Comissões debatem campanha de desarmamento de
2011
A Campanha de Entrega Voluntária de Armas e
Munições, coordenada pela Rede Desarma Brasil, será o tema de uma
audiência pública conjunta das comissões de Segurança Pública e de
Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Nesta
quinta-feira (5/5/11), especialistas e autoridades estarão no
Auditório da Assembleia, a partir das 9h30, apresentando resultados
das campanhas de desarmamento anteriores e discutindo a campanha
deste ano, que começa no dia 6 de maio. O requerimento para a
audiência é do deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão
de Direitos Humanos.
A primeira campanha de entrega voluntária de armas
realizada no Brasil aconteceu entre 2004 e 2005. Segundo dados da
Rede Desarma Brasil, foram recolhidas cerca de 460 mil, sendo que em
Minas o número chegou a 27 mil. Mas em 2008 e 2009, a campanha
arrecadou apenas 30 mil armas de fogo. As armas devolvidas foram
reunidas pelo Exército, que as derreteu em fornos de siderúrgicas.
De acordo com o Ministério da Justiça, idealizador da campanha, de
2003 a 2009 o número de homicídios provocados por armas de fogo caiu
11%. O órgão atribui esse resultado a vários fatores, entre eles as
campanhas de desarmamento.
Para um dos coordenadores da Ong Viva Rio, Antonio
Rangel, a posse de uma arma pelo cidadão dá uma falsa sensação de
segurança, provocando muitas vezes o efeito contrário ao desejado.
"O cidadão compra arma para se defender mas não consegue e acaba
armando involuntariamente o bandido, porque o assaltante age na
surpresa", afirma.
Convidados - Na lista de
convidados para a reunião estão o superintendente regional da
Polícia Federal, Jerry Antunes de Oliveira; o secretário de Estado
de Defesa Social, Lafayette de Andrada; o comandante-geral da PMMG,
coronel Renato Vieira de Souza; o chefe da Polícia Civil, Jairo
Lellis Filho; o coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e
Segurança Pública da Universidade Federal de Minas Gerais, Cláudio
Chaves Beato Filho; o membro da Rede Desarma Brasil, Everardo de
Aguiar Lopes; o secretário-executivo do Instituto Minas Pela Paz,
Luis Flávio Sapori; o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da
Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra),
subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro; e o presidente do Sindicato dos
Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindipol),
Denilson Aparecido Martins.
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