Ricardo Berzoini participa de debate sobre reforma política na ALMG

O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) confirmou sua participação na reunião da Comissão Extraordinária de Acomp...

19/04/2011 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Ricardo Berzoini participa de debate sobre reforma política na ALMG

O deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP) confirmou sua participação na reunião da Comissão Extraordinária de Acompanhamento da Reforma Política da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na próxima segunda-feira (25), às 15 horas. O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (19/4/11), pelo coordenador da comissão, deputado Carlos Mosconi (PSDB), durante reunião com representantes de instituições públicas da área jurídica e acadêmica e da sociedade civil, no Salão Oficial da ALMG, no Edifício Tiradentes.

Na ocasião, foi anunciada também a visita de parlamentares da comissão mineira à Comissão Especial de Reforma Política da Câmara dos Deputados, na próxima terça-feira (26). Segundo o deputado Carlos Mosconi, a comissão da Câmara também agendou uma audiência pública em Belo Horizonte, no dia 23 de maio, como parte de uma série de seis reuniões que serão realizadas em diferentes estados. Em Minas, a coordenação dos trabalhos será do deputado federal Marcus Pestana (PSDB/MG).

A visita de Berzoini à Assembleia, para participar do debate sobre a reforma política em curso no Congresso Nacional, dá sequência a uma série de encontros agendados pela Comissão Extraordinária de Acompanhamento da Reforma Política da ALMG. Nos encontros anteriores, a comissão mineira ouviu ex-governadores, congressistas e representantes da imprensa local.

Ciclo de debates - Na reunião desta terça-feira, o diretor de Processo Legislativo, Sabino José Fortes Fleury, anunciou a realização de um ciclo de debates, no segundo semestre deste ano, para discutir o tema da reforma política. Para organizar esse processo, que se estenderá até o final de setembro, a Assembleia realizará uma primeira reunião preparatória no dia 10 de maio, aberta a entidades e instituições da sociedade civil. Paralelamente, o Parlamento mineiro colocará à disposição, em sua página na internet, a sua terceira consulta pública, com o objetivo de colher sugestões da população. É também propósito da Assembleia ampliar a discussão através do processo de interiorização dos debates e da distribuição de publicações sobre o tema.

Tema é complexo e dificulta consenso

Ao abrir a reunião, o coordenador da comissão, Carlos Mosconi, admitiu a dificuldade de se chegar a um consenso sobre o tema, que, segundo ele, é muito complexo. O deputado frisou que o Parlamento estadual não tem poder de decidir nem de votar, pois o assunto é da responsabilidade do Congresso Nacional. Apesar disso, afirmou que o trabalho da comissão mineira vem surtindo efeito, no sentido de provocar a discussão e envolver outras entidades e grupos sociais no debate.

Representantes de pelo menos dez instituições participaram do encontro, entre eles o Ministério Público, a OAB-MG, o Instituto dos Advogados de Minas Gerais, a Arquidiocese de Belo Horizonte, a Associação de Juízes Federais de Minas Gerais, a UFMG e movimentos sociais de combate à corrupção eleitoral.

Para o representante do MP, promotor de justiça Edson Resende, apesar das inúmeras divergências sobre a reforma política, dois pontos parecem consensuais: a necessidade de mudança no sistema eleitoral e o financiamento público de campanha. Ele destacou também a importância de se debater o relacionamento entre o cidadão e seus representantes, bem como de fixar regras mais democráticas para projetos de lei de iniciativa popular.

Mário Quintão, da OAB-MG, criticou o processo de condução da reforma política em nível nacional, "entre quatro paredes". E enalteceu a iniciativa da ALMG de abrir o debate para a sociedade civil. Segundo ele, no Congresso Nacional, "que vive hoje uma crise de legitimidade", a interlocução com a sociedade tem sido feita "de forma vaga e diluída".

O presidente do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, José Anchieta, manifestou o receio de que população se decepcione profundamente com a reforma em curso, pois "a montanha pode parir um rato". Afirmou que, por enquanto, o instituto não tem posição fechada e está preferindo ouvir e colher opiniões, neste primeiro momento. Informou que a instituição reunirá um grupo de profissionais da área jurídica em um almoço no próximo dia 28, para discutir o assunto.

Deputados analisam processo

O deputado Antônio Júlio (PMDB) fez críticas ao atual sistema eleitoral, admitindo que favorece a criação de "verdadeiros partidos de aluguel". Ele entende que esse é um dos pontos que devem ser discutidos com profundidade no debate sobre reforma política.

O deputado Romeu Queiroz (PSB) informou que esteve no Senado Federal, na semana passada, e voltou "muito desanimado", achando que "muito pouca coisa vai avançar". Ele considera o prazo de discussão muito restrito e, por isso, sugere que se usem as redes sociais da internet, de forma a ampliar ao máximo o debate.

Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) também considerou "tímida" a discussão sobre reforma política em nível nacional. Na sua opinião, o processo já começou errado, dividido entre as duas Casas legislativas. "O ideal é que Senado e Câmara tivessem caminhado juntos", disse. E finalizou louvando a iniciativa da Assembleia Legislativa com a criação da Comissão Extraordinária.

Também participaram da reunião os deputados Fábio Cherem (PSL), que apresentou uma proposta técnica em defesa do voto distrital misto, Luzia Ferreira (PPS), que entregou documento com a lista de propostas de seu partido, e Fred Costa (PHS).

 

 

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