Comissão cobra mudança de critérios para atuação da Copanor

O presidente da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado André Quintão (P...

03/05/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão cobra mudança de critérios para atuação da Copanor

O presidente da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado André Quintão (PT), reivindicou, nesta terça-feira (3/5/11), o fornecimento pela Copanor de serviços de água e esgoto a comunidades rurais com menos de 200 habitantes, na região do semiárido mineiro.

A cobrança foi feita em visita ao diretor-presidente da Copanor, Frank Deschamp, na sede da empresa, em Belo Horizonte. O atendimento a essas comunidades está previsto em uma ação do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), originária de emenda popular da comissão aprovada no ano passado.

Após a confirmação de que as localidades com menos de 200 habitantes estão excluídas, por enquanto, do atendimento da Copanor, André Quintão disse que vai cobrar do governador Antonio Anastasia mais recursos para a empresa e a mudança desse critério. "A Copanor adotou a linha de menos custo e mais benefício, mas na lógica social e humanitária a água é um direito básico de qualquer pessoa", declarou o deputado.

Quintão afirmou que há centenas de localidades no semiárido não atendidas pela Copanor, subsidiária da Copasa criada para atuar no Norte e Nordeste do Estado. Em algumas delas, segundo o deputado, as pessoas são obrigadas a separar o barro da água para satisfazer o próprio consumo. Ele acrescentou que a Lei 16.698, de 2007, que criou a Copanor, prevê justamente o atendimento aos locais aonde a Copasa não chega, e nela não consta qualquer restrição ao número de habitantes.

Custo - O diretor-presidente da Copanor disse que o critério foi objeto de discussão e que a empresa optou por atender, inicialmente, as comunidades com população entre 200 e 5 mil pessoas. Dessa forma, segundo ele, é possível atingir cerca de 400 mil pessoas com serviços de água e esgoto. Deschamp argumentou que o custo para chegar às comunidades menores é elevado, com impacto negativo sobre o total de pessoas beneficiadas. "Se você parte para fazer em qualquer lugar, você reduz demais o universo a ser atendido", afirmou.

A Copanor tem um orçamento de R$ 545 milhões, até 2014, para levar água e esgoto a essas 400 mil pessoas, distribuídas por 463 comunidades situadas em 92 municípios. Até agora, foram aplicados R$ 215 milhões, o que beneficiou, de acordo com Deschamp, 57% da população prevista.

O diretor-presidente da Copanor declarou que não há previsão orçamentária para atender as localidades onde vivem menos de 200 habitantes. Reconheceu, entretanto, que com mais recursos seria possível estender os serviços a essas comunidades. Ele disse, ainda, que algumas delas são atendidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana.

Obras - André Quintão também transmitiu a Frank Deschamp reclamações recebidas pela Comissão de Participação Popular sobre o ritmo das obras nas cidades em que a Copanor atua. O diretor-presidente da empresa afirmou que o andamento das obras esbarra, com frequência, na falta de regularização fundiária, uma vez que a Copanor precisa comprar terrenos para instalar estações de tratamento de esgoto e outros equipamentos.

Na segunda-feira (2), Quintão já havia visitado a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgoto (Arsae) para levar as reclamações relativas à Copanor e também à cobrança indevida de taxas pela Copasa em São Sebastião do Paraíso (Sul de Minas).

Presenças - Deputado André Quintão (PT), presidente.

 

 

 

 

 

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