Moradores cobram melhorias nos serviços públicos do aglomerado

Em visita realizada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais ao Aglomerado da Ser...

01/03/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Moradores cobram melhorias nos serviços públicos do aglomerado

Em visita realizada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais ao Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, os deputados ouviram de líderes comunitários e moradores pedidos de melhorias nos serviços públicos oferecidos no local. A visita, realizada nesta terça-feira (1º/3/11), teve o objetivo de verificar a situação da comunidade após os confrontos entre policiais militares e supostos traficantes, há cerca de dez dias, que vitimaram os moradores Jeferson Coelho da Silva e Renilson Veriano da Silva.

Apesar da normalização dos serviços de transporte, educação, fornecimento de energia elétrica e no comércio do aglomerado, os moradores cobraram a reativação do Centro de Saúde do Cafezal e a manutenção de praças de esportes. De acordo com o líder comunitário e locutor da Rádio Favela, Mizael Avelino dos Santos, a população do aglomerado paga um dos mais altos impostos da Capital, mas não conta com serviços públicos de qualidade. Para ele, falta policiamento ostensivo, um posto de saúde dentro do bairro e preservação das áreas de convivência. "As obras foram políticas e não têm sustentabilidade", reclama.

O pastor e morador do aglomerado, Jackson Ferreira, reforçou a necessidade de reativação do posto de saúde. Segundo ele, o atendimento mais próximo fica na rua do Ouro, que é distante da comunidade, especialmente para as crianças e os idosos. "Infelizmente o poder público só voltou os olhos para o bairro devido aos confrontos da semana passada, por isso queremos aproveitar para mostrar os reais problemas da região", disse.

Durante a visita, os deputados foram ao posto de saúde desativado, a uma escola pública e a praças de esportes, que se encontram em condições precárias. Para a vice-presidente da comissão, deputada Maria Tereza Lara (PT), é preciso radicalizar na prevenção e na atenção aos serviços públicos. "Vamos preparar um requerimento à Prefeitura de Belo Horizonte cobrando a reativação do posto", salientou.

Existência de milícia é rechaçada por moradores

O pastor Jackson Ferreira afirmou ainda que, apesar dos problemas no atendimento às necessidades do aglomerado, a relação da comunidade com a Polícia Militar é boa. Segundo ele, o bairro está tranquilo e não existem milícias que aterrorizam a população. O deputado Sargento Rodrigues (PDT) fez coro às palavras do pastor e considerou as mortes do moradores ocorridas nos confrontos da última semana como fatos isolados. "Constatamos que há tranquilidade e normalidade no aglomerado. O transporte, as escolas e o comércio estão funcionando e, por isso, garanto que não existem milícias no bairro", destacou. Sobre a possibilidade de extinção do Batalhão Rotam, o parlamentar acha que há uma generalização de erros cometidos por poucos e que a corporação apreendeu cerca de 12 mil armas em dez anos de trabalho. "Muitos delitos foram evitados pela Rotam ao longo dos anos. Houve excesso e irresponsabilidade nas críticas", ponderou.

Providências - O presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), destacou que a ALMG quer abrir um combate declarado contra o crime organizado em Minas Gerais. Ele disse que o Parlamento irá estabelecer um diálogo com as polícias Civil, Militar, Federal e Ministério Público, para que haja um enfrentamento direto ao tráfico de drogas, que, segundo ele, é responsável por cerca de 80% dos detentos no sistema prisional mineiro. "Desejamos que a PM identifique e prenda os traficantes, para que possamos acabar com este problema que vitima a juventude e as pessoas de bem do nosso Estado", afirmou. Ainda durante a visita, o deputado disse que o laudo pericial apontou suicídio no caso da morte do cabo Fábio Oliveira, encontrado morto na cela onde estava preso no 1º Batalhão de Polícia Militar, na última sexta-feira (25). "Sobre as mortes do Jeferson e do Renilson, estamos aguardando o resultado do laudo complementar que vai determinar a posição dos corpos no momento dos disparos. Depois disso, esperamos que os responsáveis sejam julgados dentro da lei", afirmou.

Presenças - Deputados João Leite (PSDB), presidente, e Sargento Rodrigues (PDT); e deputada Maria Tereza Lara (PT), vice-presidente.

 

 

 

 

 

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