CCJ opina pela legalidade de projetos sobre energia e educação

A alíquota de IPVA para veículos com motor elétrico pode ser definida em 1% em Minas Gerais. É o que determina o Proj...

05/05/2011 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

CCJ opina pela legalidade de projetos sobre energia e educação

A alíquota de IPVA para veículos com motor elétrico pode ser definida em 1% em Minas Gerais. É o que determina o Projeto de Lei (PL) 89/11, do deputado Sargento Rodrigues (PDT), que recebeu, nesta quinta-feira (5/5/11), parecer pela legalidade na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Apesar de não haver ainda a oferta comercial desse tipo de veículo de passeio, o projeto segue a orientação já tomada por Estados como Ceará, Pernambuco e São Paulo, que estipularam por lei alíquotas reduzidas ou mesmo a isenção do imposto para carros com motor elétrico. O relator da matéria foi o deputado Bruno Siqueira (PMDB).

Outro projeto analisado pela comissão que incentiva o uso de energia alternativa também recebeu parecer pela legalidade. Trata-se do PL 376/11, do deputado Célio Moreira (PSDB). A proposição prevê o desenvolvimento de ações para estimular o uso da energia solar no Estado, como incentivo a pesquisas, realização de campanhas educativas, concessão de financiamentos para empresas que produzem equipamentos de geração dessa energia alternativa e o estímulo à aquisição desses equipamentos por pessoas de baixa renda.

O projeto recebeu do relator, deputado Bruno Siqueira, o substitutivo no 1, que mantém os objetivos primordiais da proposta e retira do texto a previsão de criação de um conselho deliberativo que ficaria encarregado de tomar decisões sobre essa política.

Projetos que tratam de educação recebem pareceres pela legalidade

Recebeu parecer pela legalidade também o PL 161/11, do deputado Elismar Prado (PT), que altera a Lei 15.259, de 2004, que institui o sistema de reserva de vagas nas universidades estaduais de Minas Gerais. As mudanças propostas prevêem a gratuidade, aos beneficiados pela reserva de cotas, na inscrição no processo seletivo para o ingresso na faculdade, além de auxiliar financeiramente esses alunos nos gastos com transporte, alimentação e aquisição de material didático e livros. O relator, deputado Cássio Soares (PRTB), apresentou o substitutivo nº 1, que promove ajustes na técnica legislativa.

Outro projeto que trata do tema educação, o PL 466/11, do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), também recebeu parecer pela legalidade, na forma do substitutivo nº 1. O projeto original obriga os estabelecimentos de ensino superior a devolver aos alunos que desistam do curso o valor integral da matrícula, desde que a desistência ocorra antes do início das aulas. O relator, deputado Bruno Siqueira, considerou mais razoável a devolução de 80% do valor, no prazo de 30 dias, ao aluno que desistir do curso ou solicitar transferência antes do início das aulas.

Ainda sobre a questão educacional, a CCJ opinou pela legalidade do PL 789/11, do deputado João Leite (PSDB), que institui o jogo de xadrez como atividade extracurricular opcional nas escolas da rede pública estadual. Em seu parecer, o relator, deputado Bruno Siqueira, apresentou as emendas 1 e 2, que suprimem a exigência de que somente profissionais devidamente habilitados ou filiados em entidades de xadrez possam ministrar a disciplina e a autorização para que o Estado firme parcerias para treinamento de pessoal e compra dos equipamentos necessários para a atividade.

O PL 880/11, do deputado Almir Paraca (PT), proíbe a discriminação de profissionais que tenham se formado por cursos à distância autorizados pelo Ministério da Educação. Ao ser analisado pela CCJ, ele recebeu parecer pela legalidade na forma do substitutivo nº 1, apresentado pelo deputado Bruno Siqueira, relator da matéria na comissão. O parlamentar justificou que as empresas privadas possuem ampla liberdade na seleção de seus funcionários. Por isso, o novo texto prevê que a discriminação não será tolerada para efeito de provimento de cargo, função ou emprego público no âmbito da administração pública do Estado de Minas Gerais.

Presídios podem receber inspeção sanitária

O PL 366/11, do deputado Sargento Rodrigues, também recebeu parecer pela legalidade, juridicidade e constitucionalidade, com a emenda nº 1, apresentada pelo relator, deputado Cássio Soares. A proposição altera a Lei 11.404, de 1994, que contém normas de execução penal. A mudança determina que o estabelecimento prisional se submeta a controle sanitário, conforme definido pelo Código Estadual de Saúde. A emenda apresentada pelo relator procura deixar explícita a ideia de que uma prisão não se enquadra na categoria de estabelecimentos de hospedagem, como hotéis e pousadas. Assim, acrescenta o inciso XII ao artigo 82 da Lei 13.317, de 1999, que contém o Código de Saúde do Estado de Minas Gerais, separando estabelecimentos de hospedagem dos prisionais.

A CCJ opinou pela legalidade, juridicidade e constitucionalidade do PL 772/11, do deputado Antônio Júlio (PMDB), que exige comprovação acadêmica para os profissionais de nível superior que ingressarem em cargos, empregos ou funções na administração pública direta, indireta, autárquica ou fundacional dos poderes Executivo e Legislativo de Minas Gerais. Prevê ainda que os atuais ocupantes desses cargos terão 90 dias para comprovar sua formação. O relator foi o deputado Bruno Siqueira.

A eliminação gradual do uso do fogo em plantações de cana-de-açúcar é o objetivo do PL 826/11, do deputado Almir Paraca, que também recebeu parecer pela legalidade. O projeto, que teve como relator o deputado Sebastião Costa (PPS), prevê o fim do uso do fogo em até dez anos.

O último projeto a receber parecer pela legalidade na comissão foi o PL 1.065/11, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dinis Pinheiro (PSDB). Tendo como relator o deputado André Quintão (PT), o projeto estabelece que as instituições financeiras deverão afixar cartazes informando sobre o direito do consumidor à redução de juros e outros acréscimos no caso pagamento antecipado de seus débitos. Quintão apresentou o substitutivo nº 1, que aprimora a técnica legislativa.

Ilegalidade - Receberam pareceres pela inconstitucionalidade os PLs 446/11, que dispõe sobre o tratamento dos casos de mucopolissacaridose; 600/11, que cria o Programa de "Farmácia Popular sobre Rodas"; 11/11, que altera a redação em incisos da Lei nº 6.763, de 1975, que consolida a legislação tributária do Estado; 26/11, que dispõe sobre a implementação da jornada escolar de tempo integral na rede pública de ensino fundamental do Estado; 96/11, que autoriza o Poder Executivo a conceder tratamento tributário semelhante ao disposto no Decreto nº 43.080, de 2002, para a carne de pescado; 129/11, que define a destinação dos alimentos que especifica aos programas e ações governamentais de combate à fome e promoção da segurança alimentar; 300/11, que altera a Lei nº 6.763, de 1975, dispondo sobre a não-incidência do ICMS sobre a operação das mercadorias de arroz e feijão em Minas Gerais; 396/11, que trata da obrigatoriedade do contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros; 404/11, que aborda a exploração e a fiscalização da Lotominas pela Loteria do Estado de Minas Gerais; e 485/11, que prevê a concessão de incentivos fiscais com o objetivo de estimular, criar e amparar entidades públicas atuantes nas áreas de saúde, educação e assistência social.

Tiveram a votação dos pareceres adiados os PLs 322/11, que trata da criação do Programa Bombeiro Mirim nas unidades do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, e 744/11, que dispõe sobre a proteção e preservação da Folia de Reis e Congado de Minas Gerais. Já tinham sido concedidas vistas aos pareceres das duas proposições, em reunião anterior.

O deputado Bruno Siqueira, que foi designado relator do PL 421/11 em substituição à deputada Rosângela Reis (PV), pediu prazo regimental para emitir seu parecer. A proposição, dos deputados Neilando Pimenta e Fred Costa, ambos do PHS, institui a avaliação semestral para detecção e acompanhamento dos alunos da rede pública estadual de ensino, vítimas de violência doméstica ou de abuso sexual. Foi retirado da pauta o PL 86/11, que acrescenta inciso na Lei nº 12.735, de 1997, que dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Diligência - Foram aprovados requerimentos para encaminhamentos de seis projetos de lei a órgãos públicos, para pedido de informações e manifestações a respeito das proposições (diligências).

O deputado Cássio Soares solicitou a diligência dos PLs 211/11, que trata da a criação do Relatório de Impacto de Segurança Pública (Rise), para a Secretaria de Estado de Defesa Social; 891/11, que autoriza o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/MG) a assumir estrada que menciona, para o órgão em questão; o 912/11, que autoriza doação de imóvel do Poder Executivo à Associação dos Moradores da Comunidade Gomes, no município de Areado (diligência à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - Seplag); e o 947/11, que acrescenta parágrafos à Lei nº 6.763, de 1975, que consolida a legislação tributária do Estado, que foi encaminhado à Secretaria de Estado da Fazenda.

O deputado Sebastião Costa pediu o encaminhamento do PL 440/11 ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). A proposição cria a estrada Parque Caminhos do Sertão, localizada no interior do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, abrangendo os municípios de Belo Horizonte, Brumadinho, Ibirité e Nova Lima. Já o relator do PL 889/11, deputado André Quintão, solicitou diligência ao DER. O projeto autoriza o órgão a firmar convênio com municípios para os fins que menciona.

Taxa de energia - O Carlin Moura (PCdoB), pediu vista (prazo para análise) de pareceres que opinam pela ilegalidade de dois projetos. O PL 5/11, de iniciativa popular, prevê a isenção do pagamento das tarifas de consumo de energia elétrica para famílias de baixa renda; e o 305/11, da deputada Rosângela Reis (PV), dispõe sobre a cobrança de taxa pelos prestadores dos serviços de reboque, resgate, guincho e remoção de veículos no Estado.

Presenças - Deputados Sebastião Costa (PPS), presidente; Bruno Siqueira (PMDB), vice; Cássio Soares (PRTB), Tiago Ulysses (PV) e Carlin Moura (PCdoB).

 

 

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