ALMG cria comissões para acompanhar a reforma política e o Parlasul

A criação de duas comissões extraordinárias foi anunciada na Reunião Ordinária do Plenário da Assembleia Legislativa ...

03/03/2011 - 00:02
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

ALMG cria comissões para acompanhar a reforma política e o Parlasul

A criação de duas comissões extraordinárias foi anunciada na Reunião Ordinária do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quinta-feira (3/3/11). São as comissões Extraordinária para acompanhar os trabalhos da Reforma Política e Extraordinária de Integração ao Parlamento do Mercosul (Parlasul). Também foi anunciada a criação da Ouvidoria Parlamentar, que já existia em outras legislaturas, e teve seu ouvidor, o deputado Hely Tarqüínio (PV), indicado para a atual legislatura (2011-2015).

Os integrantes das comissões criadas serão: da Reforma Política: deputados Carlos Mosconi (PSDB), que será o coordenador; Rogério Correia (PT), autor do requerimento que solicitou sua criação; Antônio Júlio (PMDB), Romeu Queiroz (PSB) e a deputada Luzia Ferreira (PPS). E para a comissão do Parlasul foram indicados: Vanderlei Miranda (PMDB), que será o coordenador; Gustavo Valadares (DEM), Tiago Ulisses (PV), Luiz Humberto Carneiro (PSDB) e Ivair Nogueira (PMDB).

Na justificativa para criar as duas comissões, a Mesa da Assembleia reconheceu a necessidade de um acompanhamento dos trabalhos da reforma política, no caso da primeira; e a necessidade de o povo mineiro saber do processo de consolidação do Parlasul. Sobre a Comissão da Reforma Política, a Mesa destacou que as possíveis modificações no ordenamento jurídico federal repercutirão sobre as relações políticas nos estados e municípios. E no caso da Comissão do Parlasul foi destacado o peso estratégico da integração de Minas Gerais à economia do Cone Sul.

Ouvidoria - Criada por meio da Resolução 5.207, de 2002, a Ouvidoria Parlamentar da ALMG foi instalada em junho de 2003. Designado pelo presidente da Assembleia, o ouvidor tem um mandato de dois anos, sendo vedada a recondução. A Ouvidoria Parlamentar é incumbida de receber, examinar e encaminhar aos órgãos competentes as reclamações ou representações de pessoa física ou jurídica referentes a membros da Assembleia; propor medidas necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos e administrativos, bem como ao aperfeiçoamento da organização da Assembleia. Além de receber sugestões, questionamentos, reclamações ou denúncias, a Ouvidoria também tem as funções de garantir a transparência das atividades legislativas, prestar informações sobre o trabalho dos deputados e sobre leis aprovadas e realizar audiências públicas que visem a esses objetivos.

Foram aprovados em redação final os Projetos de Resolução (PRE's) 511/11 e 512/11. Foram deferidos diversos requerimentos solicitando desarquivamento de proposições, dos deputados Neider Moreira (PPS) e Inácio Franco (PV) e do presidente da ALMG, Dinis Pinheiro (PSDB). Já do deputado Doutor Viana (DEM), foi deferido requerimento que solicita reunião especial para homenagear a Unimed-BH pelos 40 anos de sua fundação.

Oposição e situação debatem modelos de governo

Os modelos federal e estadual de governo foram debatidos por parlamentares da oposição e da base governista, tendo como pano de fundo as leis delegadas no Estado e os decretos federais. Ocuparam a tribuna os deputados Rogério Correia, líder do bloco Minas sem Censura (PT/PMDB/PCdoB/PRB), Carlin Moura (PCdoB) e Bonifácio Mourão (PSDB), líder do bloco Transparência e Resultado (PSDB/PTB/PHS/PRTB/PRP/PTC/PTdoB/PR/DEM/PPS).

Rogério falou sobre a importância do acompanhamento dos trabalhos das comissões do Congresso encarregadas de discutir a reforma política e salientou a necessidade de um debate mais amplo, especialmente sobre a forma do voto e o financiamento público das campanhas políticas. O deputado foi aparteado por Carlos Henrique (PRB), que sugeriu que a comissão criada na Assembleia seja integrada por sete ou nove deputados e não por cinco, como anunciado, "para dar vez aos partidos pequenos".

Já Carlin Moura informou sobre as conquistas que o bloco Minas sem Censura conseguiu junto ao Ministério dos Transportes, após visita ao ministro Alfredo Nascimento, na quarta-feira (2), entre elas, os recursos para as BRs 381 e 040 e para o Anel Rodoviário. Carlin e Rogério também enfatizaram a necessidade de o Parlamento mineiro ter uma pauta independente de debates, além de criticarem a gestão do Governo de Minas por meio de leis delegadas.

Em resposta às críticas, Bonifácio Mourão disse que o governo mineiro usa formas de gestão que não são inconstitucionais. "As leis delegadas estão previstas na Constituição, mas não o decreto, como está sendo usado pelo governador do Distrito Federal, que é do PT". Ele ainda deu informações sobre novos critérios de uso da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), acompanhando, segundo ele, o que foi mudado na legislação para atender interesses dos estados do Rio de Janeiro e da Bahia.

Em outra vertente de debate, o deputado Sargento Rodrigues (PDT), ocupou a tribuna em nome de seu partido, para criticar a postura do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, deputado Durval Ângelo (PT). Segundo Rodrigues, seu colega é parcial na defesa dos direitos humanos, pois não os defende quando se trata de policiais militares. Ele invocou a Constituição Federal, para alegar que o presidente da Comissão de Direitos Humanos desobedece artigos da Carta Magna, "ao condenar sem direito a defesa ampla", os policiais militares.

A fala de Rodrigues veio em resposta à intervenção feita por Durval, no início da reunião, condenando a ação de policiais militares que prenderam o vereador por Belo Horizonte (PT), Adriano Ventura, nesta quinta-feira. Durval Ângelo classificou a ação policial, "como inteiramente arbitrária". Sargento Rodrigues afirmou que o presidente da Comissão de Direitos Humanos só ouviu um lado da história. Já o líder do bloco de oposição, Rogério Correia, disse que Durval, por ter ido a uma delegacia apurar os fatos envolvendo o vereador, só poderia responder às críticas de seu colega posteriormente.

 

 

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