Presidente da ALMG participa do lançamento nacional da Rede
Cegonha
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), participou, nesta
segunda-feira (28/3/11), do lançamento nacional do programa Rede
Cegonha, do Governo Federal, no Palácio das Artes, em Belo
Horizonte. A solenidade, que trouxe à Capital a presidente da
República, Dilma Rousseff, também reuniu deputados estaduais,
federais, ministros, secretários de Estado, prefeitos e vereadores.
Em seu discurso, a presidente Dilma afirmou que o
programa, voltado para a saúde da mulher e do bebê, é um dos mais
importantes na área de saúde e uma resposta ao compromisso de
investir na qualidade da saúde no Brasil, assumido por ela ainda
durante a campanha presidencial. "Um país começa a medir a sua
qualidade no atendimento à saúde pelo serviço que presta às mães e
aos bebês", afirmou. Ela ainda lembrou outro compromisso de
campanha, que é acabar com a miséria. "Não vamos compactuar com a
miséria e não tem um lugar onde a miséria é mais perversa que na
saúde", concluiu.
Programa deve receber R$ 9,3 bilhões de
investimento até 2014
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou
que, até 2014, serão investidos R$ 9,3 bilhões na Rede Cegonha, que
atenderá as mulheres do teste de gravidez ao pós-parto. Segundo ele,
a meta é que, até essa data, todos os municípios tenham o pré-natal
de acordo com o programa. A atenção hospitalar deve ser implantada
pela rede entre 2011 e 2016, com ênfase para a Amazônia Legal e a
Região Nordeste. Para a implantação da Rede Cegonha, o ministro
disse que serão feitas articulações com os municípios e os Estados.
Ele detalhou o programa, que tem o objetivo de ser
uma das redes de saúde do SUS. O Rede Cegonha prevê a ampliação dos
exames do pré-natal, garante à gestante o direito de conhecer,
antecipadamente, a maternidade onde fará o parto, e identifica as
gestações de alto risco para acompanhamento especial. O programa
também estabelece o apoio ao transporte da gestante para as
consultas do pré-natal e atenção hospitalar especial, com a reserva
de leitos e o Samu Cegonha para os casos de risco. O programa ainda
contempla a criação das Casas das Gestantes, que receberão as
mulheres que precisam de atenção especial.
Humanização - "Gravidez
não é doença", enfatizou o ministro, explicando que, por isso, o
atendimento à gestante deve ser separado dos demais atendimentos
hospitalares. O parto humanizado, com prioridade para o parto
normal, e o incentivo ao aleitamento materno também são pontos
fundamentais do programa.
O governador Antonio Anastasia disse que Minas
Gerais será "parceiro de primeira hora do Governo Federal para a
implantação do projeto" e falou do programa Viva Vida, do Estado,
que tem o mesmo objetivo da Rede Cegonha. De acordo com o
governador, o programa conseguiu reduzir em um terço a mortalidade
materna e em 25% a mortalidade infantil. Para Anastasia, esses
números são um desafio, porque, segundo ele, a meta precisa ser zero
ou o mais próximo possível disso. O prefeito de Belo Horizonte,
Márcio Lacerda, ressaltou a importância das parcerias para a
execução do programa. Na opinião dele, um dos motivos de a capital
mineira estar avançando são as parcerias com os diversos níveis de
governo.
Arte - A solenidade de
lançamento do programa teve a participação da gestante Kelly Costa,
assistida pelo SUS, que deu depoimento sobre o atendimento cuidadoso
do Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, e do artista plástico
Romero Britto, responsável pela logomarca do programa. O artista
também doou ao Ministério da Saúde dez quadros com a temática da
Rede Cegonha, que integram uma exposição itinerante.
Durante a solenidade, foi assinado um termo de
cooperação entre o Ministério da Saúde e o Colegiado dos Secretários
Municipais de Saúde de Minas Gerais (Conasem), visando intensificar
a organização de uma rede de cuidados materno e infantil que
possibilite implantar as diretrizes da estratégia Rede Cegonha,
baseadas no princípio da humanização.
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