Delegação é constitucional e não inchou a máquina, diz secretária

A secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, disse, na manhã desta terça-feira (1º/3/11), não tem...

01/03/2011 - 00:04
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Delegação é constitucional e não inchou a máquina, diz secretária

A secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, disse, na manhã desta terça-feira (1º/3/11), não temer a hipótese de uma decisão judicial vir a tornar sem efeito as leis delegadas editadas pelo governador Antonio Anastasia em dezembro de 2010 e janeiro deste ano para promover a reforma administrativa do Estado.

A questão foi levantada durante entrevista coletiva concedida à imprensa antes de reunião sobre o assunto, que está sendo realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Renata Vilhena argumentou que a delegação, aprovada pelo Plenário da Casa, é legal, prevista no artigo 72 da Constituição Estadual.

"Temos a convicção de que fizemos tudo de acordo com a resolução que concedeu a delegação, atendendo as legislações federal e estadual. Estamos totalmente tranquilos e dispostos a mostrar todo o trabalho que foi feito".

A secretária também negou que a delegação tenha provocado criação excessiva de cargos, com inchaço da máquina pública. Segundo ela, os 1.514 novos cargos comissionados terão uma repercussão financeira sobre a folha do Estado de apenas 0,25%. "Isso é muito pouco tendo em vista o objetivo de atender as políticas públicas previstas", afirmou Renata Vilhena, informando que o total de cargos comissionados é de cerca de 17 mil, representando cerca de 7% do contigente do Estado.

Questionada também sobre a ampliação de cargos sem concurso público, ela ressaltou a preocupação do governo com a profissionalização e a valorização do serviço público, informando que 80% dos cargos de recrutamento amplo estão preenchidos por servidores efetivos. Em relação a críticas da oposição quanto à criação de cargos de empreendedores públicos, ela disse que já existiam 90 desses cargos, que foram estendidos para 120, boa parte também ocupada por servidores públicos.

Ela também negou que os custos com a criação dos 1.541 cargos comissionados sejam de R$ 70 milhões, como levantado pela imprensa, informando que o valor correto é R$ 54 milhões por ano, para uma folha total da ordem de R$ 21 bilhões.

Sobre se não teria protelado seu comparecimento à ALMG para prestar esclarecimentos sobre a delegação, conforme reivindicado pela oposição, a secretária explicou que estava em férias programadas e que esta terça (1º) era seu segundo dia de trabalho após o retorno à Seplag.

"Todo o processo é transparente, tanto que revogamos todas as leis delegadas anteriores, de 2007, e repetimos todos os cargos do Estado novamente, justamente por uma questão de transparência e de técnica legislativa", argumentou. Indagada sobre críticas de categorias de servidores, como professores e policiais civis, de que não estavam contemplados com melhorias salariais pela delegação, Renata esclareceu que isso seria inconstitucional.

"A Constituição deixa claro que a delegação não pode tratar de carreiras e de remuneração de servidores, somente da revisão da estrutura orgânica do Estado", pontuou a secretária. Questionada sobre um possível reajuste para o funcionalismo este ano, ela descartou previsão neste sentido e disse que seriam dados apenas aqueles reajustes planejados anteriormente, como no caso da Defensoria Pública.

 

 

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