, com a necessidade de mão de obra especializada
em cantaria e madeira. Mas os espanhóis que chegaram a Belo
Horizonte, nesta época, já estavam no Brasil e vinham principalmente
de São Paulo e da Bahia.
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