ALMG faz mediação entre servidores da saúde e Governo

Centenas de servidores em greve da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) estiveram na Assembleia Legislativa d...

24/03/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

ALMG faz mediação entre servidores da saúde e Governo

Centenas de servidores em greve da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) estiveram na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quinta-feira (24/3/11), para reivindicar o apoio dos deputados na negociação com o Executivo. Eles foram recebidos pelo presidente Dinis Pinheiro (PSDB) no Salão Nobre, acompanhado dos deputados Rogério Correia (PT) e Bonifácio Mourão (PSDB), líderes dos blocos Minas sem Censura e Transparência e Resultado, respectivamente. A partir de contato da Presidência da ALMG com o Executivo, ficou acertada reunião de negociação às 15 horas, na Cidade Administrativa, com a assessoria da secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. "A Assembleia não vai fugir da responsabilidade democrática de ouvir e vai atuar dentro do campo de responsabilidade que lhe cabe", destacou o presidente, ao final do encontro no Salão Nobre.

Contratados - Os servidores permanecerão na ALMG durante toda a tarde, aguardando o resultado do encontro com o Governo para definir se suspendem ou não a greve, iniciada às 7 horas desta quinta. A pauta de reivindicações abrange temas como condições de trabalho, sobrecarga de serviço e questão salarial, além da situação dos cerca de 4 mil contratados da Rede Fhemig, em sua maioria técnicos de enfermagem e enfermeiros. Segundo o presidente da Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg), Carlos Augusto Passos, eles começarão a ser demitidos a partir de maio, conforme determina a legislação, e não há pessoal para suprir essa carência. A Fhemig só teria convocado 300 do total de aprovados em concurso público, mas, destes, apenas 160 teriam permanecido na fundação, devido aos baixos salários, segundo Passos.

Onze dos 17 hospitais da rede, na Capital e no interior, estão funcionando com escala mínima. "Sabemos que infelizmente a população acaba sofrendo com a greve, mas desde dezembro tentamos negociar com o Governo e só temos indiferença", desabafou Passos. Entre os hospitais com escala mínima, estão o João XXIII e a Maternidade Odete Valadares, na Capital. Os profissionais contratados cobram ainda que o Executivo cumpra o que está na legislação que trata dos contratos temporários: o pagamento de 13º salário, de adicional de insalubridade, de adicional noturno e a equiparação salarial com os efetivos que realizam o mesmo trabalho dos contratados. Essas determinações estão na Lei 18.185, de 2009.

Palavra dos deputados

Na conversa com os servidores, o presidente Dinis Pinheiro enfatizou o papel do Legislativo de interlocutor da sociedade perante o Executivo e a política de portas abertas da ALMG. Ele pontuou que o Governo teve "avanços extraordinários", mas lembrou que ainda há dificuldades a superar, e, dirigindo-se aos servidores, apelou pelo fim da greve, de modo a facilitar as negociações com o Executivo. O deputado Dinis Pinheiro afirmou que uma das bandeiras que defenderá no Colegiado dos Presidentes de Assembleias, do qual é presidente, será a da aprovação da Emenda 29, que estabelece mínimos constitucionais de investimento orçamentário em saúde.

O deputado Rogério Correia afirmou a disposição do bloco Minas sem Censura de pressionar pela negociação com o Governo Estadual; e o deputado Bonifácio Mourão lembrou que a Assembleia pode reivindicar que a legislação seja cumprida, mas não tem o poder de decidir.

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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