Expositor propõe criar frente parlamentar de apoio à microempresa

A criação de uma frente parlamentar de apoio às pequenas e microempresas foi proposta, na tarde desta terça-feira (15...

15/02/2011 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Expositor propõe criar frente parlamentar de apoio à microempresa

A criação de uma frente parlamentar de apoio às pequenas e microempresas foi proposta, na tarde desta terça-feira (15/2/11), no Plenário da Assembleia Legislativa, pelo diretor superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae-MG), Afonso Maria Rocha. A proposta foi feita no encerramento do painel Desenvolvimento Econômico e Inovação, que inaugurou o Fórum Democrático para o Desenvolvimento de Minas Gerais.

Em sua exposição, o diretor superintendente do Sebrae ressaltou que 99,11% dos estabelecimentos mineiros são formados por pequenas e microempresas. Por isso, defendeu a regulamentação da Lei Complementar 123/06, que estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Segundo ele, mais de 2.700 municípios brasileiros (cerca de 50%) já regulamentaram a LC 123, conhecida como Lei Geral. Em Minas Gerais, esse índice é de 20%. Para a implantação da lei, o Sebrae tem priorizado os municípios de maior porte. A lei dispensa às pequenas e microempresas uma série de benefícios, por exemplo, facultando ao Poder Público elaborar processos licitatórios para compras de até 80 mil reais exclusivamente para pequenas e microempresas. Também assegura a esses estabelecimentos facilidades de créditos em bancos oficiais.

O superintendente do Sebrae exaltou o empenho de diversos órgãos e instituições estaduais, como as Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão e de Desenvolvimento Econômico, o Tribunal de Contas, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Associação Mineira de Municípios na criação de mecanismos facilitadores para que prefeituras e municípios implantem a Lei Geral. Lembrou que o MP, por exemplo, emitiu parecer considerando "ato de improbidade" os municípios que não se empenharem na regulamentação da Lei Geral.

Empreendedor individual - Em seu discurso, ele destacou também a figura dos empreendedores individuais, "que hoje atuam em sua totalidade no mercado informal, mas faturam até R$ 35 mil por ano". Segundo ele, é necessário oferecer facilidades a esses empreendedores, para que tenham acesso ao mercado formal.

Ele ressaltou ainda a vocação de Minas Gerais para os chamados "arranjos produtivos locais", citando, como exemplo, o município de Nova Serrana e municípios vizinhos, que reúnem hoje mais de mil fábricas de calçados, respondendo pela produção de metade dos calçados esportivos do Brasil. Outro exemplo apontado foi o polo moveleiro de Ubá, com mais de 200 empresas, bem como o turismo em várias regiões do Estado, afirmando que Minas Gerais é hoje o segundo maior destino turístico do Brasil.

Afonso Maria Rocha dividiu a exposição com o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Lázaro Luiz Gonzaga, que parabenizou a Assembleia Legislativa, na pessoa de seu presidente, deputado Dinis Pinheiro (PSDB) pela organização do Fórum Democrático e agradeceu o convite dirigido ao Sebrae para participar da mesa.

Outras contribuições - Após a exposição dos dirigentes do Sebrae, foi exibido um vídeo produzido pela TV Assembleia tendo como entrevistado Ivan Moura Castro, do Comitê Gestor de Internet no Brasil. Ele defendeu a articulação de instituições de pesquisa, universidades e setor produtivo em torno de uma agenda de consenso, priorizando o que o Estado tem sobrando (por exemplo, comodities de mineração, café e laticínio) com o que falta (investimento em biotecnologia, nanotecnologia etc).

Na mesma linha, como parte da consulta pública, Marcelo de Souza Cruz, de Montes Claros, defendeu a formação de uma rede de inovação com fomento a instituições de pesquisa, ampliação e criação de universidades. Renato Gontijo, de Belo Horizonte, propôs parceria do poder público com a iniciativa privada para a ampliação e/ou construção da malha ferroviária do Estado, para atendimento de cargas e passageiros.

 

 

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