Encerramento da Reunião Ordinária provoca discussões em
Plenário
O encerramento intempestivo da Reunião Ordinária do
Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta
quinta-feira (12/5/11) gerou acalorada discussão entre deputados da
base do governo e oposição, que se sentiu prejudicada com a medida.
O pedido de suspensão da reunião partiu do deputado Carlos Mosconi
(PSDB), que alegou falta de quórum, e foi aceito de plano (sem
contar o número de deputados) pelo 2º vice-presidente, deputado
Inácio Franco (PV), que presidia os trabalhos.
A reunião durou menos de 30 minutos e foi feita a
leitura da ata, das mensagens recebidas e do primeiro pronunciamento
do dia. No momento do encerramento, quatro deputados já estavam
posicionados para fazerem discursos: Sargento Rodrigues (PDT) e os
petistas Elismar Prado, Paulo Guedes e Rogério Correia.
Mesmo sendo da base do governo, o deputado Sargento
Rodrigues, se revoltou com a atitude da Presidência. "Repudio essa
medida. O Parlamento tem que ter independência", esbravejou. Outros
deputados da oposição também consideraram a suspensão uma ingerência
do Governo do Estado no Poder Legislativo e uma atitude
antidemocrática. "É um absurdo", indignou-se Rogério Correia.
Paulo Guedes afirmou que iria anunciar
investimentos do Governo Federal que foram elogiados pelo governador
Antonio Anastasia, e Elismar Prado disse que iria questionar tarifas
praticadas pela Copasa. De acordo com o primeiro, dez deputados
estavam inscritos para a fase de oradores, em que são feitos os
pronunciamentos.
Negociação - Antes de
pedir a suspensão da reunião, o deputado Carlos Mosconi anunciou o
pagamento, pelo Governo do Estado, da diferença recebida pelos
contratados da Fhemig em relação ao vencimento dos servidores
efetivos da saúde em igual função, desde junho de 2009. Segundo ele,
o pagamento será incluído na folha de junho, a ser paga no mês
seguinte. O pagamento, segundo o parlamentar, só será feito com o
fim da greve dos servidores e normalização dos serviços.
Dirigentes de autarquias - Durante a Reunião Ordinária, foram lidas 11 mensagens do
governador, 10 delas com indicações de nomes para ocupar cargos em
autarquias estaduais. Estão indicados para serem analisados pela
Assembleia os seguintes profissionais: Marcos Affonso Ortiz Gomes,
para diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF);
Maurílio Soares Guimarãoes, para presidente da Emater; Antônio Lima
Bandeira, presidente da Epamig; Cláudia Lúcia Leal Werneck,
diretora-geral do Instituto de Geociências Aplicadas (IGA); Rúbio de
Andrade, diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento do Norte e
Nordeste de Minas Gerais (Idene); Antônio Carlos Tardeli,
diretor-geral do Departamento Estadual de Telecomunicações (Detel);
Ricardo Afonso Raso, diretor-geral da Ademg; Paulo Roberto
Menecucci, diretor-geral da Loteria Mineira; Júnia Guimarães Mourão
Cioffi, presidente da Hemominas; e Ivonei Abade Brito, diretor-geral
do Instituto de Terras do Estado de Minas Gerais (Iter).
A outra mensagem do governador encaminha emendas ao
Projeto de Lei 48/11, que cria cargos e dispõe sobre salários de
agente de segurança penitenciário.
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