Comissão investiga denúncias de presos da Nelson
Hungria
Denúncias de violações de direitos humanos de
presos da Penitenciária Nelson Hungria motivam a realização de
audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa de Minas Gerais. A reunião será nesta segunda-feira
(2/5/11), às 14h30, no Auditório, e foi solicitada pelo presidente
da comissão, deputado Durval Ângelo (PT).
Segundo a assessoria do parlamentar, parentes de
presos denunciam que eles foram vítimas de tortura e espancamento
por parte de agentes penitenciários. Alguns detentos teriam sido
feridos por tiros de balas de borracha disparados durante a operação
pente-fino realizada na última segunda-feira (25) na unidade
prisional, de acordo com as denúncias. Os familiares também
denunciam que agentes vendiam celulares e drogas para os presos.
A direção da Penitenciária Nelson Hungria foi
trocada no último sábado (23) por suspeitas de envolvimento em
corrupção e irregularidades. A nova diretoria realizou uma operação
pente fino com o objetivo de apreender celulares em poder dos
detentos. Após a operação, o deputado Durval Ângelo recebeu ligações
e mensagens de celular de presos relatando que o "pente fino" foi
feito para "bater, espancar e tirar pertences", deixando muitos
machucados e sem roupa de cama.
"A intervenção na penitenciária, com a troca da
direção, era necessária e uma reivindicação nossa. Só não podemos
admitir nenhum tipo de violência", afirmou o deputado Durval Ângelo
(PT) na última quarta-feira (27), quando a Comissão de Direitos
Humanos recebeu parentes de presos que denunciaram maus tratos e
espancamentos por parte de agentes penitenciários.
Foram convidados para a reunião o subsecretário de
Estado de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira; o
diretor-geral de Segurança Interna da Subsecretaria, Luiz Carlos
Danunzio; o coordenador de Direitos Humanos da Defensoria Pública,
Gustavo Corgosinho; a ouvidora do Sistema Penitenciário do Estado,
Marlene Alves de Almeida Silva; as defensoras públicas Marina Lage
Pessoa da Costa e Maria Valéria Valle da Silveira; e o presidente da
Comissão de Direitos Humanos da OAB-MG, William dos
Santos.
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