Adiada, mais uma vez, análise de PL sobre pensão de ex-governadores

A pedido do deputado Antônio Júlio (PMDB), foi retirada da pauta da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentári...

25/05/2011 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Adiada, mais uma vez, análise de PL sobre pensão de ex-governadores

A pedido do deputado Antônio Júlio (PMDB), foi retirada da pauta da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o Projeto de Lei 4/11, do governador do Estado, que extingue a pensão vitalícia de ex-governadores, suas viúvas ou filhos. O requerimento foi aprovado em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (25/5/11).

Em entrevista a jornalistas após a reunião, Antônio Júlio argumentou que considera o texto da proposição confuso. Em seu entendimento, o projeto de lei revoga o benefício de quem já o recebe, contrariando um direito previsto na Constituição. Na reunião anterior, o deputado já havia pedido vista do parecer para analisar seu conteúdo. O relator e presidente da comissão, deputado Zé Maia (PSDB) opina pela rejeição das emendas nºs 1 e 2, apresentadas pelo deputado peemedebista.

A emenda nº 1 assegura aos atuais beneficiários o direito a continuarem recebendo a pensão, instituída pela Lei 1.654, de 1957. A emenda nº 2 veda aos beneficiários da pensão vitalícia acumular esse benefício a subsídio de cargo eletivo que ocupar.

Segundo Zé Maia, a emendas são inócuas, uma por tratar de ponto já garantido pela Constituição (emenda nº 1) e a outra por ferir a Constituição. Conforme o parecer, a Constituição Federal estabelece, em seu artigo 5º (inciso XXXVI), que a "lei não prejudicará o direito adquirido, ato jurídico perfeito e a coisa julgada", o que para o relator torna inócuo o objetivo da emenda nº 1.

Quanto ao recebimento de benefícios, o relator destaca que a emenda nº 2 viola o princípio e as diretrizes do artigo 37 da Constituição Federal. O dispositivo, registra, não veda a percepção simultânea de proventos de aposentadorias com os vencimentos de cargos cuja acumulação é permitida pela Constituição, bem como de cargos eletivos e de cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Também foram retirados de pauta outros dois projetos de lei. O nº 6/11, do governador, regulariza a situação de segurados e cria taxa de administração para o fundo de pecúlio dos servidores (Funapec). Já o PL 89;11, do deputado Sargento Rodrigues (PDT), altera a Lei 14.937, de 2003, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Projetos que regulamentam atendimento a consumidores estão prontos para Plenário

Duas proposições voltadas para a defesa dos direitos do consumidor, ambas de autoria do deputado Elismar Prado (PT), receberam pareceres favoráveis e estão prontas para o Plenário em 1o turno. O PL 416/11 regulamenta os serviços telefônicos de atendimento ao cliente. O objetivo é obrigar as empresas a informarem seus clientes o tempo estimado de espera pelo atendimento por telefone, que não poderá ser superior a 15 minutos.

O relator, deputado Ulysses Gomes (PT), opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo no 1, da CCJ. O novo texto reduz o tempo máximo de espera para um minuto, e exclui do alcance da futura lei os serviços já regulados em nível federal. O substitutivo mantém a previsão de punição do texto original, que varia de multa a suspensão das atividades da empresa que descumprir a lei, conforme determinação do Código de Defesa do Consumidor.

Já o PL 583/11 obriga instituições financeiras e administradoras de cartões de crédito a fornecerem correspondências em braille, quando solicitadas. O relator, deputado Antônio Júlio (PMDB), opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo no 1, da CCJ, com a emenda no 1, da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social.

Pela redação do substitutivo no 1, as instituições financeiras e administradoras de cartões também ficam obrigadas a instalar equipamentos de informática adequados ao atendimento de deficientes visuais. Além disso, o novo texto revoga a Lei 13.738. Sancionada em 2000, essa lei obrigou agências bancárias a emitirem documentos em braille e instalarem equipamentos de informática para o atendimento de pessoas com deficiência visual, mas nunca foi regulamentada pelo Poder Executivo.

Já a emenda no 1 tem o objetivo de deixar claro que os documentos em braille devem ser emitidos sem nenhum custo para os clientes.

Também teve parecer aprovado o PL 812/11, do deputado Zé Maia (PSDB), que dispõe sobre a obrigatoriedade de as instituições bancárias instalarem bebedouros e sanitários em locais de atendimento ao público. O relator, deptuado João Vítor Xavier (PRP), opinião pela aprovação na forma do substitutivo nº 1, da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A instalação de bebedouros e sanitários já está prevista na Lei nº 14.235, de 2002, que dispõe sobre o atendimento a clientes em estabelecimento bancário. Por isso, o substitutivo propõe apenas a alteração do art. 4º do projeto, tornando obrigatória a instalação e, ainda, a adequação dos equipamentos às necessidades de pessoas com deficiência física.

Doação de imóveis - Seis projetos de doação de imóveis receberam pareceres favoráveis e estão prontos para o Plenário. Os PLs 540/11, 541/11, 542/11 e 594/11 são de autoria do governador e autorizam doação de imóveis do Estado ao município de Itueta (Vale do Rio Doce). As três proposições tramitam em 2o turno e receberam pareceres pela aprovação sem novas alterações (na forma do vencido em 1o turno).

O PL 667/11, também do governador , autoriza o Executivo a doar imóvel à União. O parecer do deputado Doutor Viana (DEM), é favorável à aprovação conforme o vencido. Já o PL 874/11, do deputado José Henrique (PMDB), autoriza doação de imóvel do Estado ao município de Frei Inocêncio (Vale do Rio Doce). O parecer do deputado Antônio Júlio (PMDB) é pela aprovação do projeto em 1o turno com a emenda no 1, da CCJ, que tem o objetivo de identificar corretamente o imóvel em questão.

Também recebeu parecer favorável o PL 665/11, do deputado Célio Moreira (PSDB), que institui a Semana de Prevenção do Câncer de Próstata. O relator, deputado João Vítor Xavier, opinou pela aprovação do projeto na forma do substitutivo no 1, da CCJ. Por meio desse substitutivo, será criado o Dia Estadual de Prevenção e Combate ao Câncer, a ser comemorado em 27 de novembro. O projeto tramita em turno único e também está pronto para o Plenário.

Polêmica - A aprovação de um requerimento assinado por 13 deputados gerou polêmica na reunião da FFO. A proposição pede providências ao Ministério da Fazenda para tomar medidas que permitam a extinção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

O deputado Ulysses Gomes considerou o requerimento "inconsequente" e defendeu que seja realizado um debate mais amplo para discutir a carga tributária brasileira, que ele admite ser muito alta. Antônio Júlio discordou do colega. Ele reconhece que o pedido não deve ser atendido, mas se configura numa manifestação da insatisfação dos parlamentares.

João Vítor Xavier acompanhou Antônio Júlio e completou que essa manifestação pode estimular o debate sobre a questão.

Requerimentos - Foram aprovados, ainda, dois requerimentos. O deputado Gustavo Valadares (DEM), soliicita seja realizada reunião dom a coordenador do Programa Nota Fiscal Paulista, Evandro Luiís Freire. O objetivo é colher subsídios para a análise do Projeto de Lei 1271/11, de sua autoria, que dispõe sobre a política de estímulo a cidadania fiscal do Estado.

O outro requerimento, do deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB), solicita seja enviado pedido de informações à secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, sobre os dados da evolução e montante da dívida do Governo do Estado com o Governo Federal, no período de 1999 a 2011.

Presenças - Deputados Zé Maia (PSDB), presidente; Doutor Viana (DEM), vice; Antônio Júlio (PMDB), Gustavo Perrella (PDT), João Vítor Xavier (PRP) e Ulysses Gomes (PT).

 

 

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