Mobilidade urbana será uma das prioridades da Agência RMBH

A regulamentação do solo metropolitano, a redução dos resíduos sólidos e a mobilidade urbana serão as principais paut...

12/05/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Mobilidade urbana será uma das prioridades da Agência RMBH

A regulamentação do solo metropolitano, a redução dos resíduos sólidos e a mobilidade urbana serão as principais pautas da nova gestão da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Agência RMBH). A afirmação foi feita por Camillo Fraga Reis, que foi arguido na manhã desta quinta-feira (12/5/11) pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais criada para apreciar a indicação de seu nome à diretoria-geral da autarquia. O parecer do relator, deputado Anselmo José Domingos (PTC), favorável à indicação de Camillo Fraga Reis, foi aprovado pela comissão.

De acordo com Reis, a Agência RMBH vai iniciar nos próximos dias uma pesquisa de origem e destino, fruto de parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e órgãos de trânsito das grandes cidades da Região Metropolitana. O estudo vai permitir a articulação de um plano de mobilidade, com o objetivo de promover o maior ordenamento de dados e o planejamento das questões do transporte da RMBH

Reis explica que a pesquisa funcionará como uma espécie de censo da mobilidade urbana, possibilitando, por exemplo, o conhecimento das reais necessidades, bem como da estrutura de uma possível ampliação dos metrôs na região. Sobre isso, o indicado lembrou que apesar de o metrô ser uma questão fundamental para a RMBH, ele representa apenas 4% da mobilidade urbana, contra 92% relativos aos ônibus.

Planejamento territorial - Sobre a regulamentação do solo, o indicado afirmou que a meta da instituição é encaminhar à Secretaria de Estado da Casa Civil um plano de ordenamento territorial da Região Metropolitana, de forma a tornar concretas as ações de médio e longo prazo na área. Para Reis, um dos principais problemas, ao se fazer uma obra pública, são os recursos gastos com a desapropriação de imóveis, o que poderia ser minimizado com ações mais planejadas. Sobre essa questão, o indicado afirmou que a Agência RMBH recebeu em 2011 do Instituto de Geociências Aplicadas (IGA) as fotos aéreas do espaço do solo metropolitano, que fornecem informações de elevado grau de detalhamento, sendo um importante instrumento para o conhecimento e o planejamento territorializado.

Outra meta da instituição para a atual gestão, segundo Reis, é a redução e extinção dos lixões, bem como a adequação de depósitos de resíduos sólidos na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Trajetória Institucional - Camillo Fraga Reis também fez uma explanação sobre a trajetória e o contexto nos quais se inserem a Agência RMBH. Ele lembrou que a regulamentação da Região Metropolitana de Belo Horizonte se deu pela Lei Estadual 6.303, de 1974, e que o planejamento metropolitano passou por um enfraquecimento no período de 1988 a 2006. O retorno do planejamento da região, com o direcionamento da criação da Agência RMBH, da Assembleia Metropolitana e do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano, que formam o Sistema de Gestão da RMBH, foi possível graças à aprovação das Leis Complementares 88 e 89, em 2006.

De acordo com Reis, essas leis complementares também viabilizaram outros dois instrumentos de planejamento: o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) e o Fundo de Desenvolvimento Metropolitano, este último responsável pela implementação do PDDI. "A Agência Metropolitana executa o PDDI, articula com todos os municípios, levando as demandas ao Estado, e favorece o suporte técnico ao Conselho e à Assembleia", explica Reis.

Questionado pelos deputados Anselmo José Domingos (PTC), relator da indicação, e André Quintão (PT) sobre a efetividade prática da Agência, bem como sobre sua capacidade de intervir nas grandes decisões concernentes à RMBH, Camillo Fraga Reis afirmou que, desde janeiro de 2011, a autarquia, em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, tem feito a integração entre os licenciamentos ambiental e urbanístico, necessários para a realização de grandes obras. Na avaliação do indicado, essa integração traz um ganho concreto nas questões de loteamento e de obras de infraestrutura. "Isso é a implementação do PDDI na prática, bem como da efetividade da Agência na Região Metropolitana", destaca Reis.

O sabatinado também lembrou da importância da Lei Delegada 180, de 2011, que criou a Secretaria Extraordinária de Gestão Metropolitana, à qual a Agência RMBH está vinculada, na medida em que fortaleceu o papel da instituição.

Em seu relatório, o deputado Anselmo José Domingues afirmou que Camillo Fraga Reis demostrou ser uma pessoa preparada e conhecedora da Região Metropolitana de Belo Horizonte e, desta maneira, apto a dirigir a agência, que, segundo ele, está se valorizando na estrutura do Estado.

Presenças - Deputados André Quintão (PT), presidente; Anselmo José Domingos (PTC); Rômulo Veneroso (PV); e Sebastião Costa (PPS).

 

 

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