Corte no Orçamento da União recebe críticas no Plenário

O anúncio do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União para este ano, feito pelos ministros da Economia, Guido Man...

10/02/2011 - 00:03
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Corte no Orçamento da União recebe críticas no Plenário

O anúncio do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União para este ano, feito pelos ministros da Economia, Guido Mantega, e de Planejamento, Mirian Belchior, foi motivo de muitos debates na Reunião Ordinária do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta quinta-feira (10/2/11).

Além dos pronunciamentos, foi anunciada a apresentação de um requerimento encabeçado pelo deputado João Leite (PSDB) solicitando ao governo federal que os cortes não atinjam os recursos destinados a obras em Minas Gerais, principalmente os previstos para a duplicação da BR-381, do Anel Rodoviário, do metrô da Capital e de obras de prevenção de enchentes.

A principal crítica feita por João Leite, Rômulo Viegas (PSDB), Duilio de Castro (PMN) e Bonifácio Mourão (PSDB) é de que o governo corta gastos em investimentos e aumenta o custeio da máquina administrativa, "já que ao mesmo tempo que fala em corte do R$ 50 bilhões, anuncia o aumento de ganhos para 22 mil comissionados", enfatizou João Leite. Mourão ainda estranhou a medida, lembrando que não há crise internacional e nem nacional, "a não ser que seja por causa da eleição de 2010 e, se for este o motivo, os mineiros estão pagando um preço injusto e caro".

Lei delegada - Tema de cobrança pela oposição desde o início da legislatura, as leis delegadas foram abordadas pelo estreante, deputado Paulo Lamac (PT), que refutou as argumentações de deputados da base do governo, sobre as mesmas serem previstas na Constituição do Estado. "Elas são previstas em constituições de outros estados, no entanto não são usadas como em Minas Gerais, que só no período de 2003 a 2010 somaram 126 normas", disse.

Também falou sobre o tema, mas para defender sua aplicação, o deputado Fred Costa (PHS), que em aparte a Lamac, garantiu que a secretária Renata Vilhena, de Planejamento e Gestão, virá à Assembleia para explicar o uso da delegação, como quer o bloco Minas sem Censura (PT/PMDB/PCdoB e PRB), "mas no foro adequado, as comissões, inclusive dando prazo para que os deputados oposicionistas leiam as leis delegadas, o que já confessaram não terem feito ainda".

Câncer - Em sua estreia na tribuna, o deputado Doutor Wilson Batista (PSL) pediu que a luta pela prevenção e diagnóstico precoce das doenças seja uma política de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).

Médico do Hospital do Câncer de Muriaé, Zona da Mata, Doutor Wilson Batista lembrou que o câncer é a segunda causa de mortes no Brasil. "O câncer de mama, por exemplo, quando diagnosticado precocemente custa muito menos para ser tratado".

O parlamentar lembrou de sua origem humilde, filho de pai pedreiro e mãe faxineira e do orgulho de ter chegado à Universidade Federal de Juiz de Fora, para cursar medicina, bem como de sua especialização em oncologia. E agradeceu a confiança dos mais de 70 mil eleitores de cerca de 300 cidades, onde foi votado.

Requerimentos: Foram deferidos requerimentos solicitando o desarquivamento de proposições: nove da deputada Lisa Prado (PSB); 13 em conjunto dos deputados Neilando Pimenta (PHS) e Fred Costa (PHS); 37 do deputado Sargento Rodrigues (PDT); 32 de Célio Moreira (PSDB); 105 de Alencar da Silveira Jr. (PDT); um do deputado Deiró Marra (PR) e outros dois conjuntos dos deputados Neilando Pimenta, Fred Costa e Lisa Prado.

 

 

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