Projeto sobre capacitação profissional recebe sugestões em audiência

A necessidade do monitoramento permanente dos cursos de qualificação de trabalhadores; o desperdício de recursos públ...

04/05/2011 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Projeto sobre capacitação profissional recebe sugestões em audiência

A necessidade do monitoramento permanente dos cursos de qualificação de trabalhadores; o desperdício de recursos públicos; e a proliferação de cursos sem demanda local. Estes foram alguns dos pontos destacados na audiência pública realizada, nesta quarta-feira (4/5/11), pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social. A audiência discutiu a criação do Programa Estadual de Capacitação e Qualificação Social e Profissional, contido em projeto de lei da deputada Rosângela Reis (PV), presidente da comissão e autora do requerimento que solicitou a reunião.

O projeto, ainda sem numeração, visa promover a formação inicial de jovens e adultos e capacitar o trabalhador autônomo, entre outros objetivos. A execuação ficaria por conta da Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego, que ficaria autorizada a celebrar convênios com entidades governamentais e não governamentais. A proposição contém 23 artigos e inclui programas já existentes no âmbito do Estado, como o Emprega Minas, o ProJovem e o Aprendiz Mineiro.

Rosângela Reis disse que o debate teve como objetivo traçar as diretrizes para o programa estadual, aperfeiçoando o texto com as contribuições dos vários setores convidados. O projeto, após aprovado, se tornará importante ferramenta para a Secretaria do Trabalho, segundo Rosângela Reis.

O secretário do Trabalho, Carlos Pimenta, elogiou a iniciativa, lembrando que ela coincide com o lançamento, no início da semana, do programa Rede Mineira do Trabalho, que tem o objetivo de potencializar as ações governamentais dirigidas à geração de emprego e renda. E também estabelecer parcerias com instituições privadas e organizações da sociedade civil. O projeto vai identificar problemas e viabilizar soluções que levem o Estado a ampliar a oferta de empregos, segundo o secretário. Pimenta destacou ainda que o programa vai permitir o levantamento das ações sobre emprego e renda nas demais secretarias, "fazendo interface com os parceiros da iniciativa privada".

Primeiro debate já apresenta contribuições

Representantes do Ministério do Trabalho, da Fundação João Pinheiro, do Conselho Estadual do Trabalho, Emprego e Geração de Renda (Ceter) e dos trabalhadores elogiaram a iniciativa da audiência e o conteúdo do projeto. O representante da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, Cláudio Cezar de Paula, destacou a interação entre o setor responsável pelo pagamento do auxílio-desemprego e o Sistema Nacional de Emprego (Sine), para "numa visão pragmática oferecer o benefício e colocar o trabalhador em contato para sua reinserção no mercado".

A presidente da Fundação João Pinheiro, Marilena Chaves, fez algumas sugestões para aperfeiçoamento do projeto, como a de se explicitar o papel do microempreendedor individual; a inclusão da Rede Mineira do Trabalho no rol das parceiras; dar mais destaque aos trabalhadores da área de reciclagem; aprofundar a abordagem sobre certificação; e relacionar a capacitação com programas da Secretaria de Educação, "como forma de atingir o analfabeto funcional".

O fortalecimento do Ceter e das comissões municipais de trabalho foi defendido pelo seu representante, Geraldo Magela da Silva, que é também conselheiro do Sebrae e representante da Organização das Cooperativas de Minas Gerais. Ele pediu a transformação das comissões municipais em conselhos municipais, para evitar as ingerências políticas. A garantia de acompanhamento permanente dos cursos de qualificação foi defendida pelo superintendente da Secretaria do Trabalho, Agnus Rodrigues da Silva.

Pelos trabalhadores falaram os dois conselheiros da categoria no Ceter, Leonardo Vítor Vale e Sérgio Augusto Alves. Ambos destacaram a importância da qualificação profissional, sendo que o primeiro enfatizou a necessidade de também se garantir no projeto os mecanismos de empregabilidade e o segundo pediu a garantia de financiamento do projeto.

Recursos desperdiçados - O deputado Luiz Carlos Miranda (PDT) disse que a qualificação do trabalhador é importante, mas que é preciso fiscalizar e monitorar os cursos, "porque há muito desperdício de dinheiro público". Segundo ele, os cursos formam muita gente, mas o aproveitamento no mercado de trabalho é pequeno. Miranda convidou para a instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Qualificação Profissional, no próximo dia 17.

Rosângela Reis concordou com a importância de o projeto definir o financiamento, informando que vai trabalhar para que ele seja incluído no Orçamento do Estado.

Presenças - Deputada Rosângela Reis (PV), presidente; deputado Luiz Carlos Miranda (PDT), vice. Além dos convidados citados na matéria, compareceram o presidente da Fundação Estadual para o Trabalho de Minas Gerais (Utramig), Jorge Periquito e o secretário-adjunto do Trabalho, Hélio Rabelo.

 

 

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