Criminalização da homofobia em debate na TV
Assembleia
A discussão sobre a violência contra os
homossexuais ocupou, nas últimas semanas, a atenção da mídia e das
autoridades. Declarações polêmicas feitas pelo deputado federal Jair
Bolsonaro, em um programa de televisão, e até as ofensas de uma
torcida organizada contra um jogador do time adversário trouxeram o
assunto de volta às manchetes. Mas, afinal, o que fazer para que
cada cidadão tenha o direito de exercer a sexualidade da forma que
desejar, sem preconceito ou ameaça ?
A saída pode estar na criminalização da homofobia,
por meio de uma lei específica, conforme defendeu o presidente do
Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, Emílcio Vilaça, um
dos entrevistados do programa Panorama desta quinta-feira
(14/4/11). "Quando nós esquecemos o respeito com os nossos idosos,
foi preciso criar uma legislação para reservar o lugar para eles nos
ônibus. Nós também esquecemos o respeito com os portadores de
deficiência, então foi preciso criar uma lei para eles. Isto tem que
ser feito para se expandir o respeito aos diferentes. A norma não é
só ordenadora, é também educativa e transformadora", explicou o
representante.
O programa também recebeu a diretora do Centro de
Referência LGBT, Walkiria La Roche. Além do cotidiano de violência e
deboche, Walkiria falou das dificuldades dos travestis para se
manter financeiramente, sem recorrer à prostituição. Walkiria disse
que existem nichos específicos de atuação profissional para
travestis, como salões de beleza, mas que, no geral, eles enfrentam
muitas dificuldades para conseguir uma vaga no mercado de trabalho
por causa do preconceito da sociedade.
O Panorama vai ao ar hoje às 19 e à 1h da manhã e,
no domingo, às 14h30.
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