Reposicionamento de radares de trânsito é criticado por deputados

Três pontos de Belo Horizonte onde houve reposicionamento de radares fixos de trânsito foram inspecionados nesta quin...

17/03/2011 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Reposicionamento de radares de trânsito é criticado por deputados

Três pontos de Belo Horizonte onde houve reposicionamento de radares fixos de trânsito foram inspecionados nesta quinta-feira (17/3/11) por deputados que integram a Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A deputada Liza Prado (PSB) e os deputados Délio Malheiros (PV) e Duilio de Castro (PMN) criticaram a mudança dos radares, que para eles tornaram mais difícil a identificação dos aparelhos pelos motoristas, favorecendo a emissão de multas. "Os radares foram colocados atrás de árvores, depois de curvas, com o fim de faturar, não de prevenir a ocorrência de acidentes", afirmou o presidente da comissão, Délio Malheiros.

Foram analisados os radares reposicionados na Avenida Raja Gabaglia, próximo ao retorno do Círculo Militar e na altura do nº 3.600. O terceiro ponto visitado foi na Avenida Barão Homem de Melo, nº 3.191. Os parlamentares foram acompanhados pelo consultor em Engenharia de Tráfego, José Alberto Rodrigues, e pelo especialista em trânsito José Aparecido Ribeiro, dirigente da entidade SOS Multas Abusivas.

Apesar de os radares estarem sinalizados com placas, os parlamentares acreditam que o reposicionamento dos aparelhos demonstra a intenção arrecadatória, em detrimento da prevenção. Na Raja Gabaglia, 3.600, o radar foi retirado de um trecho sem vegetação para ser reinstalado poucos metros depois, atrás da primeira árvore. Nos outros dois pontos, as árvores também atrapalham a visão.

A verificação dos radares é apenas uma das iniciativas da Assembleia relacionadas ao assunto. Serão realizadas audiências públicas em Belo Horizonte, Uberlândia (Triângulo) e Pouso Alegre (Sul de Minas) para discutir o tema, e a intenção é investigar se a instalação dos radares está ocorrendo da forma adequada, com estudo técnico, aferição e licitação regulares. "A Comissão considera os radares necessários, eles reduzem os acidentes, mas não podem ser usados com intenção de arrecadar", afirmou Malheiros. O deputado protocolou um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema, assinado por 38 parlamentares.

A deputada Liza Prado afirmou que, em Uberlândia, a Assembleia trabalhará em conjunto com a Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal, presidida pelo vereador Adriano Zago. "Em alguns municípios, há indícios de que muitos radares são instalados sem estudo técnico, sem aferição e até sem licitação", afirmou a deputada.

Irregularidades e indícios de corrupção foram denunciados pela imprensa nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. O deputado Duilio de Castro defendeu que o Ministério Público apure a questão também em Minas. "São as mesmas empresas atuando em diversos municípios, em todo o País", declarou o parlamentar. Dirigente da ONG SOS Multas Abusivas, José Aparecido Ribeiro condena o modelo de radar fixo utilizado na maioria dos casos. "São 50 radares em Belo Horizonte e só cinco lombadas eletrônicas. Se a intenção é educar, deveriam ser usadas as lombadas, que são facilmente identificadas. Só que essas não dão lucro", afirmou o especialista em trânsito.

Presenças - Deputados Délio Malheiros (PV), presidente da comissão; Duilio de Castro (PMN) e deputada Liza Prado (PSB), vice-presidente da comissão. Também participaram o consultor em Engenharia de Tráfego José Alberto Rodrigues e o especialista em trânsito José Aparecido Ribeiro, dirigente da entidade SOS Multas Abusivas.

 

 

 

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