Deputados conhecem política ambiental para os próximos anos

A política ambiental desenvolvida pelo Governo do Estado foi tema da reunião promovida pela Comissão de Meio Ambiente...

10/05/2011 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Deputados conhecem política ambiental para os próximos anos

A política ambiental desenvolvida pelo Governo do Estado foi tema da reunião promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na manhã desta terça-feira (10/5/11). A reunião foi solicitada pelo presidente da comissão, deputado Célio Moreira (PSDB), pelos deputados Duarte Bechir (PMN) e Sávio Souza Cruz (PMDB) e pela deputada Luzia Ferreira (PPS). A apresentação, feita no Auditório da ALMG, contou com representantes do poder público e da sociedade civil organizada.

Na reunião, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães Chaves, destacou a criação das Subsecretarias de Gestão e Regularização Ambiental Integrada e de Controle e Fiscalização. As instituições foram criadas pela Lei Delegada 125, de 2007.

Segundo Adriano Magalhães, um dos desafios da Subsecretaria de Regularização Ambiental é aumentar o número de áreas com regularização fundiária, pois, atualmente, apenas 39% estão em conformidade. De acordo com o secretário, o Estado precisa investir na recuperação da cobertura vegetal, já que há um déficit de 27 mil hectares. A meta para 2011 é recuperar 19 mil hectares. Uma das ações previstas para incentivar a proteção das áreas verdes é o combate ao desmatamento e aos incêndios florestais.

A diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Cleide Isabel de Melo, anunciou que os onze planos de ação de comitês de bacia estão em fase de elaboração e devem ficar prontos até 2012. De acordo com Cleide, uma das principais ações do Igam é fortalecer os comitês para que os membros possam colaborar com a execução de política de recursos hídricos do Estado.

Cleide de Melo salientou que o Instituto busca maior cooperação por parte dos municípios, "que têm dificuldade de internalizarem os cuidados com os recursos hídricos". Conforme a diretora, isso acontece porque as prefeituras não se sentem incluídas porque o uso, a gestão e a preservação das águas são de competência da União e dos estados. Por isso, o Igam pretende desenvolver atividades para envolver os municípios nos comitês de bacia hidrográfica, como capacitações para a elaboração de projetos para o uso das águas.

Combate à poluição - A poluição causada por veículos está entre as ações apresentadas pelo presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira Ribeiro. Ele afirmou que o objetivo é colocar em prática o Plano de Controle da Poluição Veicular (PCPV), desenvolvido pela Feam em parceria com órgãos estaduais e municipais. Um dos principais alvos será a emissão de poluentes em Contagem e Betim (RMBH), onde os índices de ozônio no ar ultrapassam regularmente os níveis considerados aceitáveis. Segundo Ribeiro, o governador Antonio Anastasia deverá enviar à Assembleia um projeto de lei detalhando como será feito o controle das emissões.

O chefe de gabinete do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Alexandre Magrinelli, destacou os investimentos no Bolsa Verde, que chegarão a R$ 8 milhões neste ano. O Bolsa Verde foi criado para apoiar a conservação da cobertura vegetal nativa em Minas Gerais, mediante pagamento por serviços ambientais aos proprietários e posseiros que já preservam ou que se comprometem a recuperar a vegetação em suas propriedades. Além do Bolsa Verde, o IEF pretende desenvolver ações junto às comunidades para evitar atitudes predatórias em relação aos recursos naturais.

Representantes da sociedade civil pedem mais integração das instituições

Representantes da sociedade civil indicaram fragilidades em relação à política desenvolvida pelo Governo estadual.

A superintendente executiva da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda), Maria Dalce Ricas, e o integrante do Projeto Manuelzão, da Faculdade de Medicina da UFMG, Apolo Heringer Lisboa, criticaram a "falta de integração" dos órgãos do Governo e pediram um trabalho sistêmico, que envolva outras secretarias de Estado e a sociedade civil.

Maria Dalce criticou algumas ações, como o plantio de árvores em Minas. Para ela, a ação é insuficiente para preservar o meio ambiente e faltam medidas para recuperar a cobertura vegetal. Maria Dalce afirmou também que é necessária uma revisão do Sisema, para que questões como o uso do solo e da água sejam mais bem tratadas.

O promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Cultural, Urbanismo e Habitação (Caoma), Luciano Martins, demonstrou preocupação com o índice de regularização fundiária de unidades de conservação no Estado e com o apoio da Semad ao produtor rural do interior. "Antes, para resolver algum problema, ele ia ao escritório regional do IEF. Agora ele vai onde?", quis saber. O secretário Adriano Magalhães afirmou que pretende reestruturar a participação da Semad nos municípios do interior a partir de ampliação do número de profissionais nos municípios.

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Célio Moreira, e o deputado Duarte Bechir salientaram que o Governo demonstra a realização de ações que contribuam para a preservação ambiental e empenho no fortalecimento de pontos que precisam de melhorias.

Presenças - Deputados Célio Moreira (PSDB), presidente; Duarte Bechir (PMN), vice; Sávio Souza Cruz (PMDB); Dalmo Ribeiro Silva (PSDB); Antônio Carlos Arantes (PSC); Bonifácio Mourão (PSDB); e deputada Luzia Ferreira (PPS).

 

 

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