Comissão discute processo judicial que completa 70
anos
O drama dos herdeiros das famílias Abreu e Hilário,
que eram donas de terrenos desapropriados para a construção da
Cidade Industrial, retorna à pauta da Assembleia Legislativa de
Minas Gerais, no ano em que um dos mais longos processos judiciais
da história do País completa sete décadas. O assunto será debatido
pela Comissão de Direitos Humanos, em audiência pública marcada para
segunda-feira (4/4/11), às 9 horas, no Auditório da ALMG. O
requerimento para a realização da reunião é do deputado Durval
Ângelo (PT).
As famílias Abreu e Hilário eram proprietárias das
fazendas Ferrugem e Parobas, em Contagem, desapropriadas pelo
Governo de Minas em 1941. No local, foi instalada a Cidade
Industrial. Os antigos donos, no entanto, não foram indenizados pelo
Estado, mesmo após uma sentença judicial de 1953 determinar o
pagamento das indenizações.
O assunto já foi tema de outra audiência e até
mesmo de um debate público promovido pela Comissão de Direitos
Humanos no ano passado. Na ocasião, o advogado das famílias, Evandro
Brandão, afirmou que o valor atualizado das indenizações girava em
torno de R$ 1 bilhão. O número de herdeiros que reivindicam o
pagamento supera os 1.300 e chega à quarta geração das
famílias.
Convidados - Receberam
convite para participar da audiência pública o advogado-geral
adjunto e procurador do Estado, Alberto Guimarães Andrade; Carla
Marques Barbosa e Maria Abreu, herdeiras das famílias que eram
proprietárias das fazendas; e o advogado das famílias, Evandro
Brandão.
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