Debate sobre desaparecidos do Araguaia tem sequência em comissão

A Comissão de Direitos Humanos dá sequência, em audiência pública marcada para quarta-feira (4/5/11), ao debate sobre...

29/04/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Debate sobre desaparecidos do Araguaia tem sequência em comissão

A Comissão de Direitos Humanos dá sequência, em audiência pública marcada para quarta-feira (4/5/11), ao debate sobre a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre os desaparecidos políticos da Guerrilha do Araguaia. A discussão teve início em 6 de abril e vai continuar a requerimento dos deputados Durval Ângelo (PT) e Sargento Rodrigues (PDT). A reunião será às 9 horas, no Auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Entre outros aspectos, a Corte Interamericana determinou que o Estado brasileiro esclareça os fatos relacionados à Guerrilha do Araguaia, julgue e puna os responsáveis pelos assassinatos de guerrilheiros comunistas. Decidiu também que os julgamentos devem ser na Justiça comum, e não na Justiça Militar. Na audiência pública realizada em abril, militantes da área de direitos humanos cobraram do governo brasileiro o cumprimento da sentença, emitida em dezembro de 2010 pela Corte Interamericana, órgão integrante da Organização dos Estados Americanos (OEA).

A Guerrilha do Araguaia foi um movimento armado de contestação ao regime militar brasileiro, iniciado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), no fim dos anos 1960. As ações se desenvolveram sobretudo na região entre os estados de Goiás, Pará e Maranhão, às margens do rio Araguaia. O movimento foi combatido pelo Exército brasileiro a partir de 1972, e até meados daquela década já havia sido derrotado. O conflito resultou na morte de cerca de 70 pessoas, entre militantes do PCdoB e militantes recrutados na região. Eles são considerados desaparecidos políticos pelo fato de os corpos não terem sido encontrados.

Convidados - Receberam convite para participar da audiência pública a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes; a diretora do Centro pela Justiça e o Direito Internacional no Brasil, Beatriz Affonso; e a integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Criméia Alice Schmidt de Almeida.

 

 

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