Deputados viabilizam reunião entre Governo e servidores da saúde

Os deputados mineiros voltaram a fazer mediação entre servidores da saúde e Governo, em busca de entendimentos sobre ...

27/04/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Deputados viabilizam reunião entre Governo e servidores da saúde

Os deputados mineiros voltaram a fazer mediação entre servidores da saúde e Governo, em busca de entendimentos sobre a pauta de reivindicações da categoria. Nesta quarta-feira (27/4/11), centenas de servidores em greve da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) estiveram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em busca do apoio dos parlamentares. Eles foram recebidos pela Comissão de Saúde por solicitação do deputado Rogério Correia (PT) e depois, no Salão Nobre, pelo presidente Dinis Pinheiro (PSDB). O presidente da Comissão de Saúde, deputado Carlos Mosconi (PSDB), trouxe a notícia aguardada pelos servidores: a de que eles serão recebidos nesta quinta (28), na Secretaria de Estado de Saúde.

Cerca de 4 mil profissionais contratados da Rede Fhemig, em sua maioria técnicos de enfermagem e enfermeiros, começarão a ser demitidos no início de maio, conforme determina a legislação, e cobram do Executivo o pagamento de direitos trabalhistas e indenização por serviços prestados. O encontro desta quinta foi agendado em telefonema do deputado Carlos Mosconi para a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. A reunião, marcada para às 11 horas, será com o secretário adjunto de Estado de Saúde, Wagner Eduardo Ferreira, e com representante da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Segundo o deputado Carlos Mosconi, o encontro antecipa reunião de negociação que estava marcada para 6 de maio.

Greve - Os 19 hospitais da Rede Fhemig, na Capital e no interior, estão funcionando com escala mínima. O hospital João XXIII e a Maternidade Odete Valadares, na Capital, estão entre os afetados pela paralisação. Em assembleia no início da tarde, após o encontro com os deputados, os trabalhadores decidiram suspender a greve a partir das 19 horas desta quarta. Nova assembleia ficou marcada para sexta (29), às 7 horas, no Pronto-Socorro do Hospital João XXIII, para decidir os rumos do movimento a partir da reunião de negociação na Secretaria de Estado de Saúde.

Deputados defendem diálogo entre a categoria e o Executivo

Ao receber os trabalhadores da saúde, o presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro, acentuou que o diálogo deve ser o caminho buscado para resolver o problema, que tem um aspecto legal, mas também um componente social. Para o deputado Carlos Mosconi, o Governo demonstra disposição para negociar, com bom avanço na análise das reivindicações. Ex-presidente da Fhemig, Mosconi opinou que o pleito dos trabalhadores é "justo e procedente", acrescentando que eles precisam ter garantias no momento da dispensa.

Já o deputado Rogério Correia, líder do Bloco Minas sem Censura, ponderou que a reunião desta quinta entre trabalhadores e Governo é apenas o início da negociação. Ele e o deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) apresentaram requerimento nesta quarta, durante reunião da Comissão de Saúde, para realização de audiência pública sobre o assunto. "A audiência é um elemento importante, pois pressiona o Executivo a vir à Assembleia e dar uma solução para os profissionais contratados", opinou Correia, que cobrou mais investimentos na área da saúde e respeito aos profissionais. Para Adelmo Carneiro Leão, os direitos trabalhistas precisam ser pagos, pois são universais.

O deputado Arlen Santiago (PTB), que também participou da reunião no Salão Nobre, quis saber mais sobre a indenização que os trabalhadores reivindicam do Governo e obteve esclarecimentos.

Trabalhadores estiveram há um mês na Assembleia

Os profissionais contratados cobram que o Executivo cumpra o que estaria na legislação que trata dos contratos temporários: o pagamento de 13º salário, de adicional de insalubridade, de adicional noturno e a equiparação salarial com os efetivos que realizam o mesmo trabalho dos contratados. Essa previsão estaria na Lei 18.185, de 2009. Eles também querem indenização pelo tempo de serviços prestados ao Estado. Há trabalhadores com 20 anos de casa.

Paralisação em março - Segundo o diretor da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg), Carlos Augusto Passos, o Executivo teria se comprometido a apresentar uma proposta para a categoria até o dia 25 de abril, mas não teria havido resposta. Em 24 de março, os servidores da Fhemig também paralisaram as atividades e, depois de manifestações na Assembleia e da mediação dos deputados, suspenderam a greve em prol da negociação com o Executivo. Segundo a Asthemg, não há pessoal para suprir a carência deixada pela demissão dos 4 mil contratados. Em março, a Fhemig só teria convocado 300 do total de aprovados em concurso público, mas, destes, apenas 160 teriam permanecido na fundação, devido aos baixos salários.

 

 

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