Comissão opina a favor de Antonio Caram para diretoria da Arsae

O reajuste de 7% nas tarifas da Copasa, para vigorar a partir de 23 de abril e autorizado pela Agência Reguladora de ...

24/03/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Comissão opina a favor de Antonio Caram para diretoria da Arsae

O reajuste de 7% nas tarifas da Copasa, para vigorar a partir de 23 de abril e autorizado pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) na quarta-feira (23), foi um dos aspectos abordados pelo diretor da empresa, Antônio Abrahão Caram Filho. Ele foi arguído nesta quinta-feira (24/3/11), pela Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, criada para emitir parecer sobre sua indicação ao cargo.

Com parecer favorável da comissão, Antônio Caram respondeu a perguntas dos parlamentares, entre elas, explicou que os aumentos autorizados passam a seguir uma nova metodologia de cálculo, beneficiando os consumidores de menor porte, que terão redução de tarifa. Segundo o diretor da Arsae, o percentual anunciado não se estende à Copanor, que a partir de agora passa a ter metodologia própria de cálculo de tarifas, ainda em processo de análise para definição do percentual. Caram disse que nota técnica sobre os cálculos e reajustes está disponível à consulta pública no site da agência e que o anúncio do aumento na véspera de sua arguição pública, segundo ele por coincidência, "mostra o grau de segurança da nova metodologia".

Após arguição pública do indicado, o relator, deputado Duarte Bechir (PMN), ressaltou que o candidato tem ampla experiência em cargos de direção, tanto no setor público quanto no setor privado. A indicação vai ser apreciada agora pelo Plenário.

Tendo sido, entre outros, presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), diretor da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), além de presidente da Fundação João Pinheiro e da Acesita, Antonio Caram destacou ser servidor público de carreira há 46 anos. Ele começou no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) tendo sido o coordenador da equipe que elaborou o projeto de criação da Arsae.

Experiência nova - Antonio Caram afirmou por diversas vezes que a Arsae é a primeira experiência em Minas de regulação e que em um ano e meio de criação, a agência venceu a primeira etapa, de estruturação, de maneira competente na sua avaliação. "A segunda fase que se inicia é de consolidação", resumiu.

Ressaltando a vasta experiência profissional do candidato, o presidente da comissão, deputado Célio Moreira (PSDB), indagou ao candidato sobre as prioridades da agência nesta etapa e Antonio Caram citou que os projetos prioritários devem buscar uma efetiva melhoria dos serviços de saneamento e sobretudo de esgotamento sanitário do Estado. "Eles não estão completos e nem atendem a todos, principalmente quanto ao esgoto", afirmou. Entre iniciativas novas, citou a estruturação de uma ouvidoria na agência e a criação de um serviço 24 horas para atendimento ao consumidor.

Respondendo ao relator sobre que benefícios uma agência como a Arsae pode trazer para o Estado, as concessionárias e os consumidores, Antônio Caram afirmou que o maior beneficiado será o consumidor e frisou que o grande objetivo da Arsae é reequilibrar a relação entre o Estado, as concessionárias e o consumidor. E isso, segundo ele, vem sendo feito por meio de diretrizes equilibradas, capazes de manter a capacidade de investimento do setor, e da divulgação com maior clareza dos índices de reajustes concedidos às tarifas.

Deputados reivindicam universalização de serviços

Elogiando o currículo do indicado ao cargo, os deputados André Quintão (PT) e Tadeuzinho Leite (PMDB) lembraram, contudo, que a universalização dos serviços de saneamento e esgotamento ainda não é uma realidade em regiões do Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri. Quintão acrescentou que a Copanor, subsidiária da Copasa para serviços no Norte e Nordeste de Minas, foi criada com o objetivo de atender a baixo custo comunidades carentes do semi-árido, e que mesmo assim aquelas com menos de 200 habitantes estariam sendo deixadas por último no planejamento da empresa.

"Estamos falando de uma questão humanitária, de gente que está separando barro de água para o consumo humano", criticou o parlamentar. Ele disse ainda estar preocupado com denúncias de que a Copasa estaria cobrando antecipadamente do consumidor por serviços que ainda não está prestando em vários municípios, citando como exemplo São Sebastião do Paraíso, fato que o designado para o cargo disse desconhecer, mas que seria averiguado.

Tadeuzinho, por sua vez, disse que em outros municípios próximos a Montes Claros, a Copasa tem deixado buracos que abre em suas obras, e quis saber do indicado à Arsae se a estrutura atual da agência é suficiente para atender aos seus objetivos, entre eles o de fiscalizar os serviços prestados pelas concessionárias.

Segundo Antonio Caram, a estrutura é suficiente para o que está planejado e para o que compete à agência, faltando apenas fazer ajustes entre cargos antigos e novos e concluir o recrutamento do quatro técnico em conformidade com as mudanças empreendidas por leis delegadas que reestruturaram a administração estadual .

O vice-presidente da comissão, deputado Doutor Viana (DEM) defendeu o saneamento como fator de prevenção de doenças e também relatou situações de serviços protelados pela Copanor em comunidades menores, reivindicando que a questão não seja tratada sob a ótica do número de habitantes, e sim por ser a água um direito de todos.

Presenças - Deputados Célio Moreira (PSDB), presidente; Doutor Viana (DEM), vice; Duarte Bechir (PMN), André Quintão (PT) e Tadeuzinho Leite (PMDB). E ainda o deputado Sebastião Costa (PPS). Acompanharam a arguição Maurício Fortini e Teodoro Lamonier, membros da diretoria da Arsae; Francisco Oliveira, assessor de Regulamentação da agência, e Aloísio Andrade, ouvidor.

 

 

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